Capítulo 6

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Ao Passar O Aniversário do Jules. Charles voltou às corridas faz dois dias, o que me deixou cada vez mais preocupada , o pesadelo se tornou cada vez mais frequente. E era sempre o mesmo sonho, como se eu estivesse presa naquele sonho. 

Jules já sabia andar e isso requeria ainda mais minha atenção. Terminei de arruma-lo e peguei ele no colo indo até o andar de baixo, coloquei ele no chão para que ele pudesse brincar com os seus brinquedos. 

Senti uma sensação estranha ao ouvir a campainha. Olhei para Jules que sorriu para mim mostrando o carrinho que Charles havia dado de presente para ele. 

— Amanda... — ouvi Becky me chamar.

Me virei olhando para a mesma que estava com o olhar triste e parecia estar chorando, Hunter apareceu logo depois com um olhar diferente. 

— Gente o que foi ? Porque essa cara ? — perguntei confusa. 

— O avião que estava trazendo o Charles, ele... Caiu. 

Balancei a cabeça em negativo ,senti uma sensação estranha novamente e a tontura tomou conta de mim. 

(…) 

A equipe da Ferrari estava toda reunida, até aquele momento eu não estava acreditando naquele acontecimento. 

— Quando foi que isso aconteceu ? — minha voz saiu falhada.

— Por volta das onze da noite de ontem — um dos homens disse

— Tá falando que meu marido sumiu desde ontem e eu não fui avisada ?. 

— Sra. Crawford ,eu entendo seu desespero, mas não sabíamos que ele estava vindo embora. Não fomos informados sobre isso.

— Como não ? — perguntei incrédula.

— Charles estava vindo por conta própria, não colocamos ele naquele avião. Estávamos todos combinados de sair hoje...

— E nem eu sabia disso.... — disse de forma triste.

— Iremos manter a Senhora, Informada — afirmei me levantando da cadeira.

Caminhei até onde era a saída. No corredor havia cinco cadeiras ,caminhei até uma delas e me sentei. Comecei a chorar, o desespero mais uma vez havia tomado conta de mim. 

(…) 

Estávamos sentados no sofá da sala. Arthur estava segurando em minha mão enquanto passava a outra em minhas costas, funguei limpando meu rosto. 

Já havia se passado 72 horas desde o acidente, observei Jules brincar com o Konan. Seu sorriso era igual ao do Charles ,suas covinhas sempre apareciam em suas bochechas.

O silêncio que se fazia dentro de mim era horrível, eu só queria que tudo acaba-se logo e que essa dor e esse vazio dentro do peito fosse embora. 

— Mendy... — ouvi alguém me chamar.

Me afastei de Arthur. Theodore estava parado ao meu lado com um sorriso triste em seu rosto. Me levantei e o abracei de forma gentil fechei meus olhos sentindo as lágrimas quentes rolarem novamente pelo meu rosto. 

Me afastei dele e voltei a me juntar ao Arthur. Naquele momento ficar perto do Arthur era a forma mais reconfortante de Charles ali comigo. 

Conforme o dia ia se acabando meu desespero só aumentava. Imaginava Charles em todas as situações possíveis.

— O Jules dormiu... Eu irei cuidar dele esta noite — Becky segurou minha mão, apenas afirmei. 

Subi para tomar um banho, precisava acalmar meus nervos. 

(…) 

Limpei meu rosto pedindo para que o chefe de busca conta-se novamente o que ele havia dito. 

— Pelo que todo indica o avião que seu marido estava foi explodido ,alguém implantou uma bomba no avião. Sinto muito Sra. Leclerc mas não há como continuar as buscas, a única coisa que iremos encontrar é os destroços do avião... 

Humideci os lábios e comecei a chorar. Abracei Arthur.

— Não! Não pode ser verdade... isso é um pesadelo... — murmurei.

— Iremos investigar quem e porque fez isso... 

— Toma Amanda um copo d'água para se acalmar... 

Neguei e me afastei de Arthur. 

— Onde você vai Amanda ?. — balancei a cabeça em negativo pegando minha bolsa.

Sai correndo o mais rápido que eu pode, desci a escada correndo, estava prestes a sair do prédio quando me lembrei de quando Charles me trouxe pela primeira vez aqui. Caminhei em direção ao local onde eles guardavam os carros, empurrei a porta e logo tive a visão do carro. 

Caminhei pelo local ,onde só se ouvia o barrulho dos meus passos, o carro que Charles corria estava coberto por um pano, puxei o mesmo revelando o número 16. No chão havia o seu nome escrito bem grande,perminei de tirar o pano coloquei minha bolsa no chão e caminhei até a entrada do carro. Com um pouco de dificuldade consegui entrar no veículo. Me aconcheguei no banco e fechei os olhos, me lembrando do dia em que Charles me trouxe aqui, como nós divertimos aqui naquele dia. 

Passei minha mão na parte superior do veículo, abri meus olhos dando um longo suspiro.

Seja lá onde você estiver.... eu sei que você está vivo e que logo voltará para mim....

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Não me matem por favor !!!
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Charles Leclerc in my life - Parte II {Concluída} Onde histórias criam vida. Descubra agora