Não é um laboratório

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- Bem então é melhor você descansar porque amanhã eu não vou pegar leve, você vai me ajudar bastante. -

- Isso é um desafio? -

- Não, é uma ordem. - Reiji sai e fecha a porta.

- Está bom então, mas uma coisa não me caiu a ficha, por que o Laito disse que me conhecia desde antigamente? - Depois de pensar muito sobre o assunto e sem obter nenhuma resposta eu decidi dormir. -

No dia seguinte acordo com o despertador tocando às 07:30.

- Ninguém merece, sete da manhã e tudo é culpa do Reiji que impõe ordens em mim. - Visto uma roupa e desço tomar café.
Passado um tempo volto para o quarto e surpreendentemente encontro Reiji sentado em minha cama. -

- Você é esperta. Se eu tivesse que te acordar seria com um balde de água. -

- Você precisa de ajuda em algo? -

- Digamos que sim. -

- No que? - Questiono curiosa. -

- Eu tenho um quarto na mansão onde faço experimentos e não consigo acertar um. Você acha que pode me ajudar? - Ele me encara com seu rosto neutro enquanto ajeita seus óculos. -

- Mas é claro que eu te ajudo! - Reiji me levou até o lugar. -

- Reiji... Mas isso é um laboratório imenso! -

- Não mencione essa palavra, eu odeio essas coisas de humanos porém eu me sinto forçado em aprender a química. -

- O que você quer fazer exatamente? -

- Um soro. - O encaro um pouco confusa, não é algo muito simples? Por que ele precisa de minha ajuda?
..... Vai ver ele só quer ficar de olho em mim mesmo. -

- Está certo, eu preciso disso e daquilo. - Vou guiando o mais velho e ensinando a como preparar e fazer os experimentos. -

- Quase pronto só falta misturar aquele ingrediente no Becker-- Eu acabo tropeçando nos cadarços desamarrados de meus tênis e derrubo o frasco, fazendo com que eu caísse no chão com a mão em cima dos cacos. -

- Você se cortou? - Ele questiona preocupado. -

- Sim... - Ele foi até um armário e pegou um kit de primeiros socorros. -

-Mais cuidado da próxima vez! - Reiji me repreende. -

- Foi mal... - Ele não parava de encarar minha mão. - Por que você não para de olhar para a minha mão? -

- Seu sangue tem um cheiro bem atraente. - Nesse nível seus olhos já estava em um carmesim forte. -

- Obrigada? - Eu me senti meio perdida. -

- Só um pouquinho... - Ele lambe os lábios. -

- Você quer meu sangue? - Pergunta estúpida. -

- Sim.... - Ele tenta se conter. -

- Eu já te dou. -

- O que?! - Reiji sai de seu transe. -

- O sangue! Te dou o sangue! -

- Sério? - Ele estava mais confuso que eu. Pego a gaze, molho em meu sangue e lhe entrego.
O mesmo pega, cheira, e me encara piscando os olhos devagar. -

- Você está bem? -

- Sim, obrigado. Mas essa faixinha não vai me saciar. -

- O que?! - Reiji me pega pela cintura e sem muitas opções para não ser mordida, seguro o rosto do mesmo e o beijo. Os olhos do mais velho voltam ao tom normal e quando seus lábios se separam dos meus ele me encara completamente surpreso.
Mas no mesmo momento, Laito entra na sala. -

- O que é isso aqui? O papel sedutor é meu Reiji, você deveria se concentrar no seu experimento. - Parece que Laito não viu o que aconteceu, menos mal. Ao julgar do por que ele falou isso é por causa de Reiji estar com as mãos na minha cintura e o fato de estarmos no chão. -

-Eu... Bem eu cheirei o sangue dela e-- O mais velho é interrompido por Laito.

- O que!? Eu vou te esganar desgraçado... Mas não hoje porque eu tenho assuntos a resolver e esqueça a história de trocar de lugar com alguém para cuidar da Harumi, eu fico com ela. - Ele me levanta e vamos até o corredor - O que te deu na cabeça de dar seu sangue a ele? - Lauro me confronta claramente irritado. -

- Na verdade nós.... Deixa pra lá - Se eu contar que beijei Reiji sabe se lá o que esse garoto vai fazer com o próprio irmão. -

- O primeiro que deveria provar seu sangue sou eu porque eu dou seu dono! -

- Desculpe, mas o que você disse? - Encaro incrédula. -

- Eu disse que sou seu dono e-- Meto um tapa na cara dele. -

- Eu não sou sua cadelinha pra você ser meu dono! Se enxerga! - Sinto minhas bochechas esquentarem de raiva. -

- Olha eu prefiro gatos, combinam mais com a minha personalidade. -

- Para de desviar do assunto! Ou você não presta nem para conversar? - Debocho. -

- Ui, com esse tom você me deixa até excitado. -

- Vai tomar no cu ferrugem! - Laito me pega pelos pulsos, e me encosta na parede em um movimento repentino. Agora os seus lábios estavam a centímetros dos meus. -

- Você prefere ficar com o Reiji? - Acabo corando com a pergunta e desvio o olhar. -

- E todo aquele papo de que a gente já se conhecia? -

- Agora é você quem está mudando de assunto. -

- Merda... -

- Eu estou esperando. - Ele começa a bater o pé no chão com impaciência. -

- Eu me recuso a falar! -

- Então eu vou ter que te beijar? -

- Você não faria isso! - Eu solto um riso nervoso. -

- Está apostando comigo? - Ele desafia. -

- Talvez... - Acabo mordendo os lábios apenas para provocar o ruivo que agora fitava apenas os mesmos.
E nesse momento Yui aparece no corredor em busca de mim.

- H-Harumi? - A loira derruba o livro que segurava, ele entrou em tração com o chão e o barulho fez com que nós nos  surpreendessemos e voltássemos os olhares em direção a Yui.

- Não é o que você tá pensando! - Sinto meu rosto corar e tento logo me explicar. -

- Na verdade é sim. - O ruivo solta um riso divertido.-

- Cala a boca! -

- Vem calar. - Ele me provoca. -

- Para de ser idiota e me solta, agora! - Tento me soltar, entretanto, não imaginava que Laito fosse tão forte. -

- Idiota? É, parece que eu vou ter que calar a sua boca. - Ele se aproxima de mim. -

❀✰ꏂ꒤ ꇙꄲ꒤ ꓄ꋬꄲ ꋪ꒤꒐ꂵ ꋬꇙꇙ꒐ꂵ?✰❀Onde histórias criam vida. Descubra agora