02 | Príncipe rebelde

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Jungkook acordou por volta das quatro da tarde, o que na América do Norte era costumeiro o clima frio de montanha

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Jungkook acordou por volta das quatro da tarde, o que na América do Norte era costumeiro o clima frio de montanha.

Acordar por essas horas não era lá algo que acontece sempre com o mesmo, mas você, sendo sincera, já deve imaginar o que uma boa ressaca faz. Imagine então quase uma semana toda desdenhando um relacionamento acabado apenas em bebidas, é de dar dó.

Levantar já foi quase uma grande tortura, com um martelinho na cabeça como se fosse racha-la à qualquer momento.

Mensagens e mais mensagens. Avistou o celular apitando, estava parado na escrivaninha como se o esperasse para responder todas os sms recebidos.

Mas ele não as leu, e nem sequer teve o desprazer de olhar a barra de notificações.

O detetive estava a ponto de estourar, e ele por sinal, conseguia vê seus neurônios se revertendo como uma contagem regressiva para uma bomba dominar o seu corpo assim que possível.

Ainda no quarto, apesar de uma farta zoada forte de zumbido no pé de seu ouvido, ele conseguiu identificar o som alarmante da campainha, o que tornou-se exageradamente mais forte com o passar dos três segundos.

Jungkook! — Jung Jaehyun consegue ser insuportável quando quer, pensou o agente do FBI. — JUNGKOOK!

O interfone era mesmo preciso em um apartamento?

Abriu a porta apressadamente, apesar de não ser do seu querer nem um pouco, mas sabia que ele não sairia dali tão cedo. Do mesmo jeito que é insuportável, é persistente e insistente.

— Jaehyun se eu não liguei pra você nos últimos dias, não ouve nenhum pedido de socorro da minha parte, agora demorei para abrir a porra da porta e praticamente te mandei ir a merda ontem quando você me ligou, é por que eu preciso ficar sozinho seu infeliz! — falou enquanto abria a porta, e para confessar a primeira coisa que viu foi a cara do amigo, que não estava como uma das melhores.

— Sinceramente amigo, não parece eu ser o infeliz aqui, qual é Jungkook? O que foi agora? O que ela fez? — perguntou como se fosse óbvio ser algo que ela havia feito.

Mas agora, no caso, ela realmente tinha feito algo.

— Ela? ela fez tudo Jae, tudo e mais um pouco se quer saber. A desgraçada acabou comigo de uma forma inacreditável, e eu tenho que ficar em pé pois sou um agente renomado que não pode se deixar abalar por algo do tipo. — deixou escapar esse pequeno desabafo misturada com o deboche que só ele era capaz de entregar em um situação como essas. — Virou um monumento agora? Entre idiota!

— Não Jungkook, quer dizer, em questão sim. Mas você não deve se deixar abalar por algo do tipo, é um conselho de melhor amigo, e não colega de trabalho. — explicou dando uma pausa e observando o apartamento cheio de pacotes de doces e latinhas de cerveja, suspirou e voltou a falar. — Você sempre soube como ela era. Yarli nunca te amou Jungkook, você que sempre se iludiu achando que um dia isso aí, esse sentimento surgiria nela. Mas quer saber, eu achei tarde, sei que não merecia um pé na bunda, mas ela nunca foi pra você, brother.

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