Part 2 A puta de Belém

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Eram seis horas da noite quando Daniel começou a se arrumar para sua jornada de trabalho na estação das Docas, um antigo ponto de prostituição infanto-juvenil em Belém, não era difícil de encontrar outros garotos perambulando e se travestidos em busca de alguns trocados. Lá Daniel agora vestindo com um vestido muito curto, sandália de salto alto e uma peruca loira encostou-se ao parapeito as margens do rio e se pôs de bruços, para ver as águas correrem lentamente desejando que algum dia alguém aparecesse e lhe tirasse daquela vida medíocre.

Não demorou muito para aparecer seu primeiro cliente, um velho caminheiro de barba grossa e com um cheiro horrível, parecia que ele não tomava banho pelo menos uma semana. Ele ficou furioso quando Daniel se recusou a lhe fazer sexo oral, tentou agredi-lo (a), mas quem está nessa vida deve estar preparado para tudo, bom, é como ele mesmo sempre dizia e mais do que depressa puxou uma navalha e a pressionou contra a garganta de seu cliente que paralisou de medo.

__ Calminha chuchu, as coisas não funcionam assim __ ele pegou suas coisas tomou o dinheiro da carteira do velho, saiu de seu caminhão e voltou para a estação.

Ele caminhou um pouco, percorreu por todo cais onde encontrou com outro homem que estava encostado em uma barra de ferro bem debaixo de um guindaste, esse tinha a pele negra e estava com as calças abaixadas e masturbava enquanto espiava um casal fazendo sexo ao fundo em meio à escuridão.

__ Por cinco reais eu dou um jeitinho nisso para você chuchu __ Daniel se aproximou do homem e o acariciou em suas partes intimas __ vamos lá te garanto que vai ser bem melhor.

O homem pagou pelos serviços e ambos foram para um beco próximo dali, Daniel começou fazendo sexo oral, dessa vez ele se recusou, o homem parecia bem mais asseado do que seu primeiro cliente, a princípio Daniel se virou para que seu cliente pudesse penetra-lo, mas logo percebeu que o homem queria ser possuído pelo jovem rapaz que não podia recusar, afinal estava sendo pago por esse serviço também, ele não demorou muito e logo já estava satisfeito, ele ainda queria beijar Daniel que não aceitou.

__ Isso não faz parte do programa chuchu __ respondeu ele sorrido.

Ele percorreu mais um pouco pelo cais e parou próximo a um travesti que fazia ponto ali há anos, Shirley, era como se chamava, ele já era velho e sofria alucinações devido ao grande uso de bebidas e drogas.

__ Já atendeu alguém hoje? __ perguntou Daniel.

__ Sim eu atendi o Brad Pitt essa tarde __ respondeu ele em mais um de seus delírios.

Daniel andou mais um pouco, aproximou de outro travesti que vestia apenas um sobretudo de couro e o abria toda vez que passava um carro, Daniel não puxou assunto com ele pois Priscila, era assim que ele era conhecida, não gostava muito de companhia, e agredia qualquer um que chegava perto, tinha medo de alguém roubasse seus clientes, Daniel viu de longe um garoto, não era bonito, pelo contrário, ele andava de um lado para outro, parecia meio sem graça de se aproximar de alguém, então Daniel tomou a iniciativa e se aproximou, o garoto era realmente muito feio, faltava-lhe um dente da frente e tinha os cabelos crespos apesar da pele clara.

__ O que você procura aqui? __ perguntou Daniel.

__ Quero gozar __ respondeu o garoto tirando uma nota de cinquenta reais do bolso.

__ Por esse dinheiro te faço gozar gostoso chuchu __ Daniel sorriu para o garoto e o puxou para um canto mais escuro do Cais, ele tratou aquele garoto como se fosse um verdadeiro príncipe, fez tudo que ele queria, fizeram sexo oral, anal e deixou que aquele garoto satisfazer todos seus desejos, até o beijou, um selinho na verdade, coisa jamais permitida antes. Aquele foi o último programa daquela noite, ele não teve pressa em terminar, pela primeira vez em um de seus programas sentiu prazer em fazer sexo.

Crianças PerdidasWhere stories live. Discover now