Melina, uma jovem com uma vida normal e uma delegada com um segredo, que irão se unir para desvendar o mistério por trás do sumiço de sua irmã e outros mistérios que irão surgir ao longo do caminho, além de uma antiga paixão que machucou o coração d...
Eu sei que Melina só quer ajudar, mas não posso arriscar sua segurança, pensando nisso digo: "Vá para casa, Mel."
Ela me encara e diz: "Casa? Depois disso eu não irei para casa. O que você vai fazer, isso é diferente?"
"O que?" - digo com uma expressão surpresa.
"Duda, o que muda se eu sair? Você perde a única outra pessoa que realmente sabe o que está acontecendo agora. Eu sei que você manteve coisas de Gael e Marcela e eu sei que é problema seu, mas você já me disse, eu aceito, tudo isso."
Estou ficando mais nervosa, onde ela quer chegar? me pego pensando e digo a ela: "Eu lhe disse mais do que deveria."
Me aproximo de Mel e percebo que sou mais alta que ela e continuo a encarando, até que ela diz: "Diga-me que se arrepende, diga isso olhando em meus olhos e eu irei."
Melina:
Eu fui clara com Eduarda, ela abre a boca para dizer algo mas muda de ideia. Ela me olha por um logo momento antes de suspirar, estendendo a mão para esfregar a tensão em suas têmporas e diz: "Você estará se colocando em grande risco Mel."
Eu logo lhe digo: "Estou preocupada com você."
"Meu amor entre nós dois, eu sou a única que deveria estar preocupada."
"Mas e se Daniel aparecer..."
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Os olhos dela se iluminam, a tensão aparece em sua postura, ela logo fala: "Não o deixarei chegar perto de você."
"Eu sei meu amor. Mas eu também não o quero perto de você. O fato de ele atacar este lugar em plena luz do dia..."
"Significa que ele não tem medo ou perdeu a cabeça."
"Duda, deixe-me ajuda-lá e cuidar dos danos. Eu serei como seu pacote."
Ela solta um suspiro suave, esfregando a parte de trás do pescoço e diz: "Bem, você sabe que isso ainda significa que eu estou no comando, certo? E quero você perto de mim entendeu?
Eu sorrio e aceno para ela e digo: "Vamos limpar seu escritório senhora delegada. Talvez Daniel tenha se descuidado e deixado alguma pista."
Há tanto vidro para pegar, dezenas de arquivos espalhados ao redor do chão. Mas nós trabalhamos com cuidado, estamos quase acabando quando ela encontra uma nota amassada que dizia: "O Eclipse está chegando, quando ele chegar tudo cairá."
Eu digo: "No eclipse? O que isso quer dizer?"
"Eu não tenho ideia, mas..."
Ela começa a cheirar perto do papel e diz: "Daniel tocou neste bilhete, talvez depois de o prende-lo eu pergunte sobre isso."
Enquanto ela pensa onde colocará esta nova prova, meu telefone começa a vibrar e quando eu verifico, há um texto de Lúcia que diz: "Eu estou com o pagamento de Sofia dessa semana, se você quiser pega-lo pode vir."
Sem pensar vou direto para a lanchonete, é estranho e triste entrar lá sem ver Sofia, Lúcia se aproxima e diz: "Boa tarde, Melina. Ainda nada de Sofia?" - diz ela com uma voz triste.
"Não, mas continuo procurando por ela e a delegada Eduarda está me ajudando."
"Ela irá aparecer, tenha fé. Deixe-me saber quando ela aparecer."
Eu aceno e pego o cheque, e antes de sair digo: "Tem alguma chance de eu tomar um café antes de ir?"
"Claro Mel, venha cá."
Assim que me sento, ouço a porta da frente bater com força eu me viro para ver um cara que nunca vi, não era Daniel, mas eu também não fui com a cara dele, eu logo penso: só pode ser brincadeira! O cara começa a gritar: "TODO MUNDO NO CHÃO, ISSO É UM ASSALTO, PASSEM TUDO PARA MIM."
Ele se transforma e ainda mostra uma arma e continua: " ANDEM LOGO E ME OBEDEÇAM."
Tinha algumas pessoas na lanchonete, o carteiro da cidade fala: "Quem é você? O que é você?"
"Aquele que vai acabar com todos aqui se não obedecerem."
Ele pega tudo e some, como se não fosse nada.
Mesmo assustada eu consigo levantar do chão e respirar novamente, logo vejo Eduarda entrar e dizer: "O que houve aqui? Eu recebi uma ligação anônima sobre um assassinato e quando cheguei ao local vi que era falso e assim vim correndo para cá para ver se você precisava de algo, mas vejo que algo mais aconteceu, o que foi?"
Eu a levei para fora e expliquei o que houve e depois disso ela deixou os policiais para interrogar todos e ela e eu vamos comer alguma coisa e eu pergunto: "Onde você quer ir?"
"Qualquer lugar fora da cidade."
"Já sei onde podemos ir."
Existe um lugar onde podemos sentar perto de belas árvores, Duda abre nossa cesta de piquenique e logo arrumamos tudo e começamos a comer os sanduíches e beber suco que Lúcia fez para nós. Eu resolvo contar meu maior segredo: "Sabe antes esses sanduíches seriam a única coisa que eu sentiria falta se eu fosse embora."
"Você sempre quis sair daqui, não é?"
"Sim, mas isso é uma faca de dois gumes. Ou eu mudo para outro lugar onde ninguém me conhece ou..."
Ela continua exatamente o que eu ia dizer: "Oi fica conte todos te conhecem."
Eu aceno, ela se aproxima um pouco, mas seus olhos estão observando o pôr do sol. Depois de algum momento ela diz: "Mel, desculpe por antes, na delegacia. Eu estava tentando te afastar, quando deveria saber o que é melhor, que é ter você ao meu lado."
"Você está acostumada a ser a única pessoa em quem você confia, não é?"
"Sim, mas isso não é desculpa por ter te tratado daquele jeito."
"Eu entendo amor."
Ela me beija e continuamos nossa refeição em um silêncio gostoso e vendo as estrelas, até a hora de irmos para casa.
