Capítulo 28 | Mayo Clinic

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Leio a placa do carro preto pronunciando as letras nos lábios de forma silenciosa, Sadie continua se apoiando em meu ombro com dificuldade. Lilia se retira do portão e trocava palavras com o motorista inclinada com a cabeça na janela. Ela faz um sinal com as mãos chamando-nos e trago Sadie comigo:

- Vai ficar tudo bem, vamos tratar do problema agora. - dou um sorriso de canto para a garota que concordava com a cabeça.

Á frente do carro Lilia abre a porta para facilitar passagem após fechar o portão do colégio, tiro o braço de Sadie do meu ombro e ela adentra ao veículo, em seguida sento ao seu lado, por último Lilia completa o trio no banco traseiro. O homem de cabelos pretos e pele clara aparentava em ter entre seus vinte e nove anos:

- Boa Madrugada, Hospital Mayo Clinic, certo? - o motorista pergunta clicando com uma luz forte em seu aparelho preso em um suporte.

- Exato. - Lilia confirma no banco de trás e ele liga o veículo.

Logo estaríamos longe do colégio, eu não fazia a menor idéia, era uma das minhas poucas vezes na Inglaterra e estava assustada de me perder. Nunca havia andado sob o aplicativo de Táxi, sempre o meu pai enviava o seu próprio funcionário. O motorista com as mãos no volante, olhando para frente:

- Vocês aceitam uma água, uma bala? - ele pergunta virando o carro em uma entrada. - Caso quiserem é só pegaram aqui.

Miro os meus olhos e um pote com balinhas estava no carro:

- Não aceito.. - digo o olhando pelo retrovisor segurando a mão de Sadie. - Você quer uma água? - pergunto.

- Não, Obrigada. Qual é o seu nome? Eu nem perguntei. - Sadie se refere ao motorista com sua voz trêmula.

- Vai que é um Serial Killer. - sussurro. - Buuh!

-- Ai Millie, chega. - Lilia ri de desespero com a situação.

Logo que entrei não passou pela minha cabeça perguntar o nome do motorista:

- Adam. E o de vocês garotas? - ele pergunta. - O que aconteceu com a ruiva? Vocês querem que eu aumente a velocidade para chegar mais rápido no Hospital?

Chamar uma ambulância iria causar um grande escândalo no colégio: todas iriam despertar e se assustar com o som vindo da rua:

- Millie, Sadie e Lilia. Ah a Sadie... ela foi mordida por algo nessa madrugada. - respondo olhando as condições de Sink. - Não precisa aumentar a velocidade, não queremos se acidentar.

- Tudo bem. - direto. Ele segue em frente com o veículo.

Com as minhas preocupações ligadas em Sadie, também estava confusa em relação a saída a cidade, como a Senhora Worbel se descobrisse a nossa ida sem permissão e com a ajuda de Finn iria tomar uma providência contra ele, porém não podemos deixar a garota ferida. Da mesma forma que ele me ajudou, pretendia retribuí-lo de alguma forma então o mínimo que poderia fazer até o momento, era me calar e esperar a hora certa, quando ele precisar eu poder ceder ajuda para o garoto:

- Amiga, me conte um pouco mas de como apareceu isso em seu braço, você não disse para a gente enquanto estava sentada no banco, precisamos relatar para o médico como aconteceu. - Lilia diz encolhendo os ombros.

- Eu... tive a idéia de ir para o jardim de madrugada me distrair um pouco para depois dormir, eu senti algo rastejar pela grama e me morder. Eu senti uma dor insuportável logo de primeira! - ela relata tocando em seu curativo. - Não sei qual animal me mordeu, ele logo sumiu.

- Escorpião? - Adam coça a ponta do nariz em dúvida.

- Você estava prestando atenção na conversa toda?! Mas é tão inconveniente. - digo. - Escorpião não ia fazer esse corte horrendo....

Millie Bobby Brown || A Garota MimadaOnde histórias criam vida. Descubra agora