[11] ➴ 𝐝𝐫𝐮𝐧𝐤 𝐢𝐧 𝐥𝐨𝐯𝐞

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Jack Dylan Grazer POV

A música ecoava pela boate em uma altura extremamente elevada, fazendo o meu corpo tremer a cada batida que acompanhava a melodia desconhecida.

De tão alto que era, subimos as escadas do salão para podermos conversar melhor, indo para um corredor onde havia várias portas. Estavam todas trancadas, mas podíamos ouvir as insanidades que jovens faziam lá dentro como se estivessem abertas apenas para aqueles sons de prazer.

Finn me puxou para um canto onde a música estava mais baixa.

- Nós vamos nos encontrar com o rapaz, explicar tudo e já vamos embora, ok?

- Ok, mas você sabe onde ele está?

- Naquele quarto, ao lado do dark room - apontou para uma porta do outro lado do corredor.

- Como você sabe?

- Jovens com redes sociais postam praticamente sua vida inteira na internet, Jack. Noah postou um vídeo em seus stories mostrando aquele quarto.

Não tive nem tempo de perguntar o seu Instagram para tirar a minha dúvida de mais cedo sobre o garoto e fui arrastado até o quarto por um Finn Wolfhard ansioso e apressado.

Ao abrir a porta demos de cara um casal de garotos se beijando e outro quase se comendo no chão. Os que estavam no chão nem ao menos notaram a nossa presença ali, enquanto os outros se afastaram.

Quando separados, pude ver perfeitamente a figura que eu esperava desde que ouvi seu nome sair da boca de Finn.

Noah Schnapp estava ali na minha frente, depois de dois anos sem vê-lo e sem... tocá-lo. Ele não havia mudado quase nada, apenas estava mais alto e um pouco musculoso, com seu inconfundível cabelo para trás.

- J-Jack? O que faz aqui.. quer dizer, quanto tempo! - Noah disse, limpando a sua boca com o polegar.

- Oi, Noah...

- Vocês já se conhecem? - Finn perguntou.

- Sim, de muito tempo atrás.

- Ahm, ok né. Noah, eu sou Finn Wolfhard, o garoto que você vendeu os ingressos VIP.

- Ah sim, Finn. Você é quem queria falar algo em particular comigo, não é?

- Sim, sim. Sou eu.

- Ah, espera só um minutinho - ele cochichou para o moreno com quem beijava a segundos atrás e nos guiou até o banheiro do quarto, onde ninguém poderia nos ouvir.

Finn não contou toda a verdade para Noah por motivos óbvios, mas falou as informações necessárias que precisava para convencê-lo a ajudar-nos, por volta de uma história inventada mas com coerência. Ele só começou a realmente se interessar e acreditar no que estávamos falando quando contamos sobre o pagamento que teria.

Eu apenas concordava em tudo que Finn dizia, pois estava muito desconfortável entre os dois para conseguir falar algo.

- Eu vou descer para a pista - disse para o de cabelos cacheados e saí correndo do quarto, indo para o cômodo de baixo.

Logo a música alta e o barulho das pessoas conversando voltaram a preencher os meus ouvidos. Ver todas aquelas pessoas dançando, bebendo e se divertindo me fez pensar sobre Finn Wolfhard e todos sinais que ele teria me dado de que poderíamos ter algo juntos. Mas acabei percebendo que havia mais sinais negativos do que positivos.

Seus olhares que sempre estavam presos a mim e sua simpatia comigo era para se aproximar e conseguir ter acesso às informações que queria. Invadir a empresa do meu pai não foi para ele espairecer as coisas e passar um tempo comigo como disse, e sim para tentar ver se conseguia alguma informação que o ajudasse lá dentro. A mensagem que recebeu no dia em que fomos para o supermercado era sobre minha mãe, e provavelmente sua única preocupação era que ela não estava em casa. No dia seguinte encontrei ele saindo do escritório dos meus pais que sempre fica trancado, o notebook do meu pai some e logo depois ele é "encontrado" no quarto seu quarto. Como eu fui burro e não percebi tudo isso?

𝐑𝐔𝐍 𝐀𝐖𝐀𝐘,  𝗳𝗮𝗰𝗸Onde histórias criam vida. Descubra agora