Sinopse: Aragorn está estranhamente afeiçoado a você, irmã mais nova de Boromir e Faramir, e se torna extremamente protetor após a morte de Boromir na Batalha contra os Orcs.
Aviso: Morte de personagem secundário.
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"Vamos acampar aqui." Aragorn informou a companhia em certo ponto após terem improvisado um funeral ao seu irmão; Boromir, na cachoeira. Ele delegou tarefas a serem feitas antes que os últimos raios de sol fossem ocultados pelo horizonte e se juntou a você para recolher lenha para a fogueira enquanto Legolas e Gimli levantavam acampamento e os Hobbits averiguavam os mantimentos.
Ele a acompanhou nas proximidades, oferecendo-se para carregar os galhos mais pesados e tentar, de alguma forma, se desculpar e minimizar sua dor da perda de Boromir.
"(S/n), espera." Num ato impensado pegou sua mão, impedindo-a de seguir rumo ao acampamento. "Eu só quero que saiba que seu irmão não morreu em vão e farei tudo ao meu alcance para que seu nome seja lembrado em muitas canções nas Eras que vierem."
"Tenho certeza que sim, Aragorn." Sorriu mesmo que seus olhos tenham ficado cheios de lágrimas, a visão turva ao se lembrar do irmão repleto de flechadas morrendo em seus braços. "Boromir era um grande homem." Uma lágrima escapou, deslizando pela bochecha até o queixo. Aragorn sentiu o coração se partir com a visão. "Meu irmão era um bom homem."
O guardião a deixou ir, sentindo como se houvesse falhado de forma miserável com você. Desde o Conselho de Elrond havia algo que o impulsionava para você; um magnetismo, uma atração intensa. Aragorn queria vê-la sorrir, o rosto corado e alegre. Queria vê-la feliz para ele, por causa dele, e agora você estava triste com a morte de seu irmão e a culpa era dele. Boromir tomou as flechas em seu lugar, para proteger o herdeiro do trono de Gondor e o dar a chance de fazer sua cidade prosperar.
E era isso, Aragorn estava infeliz por ter a feito sofrer quando tudo o que desejava era a fazer feliz.
Nos dias seguintes os pequenos Hobbits contaram histórias engraçadas no intuito de te animar, Legolas e Gimli implicavam um com o outro tentando te arrancar um sorriso, mas nada adiantou nos dias que se seguiram.
"Estão quentinhos?" Os Hobbits acenaram e murmuraram respostas afirmativas a você. Todos os quatro embrulhados num casulo de cobertores e capas feito por você no canto da caverna onde estavam. "Ótimo. Tentem dormir um pouco, ok? Ainda temos um longo caminho até Mordor."
Aragorn a assistia mais afastado, admirado com o seu instinto quase maternal com os pequenos. Ele imaginava em seu íntimo como você seria com suas próprias crianças. Com as crianças que ele poderia lhe dar.
Gimli logo passou a roncar próximo a fogueira e Legolas estava de vigia na porta da caverna, olhos élficos fixos na tempestade do lado de fora. Você havia se enrolado próxima a fogueira, embolada na capa e um cobertor fino, mas seus dentes batiam e o corpo tremia de frio.
"Se você não fizer o que está pensando em fazer, alguém, Num futuro próximo, fará." Legolas disse, ainda de vigia.
Aragorn o encarou, desciando o olhar de você pela primeira vez na noite, "O que quer dizer?"
"Vá para ela de uma vez Aragorn. Vá aquecê-la." O elfo acenou em sua direção.
Constrangido por ter sido lido com tanta facilidade pelo amigo elfo, Aragorn se aproximou e sentou atrás de você, a mão suave sobre seu braço.
"(S/n)," Chamou num sussurro, "Venha aqui." Abriu os braços e, ainda dormindo, você rolou e se aconchegou contra o peito do guardião, suspirando com o calor que ele emanava. Aragorn envolveu seu corpo com o dele, cobrindo os dois com o cobertor e velou seu sono com um sorriso leve e o coração calmo. Esperando que, assim como aquela noite, vocês pudessem compartilhar outras noites mais um nos braços do outro. "Bons sonhos melmë."
