A vila escura

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Finalmente os dois chegaram ao pé do grande monte. A vegetação começava a se desenrolar em arbustos mais altos. Na frente dos dois, a alguns metros de distância, existiam grandes arvores com troncos retorcidos. A floresta formava uma espécie de barreira entre o morro e o vilarejo. Apesar de não ser tão grande, ela era densa o suficiente para diminuir a visão do outro lado.

Nuei, que passou toda a descida do morro no ombro de Ryan, deu um pequeno salto e saiu na frente para dentro da floresta.

-Nuei, não vá tão longe na frente.

Ryan deu os primeiros passos em direção a floresta, seguido por Erioth que não estava muito incomodado em seguir este desconhecido que agia naturalmente como se os dois fossem amigos de longa data.

Tudo era estranho para Erioth, mas ele sabia que quanto mais pensava na estranheza do lugar, mais poderia se distanciar do seu verdadeiro propósito: encontrar a Jóia da Terra e restaurar suas memórias. A convicção que tudo faria sentido ao recobrar a memória era tão forte, que nem o fato de enfrentar uma besta o assustava.

Os dois seguiram pela floresta observando os pequenos saltos de Nuei por entre as raízes retorcidas das árvores. Caminharam por cerca de vinte minutos até perceberem que estava cada vez mais escuro. A noite caiu e os dois começaram a apertar os passos.

Ryan passou a mão em seu cajado e o mesmo começou a reluzir uma luz fraca que iluminou o caminho. Por entre as árvores já era possível ver pequenas luzes das casas do vilarejo.

-Estamos chegando ao vilarejo de Graydoor.

Ainda era cedo na noite que acabara de cair, quando os dois chegaram a Graydoor, um pequeno vilarejo com casas simples dispostas em três ruas que se interligavam por uma grande praça central. Algumas pessoas passavam em direção a suas casas com objetos parecidos por lampiões, porém, em seu interior não avia fogo ou algo a combustão, o que havia era uma pedra que emitia uma luz que se dissipava ao redor de um recipiente de vidro.

Erioth percebeu que as pessoas caminhavam assustadas e com pressa, apertando seus passos.

-Parece que há algo estranho no ar.

- Sim. Vamos à aquela estalagem. – Ryan apontou para o que parecia uma taberna. – Acredito que lá vamos ter informações sobre o que está acontecendo por aqui.

Os dois seguiram até o local.

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