Capítulo 27 | Táxi

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Sem menos, dou um toque leve em seu rosto limpando as lágrimas, enquanto Lilia segurava a sua mão de forma prestativa. Ver Sadie chorar e eu não poder saber ao menos o motivo, era algo muito triste para mim. Uma amizade feita a semanas atrás a confiança estava se induzindo cada vez mais.

Poderia considerar uma grande amizade feita no Internato, eu me importava com ela, vê-la daquela maneira, me machucou: e muito.

E naquele momento éramos só nós, acalmando a garota, eu só queria ver ela bem: a dúvida surge por diversas vezes em minha cabeça para poder perguntar delicadamente o que estava acontecendo, mas conversava com o meu subconsciente que podia ser inconveniente da minha parte, o meu físico estava exausto. Mas como um amiga devidamente inquieta, soltei a fala mesmo me parecendo inconveniente, estava disposta a tentar de alguma forma ajudar, uma gotícula de sangue pinga na grama me deixando cada vez mais assustada, dando a entender que ela estava ferida:

— Por favor, eu não aguento mais ficar calada. Me diz o que aconteceu. - digo acariciando seu rosto.

— Amiga, você está ferida precisa fazer um curativo antes que isso infeccione, mas o que causou esse ferimento? - Lilia pergunta.

Ela levanta sua cabeça:

— Eu fui mordida por algo está muito dolorido. - ela vira o seu braço derramando lágrimas.

Ele estava terrível, um corte havia sido aberto e exposto no seu braço, estava sangrando. O tempo todo Sadie segurava o seu braço e sua mão acabou ficando pouco ensanguentada, entrei em estado de choque eu não conseguia pensar e raciocinar de forma alguma:

— Isso está horrível! - digo assustada.

— Me ajudem, está muito dolorido. - ela grita de dor segurando o seu braço.

— Calma, Lilia fique com ela: ajudando e segurando o seu braço que eu vou chamar alguém. - gesticulo encarando o labirinto.

A mesma agacha e concorda com a cabeça:

— Onde vai? - pergunta Lilia - Você pode se perder!

— Eu já volto, não saem daí por favor!

Viro os meus calcanhares e dou o impulso para o meu corpo começar a correr em alta velocidade, desvio das entradas do labirinto e meus olhos se confundiam cada vez mais, o grande paredão de arbustos era imenso, mas eu tentatava lembrar de onde eu havia passado anteriormente.

Com o impulso eu não me lembrei de pegar o apoio da lanterna para enxergar melhor. Minhas pernas estavam ficando pesadas.

Avisto a grande porta do internato me apoximo e vejo se ainda estava trancada, tentativa falha.

Dou a volta, com os pés descalços e avisto pequena passagem aberta onde Lilia possuí o acesso, me inclino e passo a diante.

O porão escuro: estava dificultando, passo as minhas mãos no vento para sentir alguma coisa, sinto a porta. Abro-a e saio correndo nas escadas em direção ao quarto de Finn.

Eu podia muito bem me machucar, mas o meu instinto para ajudá-la falava mais alto.

Penso em abrir a porta do seu quarto mas prefiro bater antes de entrar. Ele resmunga e puxa a maçaneta e observa a minha feição um pouco exausta:

— O que faz essas horas aqui de pijama? - ele pergunta colocando os dedos em seus cachos.

— Você estava acordado?

— Sim, estava resolvendo algumas coisas de negócios do meu pai. Não consegui pregar os olhos nesta noite. - responde.

— Coloca uma camisa Finn, eu preciso da sua ajuda. - embolo as palavras. — Podemos ir para o Hospital?

Millie Bobby Brown || A Garota MimadaOnde histórias criam vida. Descubra agora