Parte 12 - VAI CHOVER

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A brincadeira de Felipe com os balões de Christopher e Bruno, fez seus amigos caírem na risada, inclusive Christopher. Bruno olhou para Christopher com ódio e Helena foi tirar o namorado dali.

Christina viu o que aconteceu, e sabia exatamente o que fazer:

- Silêncio! Felipe, não é? O que você fez, é inaceitável. 

- Mas eu não fiz nada. - disse Felipe com um sorriso no rosto 

- Eu vou te dar uma suspensão. Apesar de que não vai adiantar nada, você ficar em casa fazendo nada. Porém, eu sei o que fazer com você! Já que vocês estão tão interessados, me expliquem a matéria. 

- Como assim? 

- Ué, me falem sobre as anêmonas, sobre quais peixes vivem nelas. 

- Você pode me explicar o motivo do plural? - disse Bruno.

- Além do Felipe,  você também vai, Bruno - respondeu Christina 

- Como assim? - respondeu Bruno - Isso é injusto.

Após um tempo, os dois acabaram cedendo e foram até a área da anêmona. Era bem feita, era enorme, e tinha uma base rosa, e com tentáculos roxos. Para se vingar de Felipe, Bruno começou a explicação para executar a sua vingança:

- Bom, as anêmonas são animais marinhos,  que servem para lar para alguns peixes como o peixe-palhaço. - disse Bruno.

- Elas dão choque. - Felipe disse, já que ele não sabia quase nada da matéria

- Pois é - disse Bruno. E no mesmo tempo, eletrizou os tentáculos da anêmona. Na mesma hora, Felipe tocou em um desses tentáculos e levou um choque. - E parece que todas dão choque.

A sala caiu na risada, e Felipe logo reclamou:

- Nada a ver! Foi esse filho da puta que me deu um choque 

- Eu não fiz nada. É a anêmona que foi bem feita pela escola. Parece que não foi feito pela bunda dos diretores. - debochou Bruno.

- Silêncio todo mundo! Bruno, volte pro seu lugar! - reprendeu Christina - E, Felipe, por acaso você se machucou? 

- Lógico! 

- Sem querer me intrometer na briga, mas já me intrometendo, eu tenho uma coisa a dizer... Vai se fuder! - disse Maria Helena, levantando o dedo do meio para Felipe. 

A ação de Maria Helena, fez com que todos do grupo fizessem o mesmo. Christina segurou a felicidade e levou o garoto loiro Felipe, para a enfermaria. Na bagunça e fervor do momento, enquanto o disfarce de professora não estava, os grupos começaram a se formar novamente. A classe tinha seus grupos, e todos se odiavam. 

Os grupos eram conhecidos como: As 6 Amigas, que era o grupo de Elizabeth e suas amigas, Os Boca-de-Fossa, o grupo de Felipe e seus amigos que só falavam coisas horríveis,  Os inteligentes feios e os bonitos, aonde alguns chamam de todos feios ou de todos bonitos, mas era aonde Christopher ficava, e Os Muitas-Palavras, que era o de Bruno, claro, e que tinha esse nome pois não paravam de falar um segundo.

Christopher, ás vezes, saía dos Inteligentes, e ia para Os Boca-de-Fossa, que era o que estava acontecendo no momento. A aula de biologia realmente começou quando faltava dez minutos para o fim da mesma, e era quando Christina voltou com Felipe com a mão enfaixada:

- Alunos, me desculpem por hoje. Foi completamente uma bagunça, mas eu espero que vocês não tenham me achado chata.  Até quinta! - disse Christina saindo da sala

A classe formou rápido os grupos e Bruno havia saído escondido para conversar com Christina, que agora estava na sua forma original de Talistina, na sala dos professores:

- Que porra foi essa, Talistina? E porque você tá com a sua forma original?! Alguém pode te ver!

- Eu to assim por que eu tenho magia nas minhas veias. Só me vê, quem eu quero! E sobre a outra coisa, eu não posso me divertir mais? Como eu te prejudiquei, vossa senhoria? - debochou Talistina

- Não me dando bronca, me fazendo apresentar sobre tentáculos que dão choques e defendendo esse bosta do Felipe.  

- Primeiro de tudo, eu não te dei bronca! Eu só disse para você voltar para o seu lugar, como qualquer professora no universo, e por isso eu mandei você explicar as anêmonas. Até em Kramptons, é assim. Segunda coisa, sobre esse tal de Felipe, eu andei estudando o loiro, e eu acho que vocês deviam conversar. - respondeu Talistina em um tom sério

- Pra você é fácil falar! Não é você que ele envergonha! - 

- Apenas conversa com ele! Vocês podem se resolver. 

- Mas e se...?

- Shhhh - fez Talistina interrompendo Bruno - Você fala muito ''E se''. Eu sou sua Gaiola de Aço, lembra? Qualquer coisa, eu tenho que te proteger. - disse Talistina 

Os dois se abraçaram e Bruno voltou para sua aula.

DUAS HORAS DEPOIS 

Faltavam mais ou menos, mais dez minutos para acabar mais um dia de aula. A Aula era de redação e, de repente, uma inspetora do colégio bateu na porta e, logo após ser autorizada pela professora para interromper a aula, a inspetora disse:

- Christopher Folez! Sua mãe ligou e autorizou você a ir embora mais cedo. 

- Ok! - disse o garoto.

O ruivo Folez, arrumou suas coisas e levantou de sua cadeira, se despediu de seus amigos, e foi de encontro a porta, para abrir a mesma e ir embora. O trajeto da escola até sua casa era de uns vinte minutos. Nenhum aluno entendeu o motivo do ruivo sair mais cedo da ula, faltando menos de quinze minutos para a mesma acabar.

Passaram-se cinco minutos, e uma enorme tempestade deu inicio. Os alunos olharam para a janela e logo viam as nuvens de cor escura. A chuva era muito forte, e acabou alagando as principais ruas e derrubando arvores, e destruindo tudo que vinha em sua direção. 

Os alunos, estavam preocupados em como iriam sair da escola, já que todos da sala, iriam de ônibus, metrô, trem, táxi, ou a pé. A hora da saída chegou, e todos os alunos, exceto alguns, das outras séries, tinham ido embora, pois suas mães vinham buscar. A sala de Bruno, o 1ºB, e alguns da outra sala, o 1ºA, estavam na escola. Em poucos minutos, a chuva se agravou, e alagou as ruas até a altura da cintura, e as arvores da cidade, haviam caído por toda a cidade:

- Espera... CHRISTOPHER! - lembrou Bruno. - O Christopher tá lá fora! Ele pode estar correndo perigo. 

- Bruno, se acalma. Pode ser até verdade, mas, ele é um escroto, e é um humano, ele consegue se virar. - disse Helena 

- Mas ele não tem magia correndo nas veias dele - sussurrou Bruno e se levantou.

- Eu não acredito que você vai atrás dele nessa chuva. Você precisa ter compaixão com os outros também. 

- O que falta em mim é racionalidade, não compaixão e piedade - disse Bruno saindo da escola, quando os diretores e professores não viram. -  Eu vou atrás dele, e eu voltarei.



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