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Algumas horas depois...

Finalmente a última aula já tinha se passado, é bem desgastante ficar na escola o dia inteiro, eu e as meninas estávamos paradas em frente a escola a Maya estava esperando o seu irmão vir e a Cristal estava esperando para pegar carona com eles, enquanto isso eu estava esperando a minha mãe.

– Oi Laurinha. – Sinto alguém passar o braço por volta do meu ombro.

– Oi Cameron. – Digo ao ver quem é.

– Não me chama de Cameron, é muito formal eu já te disse isso, é só Cam. – Cameron

– Vou tentar me lembrar, agora me diz o que você quer? – Ana

– Bom... hoje eu serei o seu motorista. – Ele diz tirando seus óculos escuros.

– Como assim? – Ana

– Minha mãe mandou uma mensagem pedindo para eu te levar para sua casa que a sua mãe pediu, ela entrou em uma reunião agora, ela não te avisou? – Ele diz e eu digo que não. – Nem mandou mensagem?

Pego meu celular o destravando e vejo que tem uma mensagem da minha mãe avisando que hoje não daria para ela me pegar, então pediu para que o Cameron me levasse para casa já que as nossas casas eram próximas.

– Ela mandou sim, vamos então? – Ana

– Sim, tchau meninas. – Cameron diz para as meninas e sai andando na frente.

– Tchau meninas, até amanhã. – Digo e me viro para ir embora.

– Ei. – Ouço a Cristal chamar

– Eu? – Viro-me para elas

– Sim, você não passou seu número para a gente. – Cristal

– Claro. – Digo indo até elas

A Cristal me entrega o celular da Maya e eu coloco meu número no mesmo, me despeço delas e vou atrás do Cameron, mas eu não o vejo em nenhum lugar aparente. Ouço uma buzina do carro que estava em minha frente e acabo tomando um susto, que me leva a dar um pequeno pulo para trás.

– Entra logo. – Ouço Cameron dizer enquanto ria do meu susto.

Bufo e entro no carro do lado do passageiro.

– Vamos passar na cafeteria antes de ir para casa, eu estou com fome. – Cameron

– Okay. – Ana

Ele liga o som do carro e estava tocando bem baixo uma música qualquer que eu não sei o nome, porém reconheço a batida.

– Você e as suas novas amigas vão na festa da casa do Taylor? – Cameron

– Não sei, eu acho que não. – Ana

– Vocês não sabem o que vão perder, a primeira festa de volta as aulas e sempre melhor, só não supera a última. – Cameron

– Não curto muito festas. – Ana

– Como assim? – Cameron pergunta assustado. – Qual é a sua idade? Qual adolescente não gosta de uma festa?

– Eu, não estou dizendo que não gosto, só não é a minha praia ficar indo para lugares cheios. – Ana

– Entendi, mas ainda acho que vocês deveriam ir. – Cameron

– Vou ver com elas, porém não prometo nada. – Ana

– Isso ainda é melhor do que receber um não. – Cameron

O Cameron estaciona perto de uma cafeteria, descemos do carro e entramos na mesma, ele foi pedir algo para ele e eu aproveitei para pedir algo para mim, eu não gosto muito de café (Na verdade eu odeio café), então eu pedi somente um suco e algumas torradas.

– Como está sendo a transição de brasileira para estadunidense? – Cameron

– Bom está bem difícil. – Ana

– Qual é a pior parte? – Cameron

– Ter que ficar falando inglês, eu amo falar português, é a minha língua original. Fora que existem expressões que vocês usam que nunca ouvi falar, então tenho que ficar sempre pesquisando para eu saber depois. – Ana

– Não sei pelo que você está passando, mas eu tento compreender. Se eu fosse para outro país eu também estranharia no começo. – Cameron diz fazendo uma careta (Que no caso saiu muito fofa).

– Outra coisa bem diferente e a cultura daqui, me surpreendi, eu já tinha visto alguns vídeos falando sobre, mas alguns de vocês são tão frios. – Ana

– Como assim? – Cameron

– No Brasil quando nos conhecemos alguém e normal você abraçar e dar três beijos na bochecha, dizem que é para casar né. – Digo rindo e o Cameron me olha como se eu tivesse falando um absurdo.

– Por que vocês abraçam estranhos? – Cameron

– É só uma forma de cumprimento. – Ana

– Claro que é. - ele revira os olhos - vamos embora? – Ele pergunta quando acaba de comer.

– Vamos. – Digo levantando e ele faz o mesmo.

Em alguns minutos eu já estava dentro de casa, fiquei boa parte do caminho conversando e rindo de algumas coisas bestas que o Cameron falava ou fazia. Ele é um garoto bem legal e bonito, mas não acho que eu deva ficar muito próxima dele.

Entro dentro de casa e jogo minha mochila em algum canto da casa, vou direto para o banheiro, tomo um banho rápido e coloco meu pijama (Que se resume em um top preto e uma calça de moletom cinza), começo a fazer a minha janta e da minha mãe e acabo bem na hora que ela chega.

– Oi meu bichinho. – Ela diz vindo até a mim e dando um beijo na minha testa

– Oi mãe, já pedi para você parar de me chamar assim. – Ana

– Que cheirinho bom. – Carolina

– Fiz estrogonofe e arroz só. – Ana

– Muito bom, já pode casar. – Carolina

– Joga essa praga para outro canto mãe. – Ana

– E aí, me conta, como foi o primeiro dia de aula? – Carolina

– Foi bem legal, eu conheci duas meninas que me deixaram andar com elas, Cristal e Maya. – Ana

– Que bom, espero que você consiga fazer amizade com elas. – Carolina

– Eu também, os amigos do Cameron, chamaram eu e as minhas amigas para ir em uma festa no sábado. – Ana

– E você vai? – Carolina

– Acho que não. – Ana

– Por que não vai? A primeira festa do ano escolar é sempre a melhor, só não supera a última. – Carolina

– Você acabou de dizer a mesma coisa que o Cameron disse para mim mais cedo. – Ana

– Então, escuta a gente, e bom que você conhece pessoas novas. – Carolina

– Até lá eu decido. – Ana

– Okay. – Carolina

Terminamos de comer e eu lavei a louça enquanto ela ia tomar banho, em seguida eu fui escovar os dentes e ir dormir.

Segure em minha mão - Cameron DallasOnde histórias criam vida. Descubra agora