ralo do cotidiano.

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Eu juro que queria ser mais atenta, e te falar como tem sido esses dias agoniantes, queria te falar de um jeitinho bonito e delicado, mais sempre tenho receio que você não queira ouvir, e que não vai ter paciência pra escutar, até por que sou desbocada e falo demais.
Tô olhando demais pro céu, por que tô tentando enteder se tudo o que estamos vivendo não passa de algo imaginário sendo passado na mente de alguém.
É que eu tenho achismo demais, e uma mente fértil, no fundo eu sei que só tô tentado enteder esse emaranhado de sensações dentro do peito.
E por vezes acho que em vez de me achar, o que tenho mais feito é me perder.
Tô sempre em busca das palavras certas, mais sempre encontro as erradas.
minha mente ta sempre gritando, mais por fora estou em transe, em uma paralisia total, estou naufragada e nem sei quem sou.
Eu tento correr, mais meus pés estão pregados no chão, e já não há forças no universo que me livrem dessas sensações, então me permito ficar triste, deixo as músicas tocarem, e mais uma vez sinto que me vou pelo ralo do cotidiano.

~Ana Suele.

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