Erioth desperta sem memória em meio a ruínas de uma cidade antiga. Para recuperar sua memória ele deverá usar a lágrima de Gaia. Mas para isso terá de enfrentar aqueles que possuem almas poderosas, os grandes Reborns.
Ao adrentrarem na estalagem, Erioth e Ryan notaram um clima pesado. A estalagem tinha uma forma quadrada, algumas mesas espalhadas pelo centro e cantos, enquanto em uma das paredes existia um balcão grande que corria de ponta a ponta. Poucas pessoas pelos cantos do estabelecimento, alguns caras mal encarados estavam sentados em bancos altos a beira do balcão. Do outro lado, dois caras grandes, um deles bem velho que enxugava um copo com um pedaço de pano velho, o outro mais jovem servia uma bebida a um cara que estava sentado no banco alto.
Nuei subiu pela capa e voltou a sentar no ombro de Ryan. Ele se aproximou do balcão com cautela, tentou forçar um sorriso e puxar assunto com o garçom mais velho.
-Boa noite senhor.
-Deseja beber o que? -respondeu rispidamente o velho.
-O senhor poderia ver dois copos de água tônica?
-Tudo bem.
Nesse instante, Erioth já estava se aproximando do balcão, ficando bem ao lado de Ryan.
-O que é essa água tônica?
-Sshiiiiuu... -advertiu Ryan e em tom baixo disse, -É uma bebida fraca. Se não consumir nada duvido que esse velho fale alguma coisa conosco.
O velho pegou um vidro meio sujo algumas prateleiras abaixo do balcão. Colocou em cima dele juntamente com dois copos. Logo ele serviu a bebida quando foi interrompido por Ryan.
-O senhor está sabendo de algum acontecimento estranho nas redondezas?
-Tudo aqui é estranho. -berrou o velho. -Vocês são estranhos, e nem por isso estou perdendo meu tempo perguntando isso para as caras pálidas de vocês dois.
Ryan escutou calado, enquanto Erioth percebeu que as pessoas voltaram seus olhares para eles. Neste instante, uma pessoa se aproximou e disse:
-Huaaaannn. Mas que dois frangos. O que as duas moças fazem aqui?
Erioth olhou para o lado e viu que a pessoa se prostou ao lado de Ryan, com um grande capuz e uma jarra de bebida que exalava álcool. Ryan, muito nervoso com a situação respondeu:
-Sou um encarregado do castelo Greensth, do Reino da Jóia da Terra. Vim derrotar a besta que está aterrorizando está vila.
Houve uma gargalhada mútua. Até mesmo o velho atendente sorriu e todos voltaram a beber e tagarelar coisas aleatórias.
-Hummm. Quer dizer que finalmente Greensth se preocupou com este assunto. Fiquei encantada agora em saber que pequenas vilas fazem parte do roteiro da grande agenda da sacerdotisa V e sua corja de encarregados. -o estranho retrucou com ar de deboche.
-Essa será minha tarefa para subir de nível. E não posso perder meu tempo aqui.
-Pois bem, pois bem. Vocês bem que serviriam de uma boa isca para a fera.
-E a quem devemos a honra de ser a iscas para a besta?
-Eu, Rena, serei a que irá matar esse monstro e pegarei a recompensa na prefeitura.
Neste instante, o estranho retirou o capuz e revelou ser uma garota, ela era um pouco mais alta que Ryan, possuía cabelos brancos, quase prateados, e uma vestimenta bem rudimentar.
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-Você é uma trojan! -espantado, Ryan falou enquanto Erioth apenas observava com a boca entreaberta com a revelação.
-Sim. Sou uma trojan. E vim até aqui para derrotar a besta que está atacando essa vila.
