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Sabina pov

Estava quase anoitecendo e eu não via a hora de sair dali, precisava ir pra casa, tomar um bom banho e dormir.

Eu estava atrás de Noah, esse cara era de tirar o fôlego, mas tão lerdo, ele não toma a iniciativa de nada, ele não percebeu que eu quis que ele rompesse essa linha vermelha que nos separava.

Eu precisava parar de tentar algo com ele, então pra mim o melhor jeito de superar o meu colega de trabalho, seria virando amiga dele, mesmo que isso fosse um pouco difícil.

— Eu quero um beijo digno quando vocês estiverem lá em cima ok? — O diretor só falava alto, isso me deixava super irritada — Agora vão.

Um dos meu maiores medos era o de altura, sentei na cadeira da roda gigante com as mãos e as pernas tremendo, Noah percebeu.

— Tudo bem?

— Não —  Respondi — Eu tenho medo de altura.

Noah abriu um pequeno sorriso enquanto olhava pra mim, ele passou a mão na minha cintura e me puxou para mais perto dele aproximando sua boca do meu ouvido.

— Relaxa, eu vou estar do seu lado e vou te segurar — Sussura Noah.

Ele não percebeu, mas eu fiquei toda arrepiada.

Eu não podia demostrar nenhum medo, minha personagem, a Rosa, é muito corajosa e não tem medo de nada. Eu não tinha nada a ver com ela.

— Sejam bem sensuais —  Agora o diretor estava com um microfone na mão — Cena quarenta e cinco, gravando!

A roda gigante começou a girar e meu pânico aumentou, Noah apertou mais minha cintura.

— Não olha pra baixo, olha pra mim.

Fiz o que ele mandou, mas eu não conseguia manter muito contato visual com ele, aqueles olhos eram muito penetrantes.

Noah começou a falar as coisas do personagem dele, Jack, falavam para Rosa naquele momento. Eu digo pra mim em todos os momentos pra nunca confundir a ficção com a vida real, mas era um pouco difícil.

Noah, quer dizer Jack, começou a beijar meu pescoço, o da minha personagem Rosa. Aqueles beijos pareciam tão reais que eu havia esquecido que eu estava nas alturas, literalmente.

As mãos dele que estavam na minha cintura, foram para minha coxa e ele apertou um pouco aquela região. Ele subiu o beijo e enfim beijou minha boca, nós nos beijamos.

Era um bom e velho beijo técnico, mas as coisas saíram um pouco de controle, o Noah real meteu a língua e eu não me afastei, não sei se era pra não estragar a cena perfeita que estava ficando ou se eu realmente estava gostando daquilo.

O beijo já estava ficando cada vez mais rápido e Noah me puxou para mais perto ainda dele, sua mão foi descendo de leve até minha bunda e...

— Corta — Gritou o diretor dos infernos —  Saiu perfeito.

Antes de Noah parar o beijo ele deixou uma pequena mordida no meu lábio e apertou minha bunda. Safado!

Para o meu alívio a roda gigante desceu e eu sai, aliás fui a primeira, eu nem percebi que estava lá em cima, mas mesmo assim é terrível.

Sentei na cadeia do diretor mesmo e observei ele e Noah conversando, eles estavam bem sorridentes, pareciam felizes com a cena perfeita que pareceu tão real nas câmeras e foi realmente real lá em cima, ao vivo e a cores.

Depois que eles terminaram e conversar e eu bebi litros de água, Noah veio na minha direção.

— Vou pra casa, quer uma carona — Ele perguntou.

— Claro — Respondi seco.

Segui Noah até seu carro, ele até abriu a porta pra mim, isso foi estranho. O carro começou a andar e o silêncio ecoou em todo o lugar.

— Por que me beijou? — Perguntei, quebrando aquele silêncio absurdo.

— Você tava tão nervosa que não conseguia nem fazer um beijo técnico direito —  Ele diz tranquilamente.

— Aquilo foi errado, isso é contra as regras...

— Você me chamar pra enfiar o meu dedo na sua vagina não é contra as regras Sabina? — Ele me desafiou — Eu só te dei uma ajuda, agora se você for reclamar, vai reclamar para o diretor, já aconteceu.

Todas aquelas coisas que Noah me falou me fez ficar em silêncio novamente, tudo o que eu falasse ia ser jogado contra mim.

— Olha, foi mal viu, eu realmente só queria te ajudar — Ele respira fundo —  Eu quero mesmo uma amizade com você, quero ser seu amigo, e amigos ajudam em momentos assim.

Ele tinha razão, e eu fiz Noah atravessar a linha vermelha a muito tempo, um beijo não foi tão longe como fomos da última vez.

O problema não era o beijo, o problema é o efeito que ele fez sobre mim.

— Tudo bem.

Eu não sei, mas será que Noah queria mesmo me ajudar, se ele já sabia que as câmeras não estavam mais gravando, então porquê ele deu uma mordida no meu lábio e apertou minha bunda?

Eu não ia questiona-lo, não agora, esse momento estava ficando bom e eu não queria estragar com minhas perguntas bobas.

— Então você tem medo de altura Sabina Hidalgo?

— Sim, desde pequena — Ele ri.

— Isso deve ser terrível.

O trânsito estava muito grande, isso fez a gente ficar vários minutos parados com o carro, conversamos muito enquanto estávamos ali.

— Eu odeio quando ele fala naquele auto falante — Digo e Noah começa a rir de mim — E você precisa ver a Any e o Josh quando ele grita na parte mais quente.

— Você é demais Sabina, eu te adoro por isso.

Noah colocou sem querer a mão no meu joelho, ele olhava pra o trânsito enquanto seu polegar acariciava aquela região. Meu Deus como eu queria que ele subisse com aquelas mãos.

Observei que Noah estava com a respiração mais pesada e ele engoliu o seco.

Sua mão começou a subir um pouco, mas parou bem na minha coxa, dali Noah acariciava e apertava um pouco aquela parte, meu pelos estavam arrepiados.

— Saby? — Quase não deu pra escutar a voz dele.

— Oi?

— Pode me ajudar em uma parada?

— Claro — Eu disse quase em um sussurro, torci pra ser uma coisa bem ousada.

— Posso cruzar a linha vermelha novamente?

Extremessi um pouco e engoli o seco, as mãos de Noah ainda estavam na minha coxa e ficou muito mais difícil dar minha resposta. Eu estava com medo de responder.

— Pensei que íamos ser amigos —  Digo, ele dá um sorriso fraco e uma gargalhada bastante silenciosa — Mas eu adoraria cruzar a linha vermelha com você.

Feliz ano novo atrasado galera kkkk

Mas e ai, estão gostando da fic?

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