O silêncio das sombras

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Após uma caminhada rápida, Ryan se virou para Erioth e falou.

-Vou colocar aqui algumas armadilhas.

Ele meio que planejou em sua volta um grande triângulo. Em cada ponta, Ryan enterrou pequenas esferas que o mesmo tirou de uma espécie de polchete que estava embaixo da sua capa presa à sua cintura.
Ryan voltou para perto de Erioth e triscando no seu ombro, falou, enquanto se afastava um pouco do local onde enterrou as esferas.

-Vamos ficar aqui perto dessa pedra. -então ele se deitou com o Nuei se aconchegado em sua capa.

-Tudo bem. Vamos esperar. -Erioth se deitou e fixou o olhar nas estrelas.

A noite estava calma, a relva baixa tremia com a pequena brisa que passava. Os orlins estavam quietos, alguns deitados possivelmente dormindo, enquanto outros se aconchegavam se encostando em pedras e arbustos altos. Estava silencioso e apenas um pequeno grunhido aqui e ali dos pequenos orlins eram ouvidos pelos dois.
As estrelas se sobressaiam na escuridão total da noite. Um astro iluminado reluzia por entre as constelações. Os dois rapazes estavam deitados no chão quando Erioth, encantado, perguntou:

-Aquilo tão brilhante? O que é?

-É Luna, dizem que ela era uma deusa, que resolveu se tornar um astro para iluminar o mundo criado por Gaia.

Os dois admiraram o céu estrelado, até sentirem um vento contrário. Ao se virarem em silêncio, viram um vulto na escuridão que planava paralelamente ao campo de orlins.
Eles tentavam identificar na escuridão o que era aquilo, quando de repente a sombra baixou dos céus de uma vez e bem rápida.

-É ele!? -Erioth perguntou em um tom quase de silêncio.

-Não sei, mas está me parecendo com uma ave gigante.

Os dois se esgueiraram tentando se aproximar do vulto nas sombras sem fazer barulho.

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