Você não deveria ter fugido

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Analisei bem a altura do andar o qual estava. Surpreendentemente encontrei uma corda no quarto, então vou fazer um teste.

- Okay então eu preciso testar primeiro... Mas com o que? .... Eu posso simplesmente esperar todos irem dormir e sair pela porta da frente, daí eu corro igual uma condenada. - Acabo rindo de tamanha idéia estúpida.
Neste momento, Kou entra no quarto com uma rosa na mão. -

- O que você está fazendo com essa corda na mão? -

- É... Bem eu... Eu estava pulando corda, para ficar em forma. -

- Mas você já é tão magrinha... - Ele encara-me desacreditado, seu rosto possuía um sorriso ladino como se ele estivesse se divertindo com minha mentira. -

- Eu posso ganhar mais massa muscular praticando. -

- Certo, e por que a janela está aberta? -

- Eu estava com calor. - Digo como se fosse o óbvio. -

- Está um frio desgraçado Harumi, não tente mentir para mim. Você ia fugir isso sim! -

- Eu não ia fugir, a corda não aguentaria meu peso. Mas qual é a da rosa? -

- Ela é para você. - Ele entrega a flor. -

- Uau um presente para mim? Obrigada loirinho. - Sorrio com aquilo. Se ao menos Laito fosse atencioso nestes pequenos detalhes... -

- Eu quero algo em troca. - Deixa quieto, Laito não fazia isso, mas também não pedia favores em troca. -

- Então você me deu a rosa por interesse? Pilantra! -

- Eu? Jamais, assim eu fico ofendido. - Ele faz uma careta e ri. -

- O que você quer? -

- Um beijo. -

- Está brincando, né? - O encaro incrédula. -

- Por favor! É só um beijinho e você nem namora! -

- Como sabe se eu não namoro? -

- E namora? -

- Bem eu.... Digamos que eu tenho um lance. -

- Com quem? -

- É... Você quer um beijo aonde? - O loiro sorri meio sem graça e coça a cabeça. -

- Na boca? Caralho, você é mais pervertido do que eu pensava. - Ele cora. - Sinto muito, mas na boca não vai rolar. A tia Harumi já é comprometida. Mas eu poderia dar um na bochecha, pode ser? -

- Harumi eu quero te bater. - Ele cruza os braços por eu estar lhe tratando igual criança. -

- Calma coisinha linda da tia! - Caio na risada o que irrita mais ainda o loiro que me segura pelos braços e me beija. - Não vou negar, é bom. A pegada repentina de Kou me deixou surpresa mas eu gostei.
Ao contrário de seu temperamento calmo, seu beijo não era. Era algo selvagem, cheio de mãos bobas e um desejo interminável. Poderíamos rolar horas na cama que ele não cansaria. Isso se eu quisesse é claro.
Senti um peso na consciência e nos separei. - Kou! Eu não queria que você me beijasse, sai daqui! -

- Não queria mas não negou. - Ele começa a rir. -

-SAI DAQUI! - Ele sai correndo com medo de eu o arrebentar na porrada -

- Está certo, agora que me livrei do loiro, posso ir até o Hall. -

Ando devagar nas pontas dos pés para não ser notada.
Finalmente consigo cruzar as portas.

- Isso foi muito fácil, eu estou com medo agora. - De repente algo segura meu braço. -

- Minha nossa senhora das panelas rosas!!! - Sinto meu corpo gelar dos pés a cabeça. -

- Parece que alguém mentiu quando falou que não ia fugir. -

- Me ferrei.... Ruki? - Sorrio inocentemente e me viro para ficarmos cara a cara. -

- Você ainda pergunta? - Ele fala impaciente. -

- Era só para confirmar. - Acabo rindo de desespero. -

- Eu realmente não sei o que faço com você. - Ele massageia as têmporas. Meu Deus, o cara é a cópia do Reiji, só que menos bonito. -

- Pois é, eu também não. -

- Se eu te levar a seu quarto quem garante que você não vai fugir. -

- Você tem total razão, eu vou continuar fugindo se quer saber. -

- Então eu vou colocar uma coleira em você. -

- É depois vai fazer o que? Me chamar de totó? - Sugiro dando risada. -

- Não é uma má idéia. - Ele fica pensativo. -

- Tente garotinho. - Arqueio a sombrancelha, ele não o faria... -

- Você realmente não tem idéia da merda que fala né? -

- Desculpe não dá para controlar, mas se bem que as pessoas gostam de mim assim, eu não tenho que mudar. - Dou de ombros. -

- Já vi que você é uma dor de cabeça, será que se te morder você não para? -

- Não, eu não paro, acredite já tentaram isso. - Ruki me encara por segundos, depois tira as mechas de meu cabelo. E quando eu menos esperava, ele chega perto e me morde no pescoço.  -

- Wow, vai com calma. Qual será o gosto do meu sangue? - Penso alto enquanto fito o nada, aquelas belas árvores que cercavam a mansão, o luar e as estrelas. -

- Não me diga que não está doendo? - Ruki finalmente nós separa e me encara incrédulo. -

- Eu não digo então. - Dou risada, nesse momento escutamos Kou chamar por mim. -

- M-neko-chan! Cadê você? -

- O dever me espera, tchauzinho senhor sangue-suga. - Deixo Ruki para o lado de fora e vou até o Hall, ao encontro de Kou. -

- Ai m-neko-chan eu achei que você havia ido embora! Me deu um susto! -

- Que isso loirinho, vai ter que fazer bem mais para se livrar de mim. -

- Me desculpe por... Você sabe te beijar... -

- Desculpas aceitas loirinho, somos amigos não? -

- Somos? -

- Mas é claro! -

- Então somos! -

❀✰ꏂ꒤ ꇙꄲ꒤ ꓄ꋬꄲ ꋪ꒤꒐ꂵ ꋬꇙꇙ꒐ꂵ?✰❀Onde histórias criam vida. Descubra agora