Capítulo 5

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O que eu descobri em meio a rosas vermelhas


Mon Cher Journal,

Estou na minha vida de casada há apenas três meses e meu marido tinha negócios prementes para cuidar, como ele me disse durante a nossa cavalgada matinal. Eu já estava acostumada a ele passar o dia fora para cuidar de seus negócios, mas desta vez ele me disse que teria que passar cinco dias em Londres e que estaria saindo depois do almoço.

Eu fiquei tão feliz que, assim que voltei do nosso passeio, arrumei uma valise com meus vestidos mais bonitos, coloquei meus elegantes chapéus em uma caixa redonda de couro brilhante e minhas joias na caixa de seda. Deixei de lado meu chapéu preto favorito, decorado com grandes rosas vermelhas e um xale preto de lã para viagem, por causa do carro esportivo de Joseph.

Tomei um longo banho, perfumei-me, coloquei um leve brilho nos meus lábios e vesti minhas roupas de viagem para almoçar com minha sogra e meu marido.

Joseph franziu a testa para o meu traje quando eu entrei na sala de jantar, mas não disse nada quando o lacaio puxou a minha cadeira no meu lugar na cabeceira da mesa de jantar. Meu marido ajudou a mãe a sentar-se no meio e caminhou até a outra extremidade da mesa, sentando-se em sua cadeira alta.

Nossa mesa de jantar de mogno pode facilmente acomodar duas dúzias de convidados. Para ser precisa, podem caber duas dúzias de convidados de cada lado, além de meu marido e eu em cada extremidade.

Mas estou divagando.

Depois de comermos a sobremesa e tomarmos o café, o barão dobrou o guardanapo, levantou-se e beijou a mão da mãe, pedindo licença para se preparar para ir embora.

Ansiosamente, eu também me levantei e disse: — Minha bagagem já está pronta em meus aposentos. Eu...

— Você... Você não vai — Joseph gaguejou por um momento e depois disse: — Você tem deveres aqui, Chloé.

Eu encarei ele boquiaberta. — Eu não vou?

— Não, vou estar muito ocupado com negócios muito importantes — ele respondeu secamente e um rubor avermelhou sua pele clara. — Não posso me distrair, Chloé.

— Mas eu não vou incomodar você. — Lágrimas se juntaram em meus olhos em sua repreensão. Eu queria tanto ir a Londres! — Posso ir à modiste e passear no parque enquanto você está ocupado. E podemos jantar... — Parei quando ele balançou a cabeça loira. — Non?

— Não, você não vai — ele disse mais enfaticamente. — Voltarei em menos de uma semana.

— Mas Joseph...

Minha sogra escolheu esse momento para intervir e começou a falar sobre as amigas que convidaria para nos fazer companhia e Joseph saiu da sala de jantar, instruindo o Sr. Longman, nosso mordomo, a levar seu carro até a porta da frente em dez minutos.

Corri atrás dele e gritei pouco antes de ele entrar em seu quarto. — Joseph! Você vai me deixar aqui sozinha?

Ele se virou e me observou por um momento antes de atravessar o corredor para o meu quarto. Abrindo a porta, ele gesticulou para eu entrar e me seguiu.

Parei no meio da minha sala de estar, insegura.

Após trancar a porta, cruzou o quarto, fechou as cortinas e, na sala mal iluminada, sentou-se no grande e confortável sofá de veludo dourado, dando tapinhas no lugar ao lado dele. — Vem cá, minha linda menina.

Eu fui e ele me puxou em seus braços, beijando-me ternamente. E ele me beijou mais, e abriu os botões da minha blusa e tirou um dos meus seios do meu sutiã e chupou. Ele empurrou minha saia longa para cima, enrolando-a em volta da minha cintura, desabotoou minhas calçolas e esfregou o lugar que eu gostava muito. E ele esfregou e enfiou o dedo em mim, e esfregou mais e chupou meu peito. Ah! Eu gosto quando ele faz isso.

Logo, eu estava tremendo em seus braços, e puxando seu cabelo, e ondulando e ofegando de prazer. — Joseph, Joseph.

E então estava lá: aquela sensação boa. Suspirando, reclinei no sofá. — Merci, Joseph.

Ele abriu a calça, puxou seu membro para fora – que, por sinal, eu não vi até agora – e se inclinou sobre mim, e começou a parte que eu não gostava muito, mas que sempre suporto com um sorriso nos lábios, como eu devo.

— Boa menina, boa menina — disse ele trinta e três vezes em conjunto com cada mergulho de sua vara dentro e fora do meu buraco, bufando e soprando respiração quente no meu pescoço, até que ele endureceu e senti sua semente enchendo meu corpo.

— Obrigado, Chloé.

Eu dei um tapinha no ombro dele. — De nada, Joseph.

Depois que ele se recuperou, ele se levantou, ajustou suas roupas e as minhas, arranjou meus quadris e pernas sobre alguns travesseiros e também trouxe um cobertor do guarda-roupa para me cobrir. — Descanse agora.

Fechei minhas coxas com força, esperando que seu líquido branco fizesse sua mágica e me desse um bebê, e sorri para ele. — Eu vou.

— Vou lhe trazer presentes — disse ele. Com um beijo superficial na minha bochecha, ele foi embora.

Meu marido já se foi há mais de uma semana. Obedientemente continuei a supervisionar minhas obrigações, tais como treinar a equipe da casa e manter tudo em ordem. Me diverti cavalgando e lendo alguns romances românticos que eu trouxera de Paris.

Além disso, obedientemente, tomei café da manhã, almoço, chá e jantar com minha sogra, enquanto ela me contava sobre como tinha sido seu passado como dona da casa e como o filho dela é maravilhoso. Continuo evitando suas perguntas incômodas sobre a minha menstruação, que veio e foi embora, apesar de todas as boas garotas que foram enfiadas dentro de mim.

Servi o chá para as velhas amigas da viúva – algumas velhas viúvas com ela, outras só velhas – e escutei a interminável ladainha sobre maridos doentes ou falecidos e joguei cartas. E com o passar dos dias, nenhuma notícia veio de que meu marido estava voltando.

Algumas horas atrás, um buquê de rosas vermelhas chegou. Junto a ele, uma carta do secretário (!) do meu marido, explicando que o barão precisava ir a Paris e voltaria em três dias.

Paris!

Ele foi para Paris e me deixou aqui sozinha.

Sozinha!

Nesta mansão abandonada, onde nada acontece, exceto por velhas matronas que vêm, me dão tapinhas na mão e elogiam-me sobre o delicioso chá que eu sirvo a elas, e falam sobre seus passados.

Esta não era a vida que o barão me prometeu quando ele estava me cortejando. Onde estão os almoços e passeios no parque? Onde estão os jantares e festas que eu estaria dando para receber os amigos dele e suas esposas? Onde estão todos os bons amigos que eu faria?

Mas isso não era tudo. Non! Em sua carta, o secretário do barão me informou que meu marido voltaria a cumprir suas obrigações conjugais durante meu período fértil.

Eu não pude acreditar nisso! Seus deveres conjugais durante meu período fértil! Mon Dieu!

Para o horror de minha sogra e de nosso mordomo, joguei as rosas no chão, rasguei a carta em pedaços pequenos e fui para os meus aposentos com lágrimas de raiva molhando meu rosto.

Chorei por um longo tempo. Ah! Em que armadilha caí: casada com um velho que enfia a vara em mim só para me engravidar de seus herdeiros, enquanto ele viaja pelo mundo e me deixa aqui para cuidar de sua mãe pré-histórica.

Eu não gosto de ser cínica. Juro. A vida é um equilíbrio complicado, eu sei. Mas quando estou otimista, a decepção é, obviamente, pior do que quando não espero muito. Esta é a pior cartada que recebi até agora e me sinto tão tola e ingênua por ter estado feliz e esperançosa de estar agradando ao barão.

Oh, Mon Cher Journal, o que devo fazer agora?

Do Diário da Baronesa 1Onde histórias criam vida. Descubra agora