Lilia aproxima da minha cama se retira do quarto. Ela volta abrindo a porta devagar sem emitir um barulho forte para não acordar Sadie. Uma voz que me parecia feminina um pouco exaltada pelos corredores do Internato se aproximava em quarto em quarto fazendo batidas com os pés no chão:
- Lilia está ouvindo esses passos? - compenetrada escutando. - Será que estamos em um filme de terror e devemos fugir agora desse quarto entediante antes que a entidade nos pegue e nos leve para o inferno?
- Não sua boba. Faz silêncio. - a mesma arruma postura e o seu uniforme sentada na cama, eu apenas copiei os seus gestos. - É a inspetora, quando ela vem indica que estamos fritas. - ela range os dentes com a feição apreensiva.
- Preferia a entidade sombria do Internato, e sorte da Sadie que está dormindo. - completo - É para ficar parada dessa forma que você está? Um pouco estranha feito uma garota atropelada? - olho de cima para baixo.
- É sua tola! Silêncio. A não ser se você quer ser levada a sala de tortura.- Lilia me belisca de forma fraca para deixar de tagarelar pelo menos um minuto.
- Sala de tortura? - curiosa após ouvir.
Permaneci em silêncio até a chegada da inspetora por um tempo, estava um pouco tanto assustada pela ação de Lilia, parecia que era algo muito grave a ser falado.
Em segundos a porta se abre e a mulher branca de roupas pretas com um apito tosco em seu peitoral encara o quarto imóvel:
- Eu quero todos o celulares! Sem exceção nenhuma! - a inspetora exigente dizia de forma que era a obrigação obedecer a sua ordem, ao menos que vou para a diretoria. Se bem que eu não poderia oferecer o meu celular de mão cheia e logo logo eu estaria expulsa.
- Ei! Fale baixo! A princesinha está em um sono profundo. - aponto para Sadie de forma que a inspetora percebesse. - E sobre o celular não! Eu não vou entregar.
- Millie entrega para ela. - Lilia sussurra em meu ouvido ainda em postura.
- Eu não quero entregar Lilia.
Ela de longe observa a nossa conversa silenciosa:
- Não precisa Millie, sua amiga já fez isso por mim. - ela com uma caixa retira de dentro o meu celular com um rosto de deboche.
Olho para ele nas mãos da inspetora e os meus lábios formava um bico com as sobrancelha franzidas. Sadie Sink estava dormindo e não era sonâmbula para entregar o meu celular a Inspetora. A única que restava era a Lilia. Ela ficou em silêncio com se nada estivesse acontecendo no momento apenas aguardando a inspetora:
- Lilia você entregou apenas o celular da Millie. Eu quero o seu e o telefone da Sadie. - ela estende uma mão encarando na porta. - Acabou a folga dos celulares de um lado para o outro nesse Internato.
Revirei os olhos sem dizer nada, e olhei para Sadie que não demonstrava reação alguma.Lilia se levanta e em direção do criado mudo ao lado da cama de Sadie, busca os dois aparelhos e entrega para a inspetora que estava aguardando, ela coloca na caixa azul que segurava e se retira do quarto satisfeita com um sorriso irônico.
Não esperei muito para dar o meu sermão, havia ficado aborrecida:- VOCÊ ME DEDUROU! EU CONFIEI EM VOCÊ.- cruzo os braços e me levanto da cama.
- Desculpa Millie, mas ela me pediu para eu entregar o seu celular primeiro, acho que você é a mais rebelde desse quarto, ela me disse que escutou a falar muito de você. Me parece que você é a mais difícil de lidar.
-Como eu irei falar com o Jacob, a gente iria no show! - zango
- A culpa não é minha tá legal?
Ela me pediu o seu celular de início. - ela explicaIndependente, amigas não podem dedurar a outra, juntas até o fim. Mas Lilia parecia chateada e eu não compreendo a sua desculpa. E a partir dali eu acabo de perder o contato com Jacob na Califórnia, para nos mandarmos mensagens, o contato com a minha família e amigos que eu mesma programei para manter o contato via celular, sem poder visitar.
A cada vez mais a chance de ser expulsa tomava conta da minha mente, me deixando mais nervosa e aflita. Eu não gostaria de permanecer por um tempo no Internato.
A outra opção era ir para o show de Sartorius na Inglaterra com as garotas, mas como eu iria ao show dele? Ficava pensativa em minha cama , sem esbanjar nenhuma reação, olhando para um ponto fixo da parede.
Sem ao mínimo de me informar algum tempo longe de todos.
Eu iria me encontrar com Finn Wolfhard amanhã para conversarmos, então pode ser que ele teria uma solução para esse caso, se é que ele gostaria de conversar diretamente comigo ou sua situação está pior que a minha.
Eu não iria parar de falar com a Lilia por esse motivo fútil iria ser tanto infantil a minha parte, poderia ser que não era sua culpa e contra a sua vontade, Sadie estava dormindo enquanto eu pensativa em minha cama, se eu saísse do colégio ou permanecia. Meus olhos miram a ruiva que troca de posição e vira de bruço respirando profundamente, dou um sorriso imediato a bela menina:
- Sem celulares, sem contato, eu odeio esse lugar. - resmungo ajustando o travesseiro olhando para o teto. - Que coisa mais tosca.
- Millie, pare de resmungar. - Lilia irritada. - Você não passa de uma patricinha mimada fresca de Malibu, acha que as coisas giram ao seu redor. Mas não! Não é assim. O mundo não gira em seu torno, você é estúpida! Acha que todos devem te obedecer e as coisas serem da forma que você quer. Você mal chegou no colégio e trás uma carga em suas costas. Você reclama de tudo sobre o colégio. Eu estou cansada! - ela gesticula nervosa olhando fixamente em meus olhos de forma fria. - Se você ser expulsa tanto faz, pelo menos irei me livrar de você.
Ao ouvir aquilo tudo deitada, os meus olhos se encheram de lágrimas rapidamente, elas escorrem sobre o meu rosto, e em segundos a tristeza se cerca sobre mim. Eu não conseguia dizer uma palavra aquilo tudo. Eu tinha sido humilhada por alguém que eu gostei tanto em dias. Lilia havia me quebrado em pedaços, o meu coração acelera e ela olhava para mim, vendo as lágrimas caírem em meus olhos.
A garota orgulhosa com seu olhar predestinado, retira do quarto e bate a porta com força em um barulho muito forte e me deixa só.
Não entendi o motivo da humilhação, eu só queria chorar em meu canto sozinha. Soluçando e o travesseiro enchendo de lágrimas geladas.
Queria um abraço apertado de meus pais agora, o que era o impossível.
Sadie com a algazarra se acorda e observa o meu estado:- O que aconteceu Millie? Por que você está chorando? - sonolenta e preocupada a ruiva se levanta até a minha direção colocando suas mãos quentes fazendo carinho em meu cabelo.
Soluçando eu não conseguia explicar o que de fato aconteceu.
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Millie Bobby Brown || A Garota Mimada
Ficção AdolescenteMillie Bobby Brown era uma garota de 18 anos Americana que vivia em Malibu, no litoral da Canifornia contendo seus romances e a sua vida que luxo que levava. Ela teria que se mudar para um colégio interno na Inglaterra totalmente rigoroso, deixando...