Elfos De Mirkwood

Gritos e Aplausos - Legolas

Sinopse: Legolas está em um dilema interno e Gimli o ajuda a resolver com base na porrada. Mas, no fim, tudo se resume em amor.

Aviso: Violência baixíssima e muito amor reprimido.

-X-

"O que está fazendo?"

Legolas saltou de susto, virando-se para encontrar Gimli logo atrás de si.

"Nada." Respondeu, escondendo sua obra prima nas costas.

Gimli apertou os olhos para ele.

"Mostre-me." Exigiu.

"Não."

"Agora Legolas."

"Eu disse que não."

"O que está escondendo de mim, seu maldito?" Aproximou-se de cara fechada, punhos cerrados. "Acha que não percebi que está mais estranho que o seu estranho normal? Anda, desembucha elfo!"

Legolas se manteve firme, postura ereta e orgulhosa. Internamente temia que fosse descoberto. "Não estou escondendo nada Gimli." Usou um tom neutro, monótono. "A idade avançada está afetando sua mente. Está imaginando coisas."

"Pare de me enrolar e me mostre o que está escondendo."

"Não."

"Não foi um pedido orelhas pontudas, mostre-me o que tem aí!" Grunhiu, apontando o dedo para Legolas.

"Não!"

"Argh, seu maldito!" Gritou o anão antes de se jogar contra o elfo. "Mostre-me, mostre logo fadinha da Floresta!"

Ambos rolaram no chão entre socos e chutes, amassando arbustos e flores silvestres que nasciam no jardim do Rei de Gondor. Aragorn saía naquele instante de uma reunião com seus conselheiros e viu os amigos rolando no chão, parou por um instante, assistiu e seguiu seu caminho sem interrompê-los.

Legolas conseguiu esconder sua obra no interior da túnica e procurava um modo de tirar Gimli de cima de si - mas o anão era pesado por si só e a armadura de mithril que trajava por conta de sua posição no exército do Rei não aliviava em nada a tarefa do elfo.

"Ok, ok! Eu mostro! Eu mostro!"

O elfo se rendeu, cansado de lutar contra e sufocando por ar. Gimli rolou para o lado e se pôs de pé, pronto para atacar outra vez se fosse necessário. Legolas tomou tempo para respirar fundo - tanto para tomar fôlego quanto coragem de abrir seu coração - e, ainda sentado no chão, puxou da túnica uma joia.

Era um anel.

"Me dê aqui." Tomou o anel da mão do elfo, analisando-o de perto. Admitindo a si mesmo, a contra gosto, o quão bela era a joia. "Quem a fez?"

"Eu fiz."

"Uhm," Resmungou, ficando vesgo ao aproximar mais o anel dos olhos. "Bom trabalho. Muito bom trabalho para uma fadinha."

O aro central fora feito de ouro puro com outros dois aros se torcendo sobre ele, como galhos de uma árvore. No topo, uma grande esmeralda se elevava, brilhante e soberba, rodeada por vários de outros diamantes pequenos; como gotas de orvalho nas folhas das árvores da primavera. Uma obra prima.

"Estive pensando em pedir a mão da senhorita (s/n) em casamento há algum tempo."

Gimli ergueu as sobrancelhas para o amigo; "Esteve pensando em pedir a mão dela há algum tempo, com uma joia destas no bolso?" Questionou incrédulo. "Quanto tempo levou para fazer o anel?"

Legolas corou em silêncio.

"Desembucha elfo."

"Quase uma década." Confessou, "Sempre que eu o terminava não parecia - Não era, como eu posso dizer? Não era digno dela?" Gaguejou, supirando no fim. Gimli assistiu calado o outro desabafar. Nunca o havia visto tão emotivo. "Eu sou um tolo, pode dizer, é a verdade. Fico aqui, sonhando com uma mulher que sequer cogita um dia estar ao meu lado sendo mais do que minha amiga. No que uma joia poderia me ajudar?" Zombou de si mesmo, pegando o anel de volta e o rodando entre os dedos, "Esse anel sempre será o símbolo do meu amor por ela. Um amor não correspondido."

"Você tem razão." Gimli disse depois de um tempo. Sabendo que Legolas não se levantaria tão cedo, sentou do lado dele, bem no meio do jardim com o sol a pino. "Você é um tolo. Um grande tolo por pensar que (s/n) não retribui seus sentimentos. Faça me o favor elfo!" Grunhiu o anão, batendo no ombro deste. "Aquela mulher o adora completamente. É tão apaixonada por você como você é por ela."

"Você acha?" Legolas se agarra a esse fio de esperança, apertando o anel contra o peito. Bem acima de seu coração retumbante. Quando Gimli afirma, o elfo pula sobre seus pés, sua energia revigorada. "Vou procurar por ela e irei pedi-la em casamento hoje mesmo!"

Gimli o assistiu correr pelo jardim, entrando no castelo como uma criança tamanha sua felicidade. O anão sorriu para si mesmo, contente por ter ajudado o amigo em seu dilema pessoal e se deitou, esperando, com muita pouca paciência, que Legolas retornasse para lhe contar de seu noivado e pedir para que fosse seu padrinho.

Em poucas semanas o casamento foi arranjado e Legolas permanecia com um sorriso largo esculpido no rosto. Ao lado dele no altar estava Gimli, seu padrinho, que estava prestes e acertá-lo na cabeça com seu machado se o questionasse mais uma vez se aquilo não se passava de um sonho.

Logo, porém, os pensamentos do elfo sumiram. Toda sua atenção fixa na mulher que andava pelo corredor de pétalas num lindo vestido branco na direção do altar. Legolas sentiu o ar fugir de seus pulmões, a boca seca diante sua beleza. O sorriso que você deu a ele transformou os joelhos do elfo em gelatina.

Ele se prontificou a ajudá-la assim que estava mais perto, beijando sua mão e entrelaçando seus dedos. Legolas não a soltou durante toda a cerimônia, as mãos tremendo do leve ao que teve a permissão do Rei para afastar seu véu e beijar a, agora, sua esposa.

"Eu te amo." Legolas diz tomando seu rosto entre as mãos ternamente, o dedão acariciando sua bochecha. Ele se curva e a beija com deleite, uma mão mudando para sua cintura, puxando-a para mais perto. "Eu te amo tanto..."

"Eu te amo mais Legolas." Você sussurrou entre o beijo, sentindo-o sorrir ao pressionar os lábios famintos nos seus outra vez enquanto os convidados gritam e aplaudem.

-X-

Fofo!

Se quiser um imagine/one shot com algum outro elfo ou outro personagem do Senhor dos Anéis/Hobbit é só falar, ok? ;)

Beijos!!!