Capítulo um

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Rayane Rodrigues

   𝗘u já estava cansada de morar com a minha tia. Todo o dia era uma humilhação diferente, ela me culpa pela morte da minha mãe e tratou de me infernizar todos os dias, mesmo sendo eu que a banco já que sou eu que cuido da empresa da família.

Mas a gota d'água aconteceu hoje quando cheguei da universidade, ela estava sentada no sofá com um homem, os dois conversavam muito animados mas pararam quando me viram entrar.

───  Rayane que bom que chegou. – Donna, minha tia diz forçando uma voz simpática e se levantando e vindo ate a mim.

───  O que aconteceu tia? – pergunto e ela olha para o rapaz.

───  O Senhor Correia veio comprar seu corpo por duas horas. – ela diz com uma calma como se fosse a coisa mais normal do mundo.

───  Espera? Deixa eu ver se entendi. – digo indignada e ela sorri. ───  Você quer que eu me prostitua? Quer que eu venda meu corpo para você ficar com o dinheiro? Já não basta as humilhações que passo com a senhora?

───  Ah Rayane não se vitimiza. – ela diz com aquela voz arrogante e eu a olho.

───  Eu não vou fazer isso, se quiser você que se venda. – digo e caminho em direção ao meu quarto.

───  Rayane Rodrigues Martínez volte aqui, você vai fazer o que eu mando você está morando debaixo do meu teto e além de tudo você é a culpada pela morte da minha irmã! – ela diz com arrogancia e superioridade e eu a encaro.

Ela era a melhor tia que eu podia desejar, mas depois da morte da minha mãe ela virou essa mulher fria, calculista, arrogante, irritante, mesquinha e acima de tudo dedicada a me fazer sofrer.

Ela me culpa pela morte da minha mãe, mas não foi a minha culpa. Eu sei que ela só sofreu aquele acide te pois eu meio que fugi de casa, mas eu tinha que ir atrás do meu pai e o impedir de cometer aquele erro e infelizmente acabei perdendo os dois no mesmo dia, minha tia me culpa mas ela não sabe o quanto que eu sofri, o tanto que eu sofro e me culpo pela morte dos dois, mas ela não precisa esfregar na minha cara que minha mãe morreu por minha culpa.

───  Pensa o que a senhora quiser. – digo e ela me encara. ───  E se o problema for morar debaixo do seu teto igual a senhora disse, não se preocupe, eu vou embora agora mesmo. – digo me aproximando do armário e pegando a mala atrás dele.

───  Você não vai sair dessa casa Rayane! Não vai sair até pagar tudo que me deve. – ela diz agarrando meu braço e por um impulso de raiva eu solto meu braço o puxando com força.

───  Eu não te devo nada! Eu tenho trabalhado que nem uma condenada naquela empresa, trabalho no restaurante e todo o dinheiro vai para você. Eu não tenho nada pra te pagar, nada. – digo e começo a colocar as roupas na mala.

─── Rayane, você matou minha irmã. – ela diz quase gritando e eu a olho com meus olhos ardendo.

─── NÃO FOI MINHA CULPA! PARA DE JOGAR ISSO EM CIMA DE MIM, EU NÃO QUERIA QUE AQUILO ACONTECESSE, EU ERA APENAS UMA CRIANÇA E VOCÊ MESMO SABENDO DISSO FEZ O QUE FEZ COMIGO. – grito e sinto ela me dar um tapa.

─── NUNCA MAIS GRITE COMIGO RAYANE – ela grita enquanto eu levanto meu rosto para olha-la.

Meu rosto ardia muito e em meio as lágrimas eu não podia a ver direito. Ajeito minha postura e limpo as lágrimas presentes em meu rosto, minha tia não merecia que eu derramasse nenhuma lágrima por ela e muito menos pelas coisas que ela faz e fala.

NAMORO DE FACHADA; Christopher VélezOnde histórias criam vida. Descubra agora