-Andreas..Andreas?...Senhor Andreas!!.
-...Hm?.
O rapaz não havia escutado a secretaria chamar seu nome da primeira vez..da segunda..e pouco da terceira, mas foi o suficiente para tirá-lo do transe que estava, enquanto olhava pela janela da sua sala, e o grande alfa se vira, com as mãos nos bolsos da sua calça e encarava a ômega
-Sim..o quê foi, Melanie?
-Desculpe incomodar senhor, vim avisar da reunião, daqui a 10 minutos.
-Certo, pode ir
A mulher sai da sala e fecha a porta, deixando o Alfa, só, novamente, que agora estava de volta ao mundo, real, ele se senta na sua cadeira e fica de frente ao computador, com sua mão fechada, segurando seu rosto, demonstrando seu tédio, que estava realmente grande, ele olha para seu celular que está na mesa e estende sua mão, pegando o mesmo e digitando rapidamente um número salvo como "Ômega" e coloca o dispositivo em seu ouvido, ouvindo o chamar, e não ter resposta, o homem se irritava a cada toque que seu celular dava e não era correspondido, até que então...
...o garoto, o "Ômega", estava sentado em assento do metrô, ele sentia falta de seu gorro preto que tinha perdido a alguns dias e a cidade, até mesmo em dias de sol, fazia frio, e o garoto ainda não havia recebido seu salário, e ele não gostava de pedir dinheiro pro marido, já que o mesmo queria ser pago com certos "trabalhos" do ômega, e ele também gostava muito daquele gorro, por motivos pessoais, ele tinha muito valor emocional para o rapaz
Que se distrai em pensamentos e não escuta o chamar de seu celular, que chama um número salvo como "Andreh❤", ele se toca da ligação segundos depois e atende a mesma e ouve a voz estressada de seu marido
-Alôu?
~Que porra você tá fazendo?
-Como assim? Eu tô no metrô.
~Você demorou pra atender, e sabe que eu não gosto de esperar.
-Desculpa, querido...
~Olha aqui, Gavin...que vontade de te mat..conversamos em casa!
O Alfa desliga a ligação irritado, jogando seu celular na mesa e se levantando para ir logo para a reunião, com seu stress elevado, havia sido uma ligação bem rápida.
Enquanto isso o Ômega guarda seu celular e abaixa a cabeça em reação as palavras do homem, que havia se irritado com o garoto, por praticamente razão alguma, mas ele já estava acostumado com o nervosismo e brutalidade do marido, era algo rotineiro, ele então se levanta de seu banco do trem, dessa vez se certificando que não havia esquecido de nada dessa vez.
A tristeza pelo repúdio do Alfa ainda rodava a cabeça do rapaz, ele tinha perdido o momento em que seu marido havia ficado daquele jeito, comparado a como ele era no começo..
7 anos atrás
O garoto segurava suas lágrimas ao máximo, tentando evitar o choro eminente, o rapaz estava arrumado, com suas melhores roupas, na sala da sua casa, ou futura ex-casa, havia uma mala do seu lado..e de repente o coração dele dispara ao ouvir o som de um carro chegar em frente ao lugar e sua mãe vai até o ouvido e sussurra..
-Seja um bom garoto, pro seu próprio bem, meu filho
-...
O garoto não diz uma palavra e então, uma sombra alta surge na porta e toca a campainha, a mãe do rapaz rapidamente abre a porta e cumprimenta o homem, dizendo para ele ficar a vontade, o mesmo adentra a casa, deixando o Ômega com mais medo do que já estava, o Alfa entrega um envelope com dinheiro para os pais do rapaz assustado, que abrem-o assim que recebem e veem o dinheiro, apenas acenando com a cabeça pra ele, que depois de ver que estava tudo certo, olha para o menor, que derrama uma lágrima, o homem enxuga-a e questiona o rapaz.
-Qual seu nome?
-....Ga...Ga..Gavin!
-Não precisa ficar com medo, Gavin, eu não vou te machucar, tudo bem?
O garoto ainda apreensivo concorda com a cabeça e o homem estende a mão para ele, o rapaz leva sua mão até a dele, devagar, quando suas mãos se encostam, o Alfa acaricia a mão dele e vai com ele até o carro, guarda sua mala no porta-malas, abre a porta para ele e fecha, logo depois ele da a volta e vai para o banco do motorista, entra e aperta seu cinto, advertindo o rapaz a fazer o mesmo, que olha uma última vez para casa que morou por 16 anos, não era muito charmosa, mas sempre foi acolhedora.. ele é tirado do seu transe quando o homem chama sua atenção
-Não precisa ficar com medo, ninguém vai te machucar, principalmente eu, preciso que você fale formalmento comigo quando estivermos com alguém, principalmente com a minha família, mas a sós..pode me chamar apenas de Andreh, Gavin.
-O..ok
7 anos depois
O garoto havia parado para comer algo numa cafeteria, estava cabisbaixo..até que então algo é jogado na sua mesa, o rapaz se assusta um pouco e vê o que era aquilo..era seu gorro, ele pega-o e vê que realmente era seu gorro, mas só não sabia como ele havia chegado lá, e antes que pudesse fazer qualquer coisa, uma voz ressoa atrás dele
-Acho que isso te pertence.
O rapaz arrepia todo seu corpo ao ouvir aquela voz...ao ouvir aquela voz novamente, uma voz doce, máscula e acolhedora, ele vira seu pescoço lentamente e seus olhos se encontram com o do rapaz que havia trazido seu gorro, que ele havia perdido, e o homem, pelo seu cheiro, Alfa, mexe seus lábios novamente e diz..
-Eu não ganho abraço não?
O Ômega mal reagia, apenas conseguia pensar: "Era mesmo ele?...Era mesmo o...."
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Paixão Inocente?! (Romance Gay)
FanfictionGavin é um Ômega, casado com o Alfa possessivo, Andreas. Gavin leva um vida rotineira a base das regras do seu marido Tudo esta "normal" até que sua paixão de infância volta para a cidade de Nova York, ainda com desejos pelo rapaz Mas o que ele não...