Uma pequena grande história

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Ryan e Erioth entraram em um acordo. A ajuda de Erioth era bem vinda, pois uma espada seria mais eficaz que a magia contra a besta, na concepção de Ryan.
Os dois se cumprimentaram em um acordo com as mãos. E assim seguiram para o sul.
Ao caminhar até a base das ruínas, Erioth notou que estava em um lugar alto. Era um grande morro, e dele dava para observar uma floresta logo abaixo. No horizonte havia um pequeno amontoado de casas minúsculas na distância que estavam. Ao oeste, apenas outros grandes morros e por trás deles um sol que já iniciava sua jornada ao esconderijo, dando lugar à escuridão da noite.

-Vamos logo, temos que chegar naquele vilarejo até o anoitecer.

Erioth ainda estava deslumbrado com a paisagem, porém ele deveria caminhar o mais rápido possível para não perder tempo. Sem saber em que história iria se meter, ele colocou a espada que supunha ser sua na bainha que estava em sua cintura.

A descida do morro era íngreme, a vegetação que o cobria era apenas um gramado médio que não chegava aos trinta centímetros. Ainda intrigado com tudo aquilo, Erioth não tardou a bombardear Ryan com perguntas sobre as ruínas e o que seria a tal atividade que deveria ajudá-lo.

-Você disse que aquelas ruínas eram proibidas. Então por que será que acordei lá? Eu deveria estar muito fora de mim para realizar tal feito.

-Não se julgue por um porre de piperita (ainda enfatizava na possível bebedeira). Grandes homens já foram derrubados por essa bebida. Dizem que aquelas ruínas faziam parte do castelo da deusa de Viridian.

-Mas que deusa é essa que você está falando?

-Segundo a história de Viridian, nas eras da criação, uma deusa chamada Gaia ficou responsável por dar a vida a todos os seres deste mundo. Nós mesmos fomos a criação que mais recebeu atenção, por isso somos capazes de pensar e de gesticular de forma muito mais organizada que diversos outros seres.

Erioth observava bem as palavras de Ryan, tentando buscar sentido ao que ele dizia. Os dois caminhavam lado a lado de forma cuidadosa para não escorregar na estepe, indo em direção a floresta no pé do morro.

-Então, apesar deste mundo ser criado pelos seres conhecidos como deuses, ele não passava de apenas um parque de diversões, onde os deuses podiam brincar com os seres que nele estavam. Várias escolhas que nossos antepassados fizeram foram de acordo com que os deuses queriam, e uma delas foi a guerra. Todas as guerras travadas eram apenas diversões para os seres divinos.

-Mas o que isso tem a ver com as ruínas que deixamos para trás?

-Espere. – Ryan fez uma pausa como se fosse dar mais ênfase a tudo que estava dizendo. –Os deuses influenciavam negativamente os viridianos. Mas eles esqueceram que nossas almas poderiam se tornar tão fortes que acumulariam um poder absurdo. Na primeira grande guerra muitos seres vivos foram dizimados, os grandes guerreiros queriam cada vez mais mostrar suas forças para os deuses. Zangada com tudo isso, Gaia ordenou que os deuses se retirassem de Viridian e retornasse aos seus mundos celestiais. Ela também abandonou este mundo, mas antes de ir, derramou apenas uma lágrima que se cristalizou e se tornou a Jóia da Terra. Estas ruínas eram como se fossem moradas dos deuses que aqui viviam, muitos magos dizem que elas ainda servem como pontes para o mundo dos deuses.

-Quer dizer que estas ruínas eram tipo casas de verão dos deuses?

-Digamos que sim. Eram como casas para férias, onde eles passavam o tempo influenciando os moradores deste mundo. Por isso agora é proibido visitar estas ruínas, para não perturbar as antigas moradas dos deuses.

-Que história meio confusa.

Continua...

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