Capítulo 4.1

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Faltavam 3 semanas para o cio de Gavin, época essa que preocupava muito o jovem ômega, tanto pela parte do seu desejo sexual ficar elevado, quanto pelas dores que ele sentia nessa época, embora o rapaz estivesse mentindo para si mesmo, ele sabia que o real motivo do seu desespero interno era o que seu marido havia lhe falado a 2 meses atrás, palavras que ressoaram por sua cabeça a cada dia, repetidamente.

"Vamos ter um filho?". Foi o que seu marido havia dito, o Alfa achava que estava na hora deles terem um bebê, no começo do "bom" relacionamento que eles tinham, Gavin sonhava no dia que se tornaria pai, mas agora, sabendo como o seu marido era instável e temperamental, aquele lugar não seria um ambiente agradável para uma criança, que cresceria vendo ômega apanhar do marido, além de que o choro que a inocente criança faria, poderia ser outro motivo para irritá-lo. Mas Gavin sabia que não teria coragem de contradizer o Alfa, se ele queria algo, ia ser assim, ele sabe que não tinha escolha, só restava aceitar.

-GAVIN? - Gritava o Alfa chegando em casa, assustando o marido que estava apoiado na pia da cozinha, chorando, mas que seca rapidamente as lágrimas e engole o choro

Gavin abaixa se vira e abaixa a cabeça, o tom de voz alto que o marido usou mostrava que ele estava bravo, e o marido odiava ver a cara de "inocente" do Ômega, acusando-o de secretamente, debochar da raiva dele, mas para sua surpresa, seu marido chegava na cozinha e o puxava para um beijo, e acaraciava seu cabelo, coisa que ele não fazia a muito tempo.

-N..Nossa, qual o motivo dessa alegria?

Sexo. Só que não com você.

-..Fechamos um negócio importante hoje, um contrato multi-milionário.-Gavin respirava fundo e suas pupilas dilatavam, ele sentia um cheiro estranho, sentia o cheiro do seu marido, mas bem de leve, o cheiro de outro alfa, era familiar, ele não se sentia bem com isso por seu marido estar cheirando a outro homem, mas não se sentia mal, por que era familiar aquele cheiro, mas o rapaz não conseguia lembrar de quem era, parecia um paradoxo.

-Fechado? -Dizia Andre se direcionando a ele

-Eh, como?

-Você tá viajando é? Eu disse que vou preparar a banheira e te espero lá cima para aproveitarmos um tempo juntos

-Ahh, certo, certo....

Seu marido caminhava até o banheiro, tirando sua roupa e deixando-a no caminho, como uma  "trilha" para seguir, Gavin queria aproveitar o bom humor do marido, mas ele se acostumou com o lado ruim dele, que embora as vezes demore de aparecer, é esse lado nervoso e estressado que o domina, mas já que não podia fazer nada, só restava aproveitar.

O Ômega caminha até o banheiro, descalço, evitando fazer barulhos, a porta está aberta, a água parou de escorrer, seu marido está dentro da banheira, com os olhos fechados, uma perna apoiada no canto da banheira, Gavin observa ele, seu corpo musculoso, seus pelos recém aparados, sua barba cortada do jeito perfeito, favorecendo seu rosto, ele se aproxima do homem, pega discretamente um pote do sabonete líquido, feito de louça, caminha devagar até ele, seu coração está disparado, quase saindo pela boca, que está seca, ele chega cada vez mais perto, vendo a tranquilidade do homem que não desconfia de nada, até que..

-Não vai entrar? A água tá na temperatura que você gosta - diz Andreas

-Claro - Gavin responde colocando o pote encima do vaso sanitário e tirava sua roupa e adentrava a banheira no lado oposto a Andreas

Gavin apoiava suas mãos nos cantos e mergulhava a cabeça na água, e emergia de volta, Andreas pegava o shampoo para ele, abrindo os olhos e olhando com um olhar "sedutor" para Gavin, que lavava seu cabelo recém cortado, e pegava o sabonete que estava do seu lado e começava a se ensaboar, sendo observado pelo Alfa, que sorria olhando para ele.

-Vem cá, deixa eu ensaboar suas costas - Dizia o Alfa

Gavin ia até o rapaz, ficando de costas para ele, que ocupava sua mente enquanto seu marido passava suas grandes e suaves mão nele, o Ômega pensava sobre o cheiro que havia sentido em seu companheiro, no fato do seu amor de infância estar na cidade, e claro,  no fato de seu marido querer que eles tenham um filho, era difícil lidar com tudo isso, mas faltavam apenas 19 dias para seu cio, se ele quisesse alguma chance de liberdade da pressão que seu marido colocava, ele teria que fazer alg..

-Você sabe que eu te amo né? Você sabe né? - Perguntava o Alfa fazendo uma voz de questionamento ao repetir sua pergunta que deveria ter tido uma resposta óbvia

-Sei...claro que sei..

Paixão Inocente?! (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora