Epílogo

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Pov Kim

           Estico a coluna e sento-me sobre a cama e levo a mão à cabeça. Eu preciso estudar, nós precisamos estudar, e nada disto entra na minha mente. Então, como se pudesse ouvir os meus pensamentos, senti o corpo dela arrastar próximo ao meu até e que ela me envolve pela cintura e beija meu ombro.

- O que está fazendo? - Trini pergunta junto ao meu ouvido, havia passado a noite aqui

- Tentando estudar pra prova de biologia novamente, você devia fazer o mesmo.

Ela me aperta um pouco mais firme e deposita outro beijo no meu ombro, próximo ao meu pescoço.

- Depois estudamos. - Ela diz com um pouco de manha na voz - agora volta aqui.

- Nós vamos nos dar muito mal. - digo, agora olhando-a nos olhos

Ela sorri e sacode os ombros brevemente, sorrio com seu ato e volto a me virar para ela, beijando-a nos lábios e guiando-a até que deite as costas no colchão. Ajusto-me em cima dela, então apoio-me com os joelhos na cama, sentando-me e deslizando a mão pela lateral do corpo dela num carinho breve. Ela se senta e não tarda em me envolver em seus braços novamente.

- O que quer fazer? - Ela me questiona, as minhas mãos em seu rosto e os polegares num carinho singelo

- Sinceramente?

Ela levanta as sobrancelhas em assentimento.

- Nada. Absolutamente nada. Agora que todos sabem sobre nós, até mesmo nossos pais, estamos tranquilas pra fazer absolutamente nada.

Ela sorri com minhas palavras e faz um leve biquinho para que eu a beijasse e eu o faço. Aperto os lábios nos dela e sinto um sorriso se formar nos dela, fazendo-me sorrir também. Nosso beijo se aprofunda, sinto como se meu coração batesse em meus próprios ouvidos, o conforto neste cômodo predomina e traz algo aconchegante dentro de mim. De repente, Trini separa nossos lábios e sorri.

- O quê? - Pergunto

- Tenho algo pra você.

- Algo pra mim?

- Sim... - Ela estica o braço para o criado mudo, apanha uma caixinha e estende para mim - Como hoje é o nosso aniversário de dois meses, achei que deveria...

Admiro a caixinha em mãos, ainda um pouco perplexa pelo fato de que eu acabei esquecendo.

- Tudo bem que você, obviamente, esqueceu. - Ela diz

Ela toma a caixinha nas mãos, abre e estende um objeto redondo com algumas penas nas pontas.

- É um Apanhador de Sonhos. Você pendura perto da sua cama e ele espanta os pesadelos.

Pego o objeto das mãos dela e o admiro. Seu sorriso, a delicadeza e beleza do presente e o fato de que ela se lembrou da data de hoje me deixam paralisada. Mas...

- Eu posso ter esquecido hoje sobre este dia, mas não nos dias anteriores.

Levanto-me e pego dentro da gaveta o meu presente. Arrasto-me pela cama e, ao lado dela, o entrego em mãos.

- O que é? - Ela pergunta

- Abra.

Então ela o faz.

- É um caderno de desenhos. E todos os tipos de lápis que você possa precisar. - Adianto-me

Ela sorri um sorriso largo e seus olhos brilham diante do presente.

- Eu gostei demais.

Ela segura meu rosto e me beija com uma sequência de beijos. Sorrio diante disto e ela me puxa para si, colocando-me por completo sobre a cama.

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