Capítulo 7

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POV Callie

Sair de casa perturbada com o que minha esposa tinha acabado de falar, nem consigo imaginar outra pessoa beijando a boca que me pertence. Eu sei que Arizona não tem culpa nisso, mas eu não posso deixar de sentir raiva de toda essa situação, se eu olhasse pro rosto da minha esposa mais alguns minutos, eu tenho certeza que viria na minha mente como havia sido esse beijo.

Peguei meu Porsche 911 e sair o mais rápido possível dali sem saber pra onde iria, apenas continuei dirigindo. Fiquei rodando na cidade por algumas horas e por todo esse tempo percebi que eu não tinha chorado, por algum motivo lembrei das palavras de Arizona sobre o beijo e aquilo começou a fazer efeito em mim, comecei a chorar logo em seguida.


POV Arizona

Já fazia mais de duas horas que Callie tinha saído e não tinha dado sinal nenhum de vida, eu já estava preocupada com o que ela poderia está fazendo neste exato momento. Minha esposa saiu de casa literalmente transtornada e eu já estava me sentindo culpada por ter dito sobre o beijo, mas ao mesmo tempo foi o melhor que eu poderia ter feito, não existe mentiras entre eu e ela, por isso nosso casamento é tão sólido.

Estou sentada no sofá da sala quando meu celular começa a tocar.

- Callie? - exclamo sem ao menos ver o número.

- Sra Arizona? - a pessoa fala do outro lado da linha.

- Eu mesma quem está falando? - pergunto e viro o celular e vejo que é do número da minha esposa.

- Sra estamos falando do South Miami Hospital e sua esposa acabou de dá entrada na emergência, precisamos que se encaminhe para cá. - ela disse com a voz mais calma possível.

- A Callie está bem? - perguntei já arrumando as coisas e pegando a chave do carro.

- Ela sofreu um acidente de carro, mas precisamos que a senhora venha pra cá.

Informei para a mesma que eu já estava a caminho do hospital e o que rodava na minha cabeça era se minha esposa estava bem ou entre a vida e a morte. Eu não poderia perder ela logo agora por causa de um beijo que nem foi correspondido.

- Merda Arizona o que você fez! - exclamei batendo no volante do carro.

Acho que ultrapassei todos os sinais vermelhos que me renderiam belas multas, mas eu não estava me importando, só queria chegar o mais rápido possível no hospital e ver qual realmente era o estado da minha mulher.

Cheguei ao hospital em tempo recorde e estacionei o carro rapidamente, entrando praticamente correndo na recepção.

- Boa noite posso ajudá-la? - a recepcionista perguntou.

- Preciso de notícias de uma paciente. - falei tentando ficar calma.

- Qual o nome dela senhora? 

- Calliope Torres Robbins. 

- Ela chegou há algumas horas e passou por uma pequena cirurgia, mas já foi colocada no quarto. A senhora é o quê da paciente? - ela perguntou.

- Sou esposa. - falei nervosa.

- Só um minuto que vou lhe dá uma identificação, o quarto da sua esposa é o 309, terceiro andar. - ela disse me entregando logo em seguida um tipo de crachá.

Fui em direção ao elevador assim que peguei o crachá e dei sorte pela porta ter aberto na hora que cheguei mais perto, entrei na caixa metálica e apertei o botão do terceiro andar. Assim que cheguei no andar procurei pela porta do quarto da minha esposa, mas fui impedida por um senhor de jaleco que parecia ser um médico.

- Sra Arizona? - ele perguntou.

- Eu mesma e o senhor? - perguntei.

- Eu sou o Dr. Richard, sua esposa está sobre meus cuidados. - ele disse calmo.

- O que aconteceu com ela doutor? - perguntei aflita.

- Fique calma, o carro dela bateu em uma árvore e por sorte ela só teve escoriações leves, porém tivemos que submetê-la a uma cirurgia pois ela estava com um sagramento interno na região do abdômen. - ele disse me explicando.

- E como a cirurgia foi? - perguntei um pouco mais calma.

- Um sucesso, foi uma pequena hemorragia e conseguimos contê-la rápido. - ele disse me tranquilizando.

- Será que eu posso vê-la agora? - perguntei.

- Pode sim, ela vai ter que passar essa noite aqui e se amanhã já receberá alta.

Recebi mais algumas recomendações e entrei no quarto e vi minha esposa dormindo tranquilamente, cheguei um pouco mais perto e ela abriu os olhos lentamente.

- Hey. - falei segurando uma de suas mãos.

- Amor. - ela respondeu e começou a chorar.

- Hey meu amor, não chora por favor. - falei segurando seu rosto.

- Me desculpe. - ela disse fungando.

- Você não tem que se desculpar por nada, só em prometa que nunca mais você vai sair de casa daquele jeito. - falei alisando seu rosto.

- Eu prometo. - ela disse parando de chorar.

- Eu fiquei tão preocupada Callie, quando o hospital me ligou achei que tinha acontecido o pior. - falei colocando uma mecha do seu cabelo atrás da orelha.

Ficamos algum tempo conversando e minha esposa me contou como tudo aconteceu e me pediu mais desculpas durante a conversa. Uma enfermeira entrou e checou alguns aparelhos preenchendo algo na prancheta que ficava ao pé da cama, saindo depois de alguns minutos e nos desejando uma boa noite. Eu estava deitada numa poltrona que tinha ali dentro toda desajeitada, até que minha esposa me chamou.

- Venha deitar aqui comigo. - ela falou esticando o braço.

- Eu vou te machucar. - falei receiosa.

- Tem espaço suficiente aqui pra nós duas, venha meu amor.

Me rendi ao seu pedido e me deitei devagar ao seu lado, ela me puxou pra mais perto e eu me aconcheguei nos seus braços.

- Boa noite vida. - ela disse me dando um beijo na testa.

- Boa noite meu amor. - falei dando um beijo em seu pescoço.

E assim dormimos ali abraçadas naquele quarto do hospital e o meu coração estava em paz por ela está bem.


CURTAM

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ATÉ O PRÓXIMO CAPÍTULO!


Calzona: ALWAYSOnde histórias criam vida. Descubra agora