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Mark

Acordo com minha cabeça dolorida, sinto a enxaqueca forte e resmungo, me levantando para ir a cozinha.
Cambaleio, ainda com certa tontura remanescente e alcanço um frasco de remédios para minha dor, os tomo rapidamente com um curto gole de água e vou tomar um banho gelado.

Quando enfim a água cai sobre meu corpo, me sinto melhor, tomando consciência de tudo e respirando fundo após sentir minha cabeça melhor brevemente.

O silêncio na cada é absoluto e me pergunto se Zoe está em cada, é impossível que não me recorde de seu rosto pálido após uma onda de dor, provavelmente em sua barriga. Até que consiga provar o contrário, o bebê é meu filho e me preocupo com qualquer seu bem estar, que me pareceu falho na noite anterior.

Esfrego a toalha branca em meus cabelos, depois de vestir uma bermuda qualquer junto a uma camiseta branca, tudo o que preciso é descansar.

Antes de me deitar no meu quarto, vasculho a casa com o olhar atento, para saber se de fato estou sozinho como minhas suspeitas.

Tudo está inteiramente vazio, até eu finalmente chegar ao quarto de Zoe. Bato na porta com as costas dos nós dos dedos e aguardo, mas tudo o que recebo é o silêncio.

- Estou entrando - Anúncio por precaução e giro a maçaneta.

Arregalo os olhos, sentido o ar faltar de meus pulmões quando um corpo está presente a minha frente. Zoe está caída no chão, inconsciente e com a barriga virada para cima, em direção ao teto.

Corro rapidamente, preocupado e chego seu pulso. Os batimentos estão presentes, mais fracos que o normal mas fortes o suficiente para sabe que não está de tudo ruim.

- Zoe! - Espero inutilmente uma reação que não ocorre.

Não penso duas vezes quando pego seu corpo em meu colo e me apresso para partir para o hospital, torço para que não esteja desmaiada a muito tempo e nada demais tenha lhe ocorrido.

A ajeito no banco de passageiro de meu carro, pressionou meu pé no acelerador e parto com rapidez até meu destino.

Ando de um lado para o outro, com as mãos no bolso de minha bermuda, inquieto.

Tem cerca de uma hora que Zoe foi atendida e não recebi nenhuma notícia do bebê ou sua.

Finalmente paro minha ação, quando vejo uma médica se aproximar. Sua expressão é séria e deu apertado rabo de cavalo balança enquanto anda.

- Trago notícias Sr. Tate - Informa de primeira.

- Está tudo bem?

Ela suspira com pesar antes de prosseguir.

-A Zoe está bem, mas deverá passar o restante do dia em observação após o término da lavagem que está sendo feita - Ergo a sobrancelha sem entender - Ela teve um início de overdose, devido ao uso excessivo de drogas.

-Drogas? - Sou pego de surpresa.

-Exato. Sinto muito em lhe dar essa notícia, mas ela perdeu o bebê. Ele está pouco nutrido, a alimentação e uso incorretos de bebidas e diferentes substâncias não lhe foi positivo. Poderia ter sequelas no futuro, mas infelizmente nem ao menos chegar a nascer.

Dou um passe para trás, absorvendo a informação com raiva. Encontro a pilastra de concreto com as costas e subo o olhar até a médica.

-Não estava ciente disso

- Já espera, sinto muito pela perda. Recomendo que vá para a casa, não há possibilidade de alta para o dia de hoje. Com licença - Ela se afasta, após um breve aceno com a cabeça.

Passo as mãos no cabelo, inconformado com o que me foi dido. Como Zoe pode? Ela sabia que estava grávida!

Cerro os dentes insatisfeito e faço o que foi pedido pela médica, volto para casa.

O percurso inteiro, me forcei a ter a concentração no trânsito mas com a mente voltada para outros fatos. Me sinto mal pelo bebê perdido, mesmo sabendo que nem ao menos possa ser meu filho, não pude ajudá-lo e nem ao menos conhecê-lo.

Meu telefone toca por diversas vezes mas não atendo, sentindo meus pensamentos ocupados demais para mais uma coisa. Porém não tenho escolha quando chego em casa e sinto meu bolso tremer, em mais uma ligação.

Fecho a porta de entrada, aceitando a chamada sem ao menos ver de quem se trata.

-Sr. Tate? - Não reconheço a voz.

-Pois não, sou o próprio - Jogo minhas chaves na bancada, sentando-me no sofá em seguida.

Esfrego minhas têmporas, aguardando a resposta que é rápida.

- Sou o investigador que Logan contratou para você. Pode me chamar de Felix. - Me empolgo com sua fala, apoiando os cotovelos no joelhos - Consegui algumas informações que vai adorar tomar conhecimento.

Ele faz uma pausa e ouça o rolar de folhas. Está a procura da informação correta a ser dada.

-Prossiga - falo impaciente, após algum tempo.

- Consegui entrar em contato com diversas pessoas do antigo convívio de Zoe. Ela é uma garota com poucos recursos, assim como sua família, morando ambos em uma área marginalizada da cidade, onde se faz presente diversas situações negativas, como o tráfico, drogas e armas - Respiro fundo - Descobri que ela estava envolvida com um traficante, alguns meses antes de te procurar, cujo nome é Diggy. Fontes seguras me afirmam que é ele o pai do bebê que ela carrega.

-Carregava - digo a contra gosto - Ela o perdeu essa manhã, após uma overdose.

-provavelmente uma viciada, como muitas em sua comunidade. Caso ela ainda esteja aí com o senhor, quero que saiba que se trata de uma pessoa perigosa e articulosa. Provavelmente, descobriu sobre sua riqueza e planejou o golpe que queria, investigando sua vida e cada passo dado - Assinto, sabendo que ela possui certo conhecimento de minha vida, mais que o normal.

-Darei um jeito de afasta-la

-Todo cuidado é pouco. Não se acanha em ligar para a polícia, caso após expulsá-la ela permaneça te incomodando.

-Pode deixar que terei esse cuidado. Obrigado pelas informações - Ele desliga.

Me debruço no sofá, espantado. Quando imaginei que Zoe fosse perigosa, não imaginei que seria tanto assim. Devo tomar providências com urgência e é o que farei.

Talvez esse seja o motivo pelo afastamento de Jennifer. É ela. É dela que preciso nesse momento.

Boa leituras queridos,
Quem é vivo sempre aparecem não é, hahaha

Perdoe meu sumiço e não desistam de mim!

RecomeçoOnde histórias criam vida. Descubra agora