Capítulo TRÊS.

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Eu não sei se eu ter exposto um conteúdo tão sexual assim e tão baixo, possa, de alguma forma, ter causado algum tipo de ódio em vocês a ponto de nem sequer estarem mais lendo até aqui. Mas eu realmente creio que não, pois, vocês já me conhecem de longa data e sabem bem que eu escrevo o que me vem a mente. Eu sei também que terminar o relacionamento desse jeito, não é uma coisa muito madura, acontece que eu prefiro mil vezes sair como imaturo e me vingando daquela atitude de Zayn, do que simplesmente ser visto como o destruído, o traído.

Louis aparentava saber bem o que estava fazendo, e por mais estranho que pareça devido eu ter conhecido ele somente hoje, eu confiei e deixei ele nos guiar até a casa desse seu amigo que ele disse que saberia bem resolver o meu problema. Eu sorri agradecido, pressionando forte a mão no volante e ouvindo as suas instruções para que chegássemos o mais rápido possível na casa desse garoto, que segundo o garoto de olhos azuis, se chamava Niall.

Eu nunca tinha conhecido um Niall na minha vida. Não era um nome dos mais comuns pra mim, e era realmente esse tipo de pensamento banal que ocupava a minha mente para me impedir de pensar em a) o beijo caloroso entre Zayn e Liam, b) que o garoto que eu mais amava tinha jogado quatro anos no lixo como se não fosse nada e c) na culpa que mesmo assim eu ainda carregava de ter transado com Louis.

Quando eu digo que eu carregava e carrego a culpa daquele sexo, não é porque Louis não transe bem. A culpa foi porque a intenção sempre foi encenar o mais perfeito possível um sexo delicioso e descompromissado, como se eu tivesse aproveitando ao máximo e passar essa imagem a Zayn, sem realmente estar sentindo tudo isso. O problema foi que a cada gemido, a cada toque, a cada sorriso malicioso do garoto que eu poderia ver claramente através das nossas imagens na tela do celular, eu estava realmente sentindo um prazer maravilhoso. Em determinado momento, a minha vingança contra Zayn que tinha o objetivo passando longe da satisfação própria, entrou em uma zona onde a imagem de Zayn evaporava e só existiam ali naquele provador, Louis e eu.

Quando meu ex-namorado ver esse vídeo (Se já não o viu), é simplesmente de certeza que ele verá a veracidade de cada frase que escapulia por entre meus lábios: delícia, gostoso, mete com mais força, eu nunca senti tanto prazer na minha vida.

Eu adorava o sexo com Zayn. Foi ele o único garoto que eu transei em cinco anos, já que antes de namorarmos oficialmente, eu já transava só com ele. Adorava nossos corpos suados em perfeita sincronia parecendo uma arte, a forma como nossas bocas simplesmente se encaixavam, o jeito como sorriamos entre os beijos e a maneira como dizíamos "Eu te amo" um para o outro, não com muita frequência, mas ao menos, parecia sincero.

Parecia.

Eu verdadeiramente acho que depois desse massacre que aconteceu dentro de mim, eu não vou conseguir confiar num "Eu te amo" de mais ninguém. Se uma pessoa que dizia isso pra mim, me traiu depois de quatro anos de namoro, o que me levaria a acreditar que uma pessoa de um ano apenas comigo poderia estar sendo mais sincero que Zayn em suas palavras? Eu desisto.

E eu lembro que nesse mesmo momento do meu fluxo de pensamento que estava mesmo intenso, Louis estava me guiando para parar o carro por um instante em uma vaga e parecia me encarar. Limpou meu rosto que até então eu não tinha reparado que tinha lágrimas escorrendo, e sorriu de leve.

"Não chora, não." Eu entendo agora que Louis estava tentando me ajudar e sei que era a melhor arma pra me fazer feliz que ele tinha, mas a única vontade que tinha me dado naquela hora era de perguntar ele se ele achava realmente que aquilo iria me ajudar. Somente fiquei o encarando sério a espera de alguma continuidade em suas palavras. "Ele não merece que você gaste nenhuma lágrima encima disso tudo. Guarde elas pra quando você poderá rir de alegria." Zayn era a minha alegria, e eu não sei bem o que vou fazer sem ele. Eu sei que a gente nasce e morre sozinho, só que quando você está acostumado a estar com alguém, quando seu coração bate forte por aquela pessoa, seria muita falta de empatia dizer: ei, para de chorar por macho.

Loja Trinta e Seis. (História Larry - Zarry)Onde histórias criam vida. Descubra agora