Capítulo três

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Rayanne Rodrigues


Fui um pouco imprudente quando aceitei toda aquela mentira do Christopher, mas naquele momento eu não tinha mais como fuder com a minha vida.

Naquela tarde quando Christopher me deixou em casa, recebi uma ligação de um número brasileiro estranhei um pouco mas acabei atendendo. A voz daquela mulher soou pela linha e repetiu a mesma frase que minha tia disse quando eu estava saíndo da sua casa " Espero que você passe por mal bocados e acabe morta, que nem minha irmã " naquele momento sem nem esperar, eu encerrei a chamada e procurei formas de arranjar algo para poder usar como arma contra aquela mulher.

E como num passe de mágica me lembrei das palavras de Christopher no carro " Anne eu te dou tudo o que quiser se aceitar me ajudar, qualquer coisa que você precisar ou querer só preciso que me ajude " e não pensei antes de pegar minha bolsa e ir até a casa dele. Pela Roberta eu descobri que ele não havia mudado de casa desde aquela visita então era mais fácil para mim.

Eu me senti muito mal em mentir para o pai do Christopher, mas foi preciso, não é apenas a cabeça do Christopher que corre perigo.

Hoje já completava uma semana desde de que aceitei aquela bendita mentira e desde de então temos conversado bastante sobre como explicar essa união. E não foi tão difícil, combinamos de dizer que Christopher sempre gostou de mim e sem saber como chegar ele acabará por me provocar e eu acabava dando a ele a atenção que ele queria mesmo a expressando com raiva, e com a minha volta ele resolveu tomar coragem e se confessar e eu acabei por falar que infelizmente eu gosto dele – o que é uma mentira cabeluda – e o pior é que todos ao nosso redor acreditam nessa história.

───── Ray? — sou tirada de meus pensamentos quando Lia chama pelo meu nome. ───── A aula acabou.

Olho por toda a sala e vejo que a maior parte da turma já saiu e outros preparavam para sair, a garota de cabelos castanhos sorri para mim com cara sugestiva e eu reviro os olhos.

───── Não aconteceu nada do que você está pensando mocinha. — digo juntando meus pertences e me preparando para sair daquele lugar.

───── Vai me dizer que essa cara de sono não é por conta do Christopher? — ela pergunta sorrindo sapeca e me seguindo pelo corredor.

───── É culpa do christopher sim, mas não dessa maneira que você está pensando. — digo já tentando me defender mas ela não acredita e apenas murmura um sei e encerra a conversa.

Naquela noite, Christopher me ligou inúmeras vezes e eu como não queria atender para focar completamente no meu sono acabei colocando meu celular no modo avião e indo dormir. Mas eu não esperava que aquele maluco iria sair do apartamento dele as três horas da madrugada para ir me infernizar pessoalmente.

E a pior parte de tudo era que ele queria jogar e essa praga sabe muito bem que sou competitiva e aflorou esse meu lado falando que eu estava com medo de perder para ele, eu acabei apostando com ele para mostrar que eu não tenho medo de perder para aquele palhaço e no fim quem ganhou foi eu, durante o restante dessa semana ele fará o que eu quiser e eu estou empolgada com isso.

Quero ver onde isso vai dar.

Assim que alcanço a saída do prédio, vejo aquela ruiva nojenta em cima do Christopher. Ele tentava falar algo e a tirar de cima dele e ela grudava pior que chiclete no imbecil.

NAMORO DE FACHADA; Christopher VélezOnde histórias criam vida. Descubra agora