mulher do fim do mundo

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Minhas mãos são finas
E meu toque é manso
Me nomearia delicada
Se não pelas minhas ecessões
Se não pela minha mania de falar como quem tenta sempre ganhar briga
Mas delicada talvez também tenha haver com isso  e eu não sei
Desconstruo e me reconstruo
Mulher que faz a hora
Que vai de atitude
Que não aceita que existe feio
Que tudo é sublime
Meu tapa pode até ser leve
Por que leveza também é adjetivo meu
Mas balança teu mundo inteiro
Por que quando dúvidas de mim e vira as costas
Eu começo as traquinagens e arrebento os tabus
Mas não se engane
Treino cada dia tapas melhores
E um dia desses não irei mais balançar
Irei explodir teu mundo até não sobrar nada que seja ultrapassado
Por que como Elza eu também sou mulher do fim do mundo.

~Ana Suele

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