demasiada, essa é minha arte!

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Eu sou manifesto em praça pública
O movimento involuntário sem nenhum pingo de controle
Esse grito que sai eufórico da garganta no meio de um show de rock
Sou todos esses amores que não foram vividos, querendo ser vivido agora, neste instante, neste momento
A encarnação de milhares de minhas ancestrais
Acelerada desde o ventre da minha mãe
Força nuclear forte e fraca
Não tente me controlar, eu o arrastarei
Para meu olho do furacão
E de lá não há quem saia ileso.
Demasiada, entortecida
Quem entende?
As fantasias sinistras?
A força do Id?
Carne, ossos, entranhas, sangues e nervos, rim , fígado
Pulmão, coração , córneas , toda a matéria que um dia será consumida?
Os delírios, fazem parte de mim
E me fazem ser esse ser singular
Com fúria com raiva com amor
Com o peso de aceitar quem eu sou
Os arrependimentos que lutem para me fazer repensar
Vou me jogar no jogo da vida
As manchas impregnadas
Raparei cada milímetro
Farei novas decorações
Até que não sobre vestígio algum do que me implatram
Relerei as poesias antigas
Deixarei os guardados e perdidos trasparecerem
Ocultados pelo medo
Serei nu de tudo,
Vou visitar meus becos escuros e os rasgar
Até que a luz possa atravessar
Cada parte de mim
Transqueostomizar meu peito
Mergulhar tão fundo que irei subir.
Resistirei a toda e qualquer crises existenciais
O universo não se entende, por que eu deveria me entender
Me entrego
Sem exitar
Se o mundo acabar amanhã, acredite.
Eu ainda serei um átomo a pairar por aí.
E ainda assim
Provocarei o motim
E irei me rebelar
A arte resistirá a qualquer ditadura
E eu resistirei
A qualquer e toda conduta
O exagero é minha melhor postura.
~Ana Suele

'-' Trivialidades Do Abismo.Onde histórias criam vida. Descubra agora