06 de dezembro, quarta feira.
Havia chegado o grande dia, Minghao iria embora hoje. Enquanto Eun se olhava no espelho para ir junto de seu amado acompanhar sua mãe e ele até o aeroporto ela pensava em quanto o tempo passou rápido.
Optou deixar por seu cabelo solto, já que essa seria uma das melhores lembranças que teria de seu namorado. Quando ouviu sua mãe a chamando para ir seu coração saltou, ele batia freneticamente parecendo que a garota ia ter um infarto
Assim que ela desceu, apenas sorriu para sua família e abriu a porta dando de cara com um carro branco, suspirou e andou até o mesmo e logo entrou
- Oi... - Hao disse sorrindo fraco e entrelaçando seus dedos nos da mais nova
- Oi - a garota sorriu para o mesmo e para a mãe do garoto que sorriu de volta e foram até o local.
Ela não podia acreditar nisso, estava suando frio e seu coração continuava no mesmo ritmo. Eun estava prestes a chorar ali no carro mesmo, até que a garota sentiu dedos se entrelaçando em seus cabelos e automaticamente sorriu
- Amo tanto seu cabelo - o garoto sussurra para Eun que sorri, um sorriso triste diga-se de passagem
- Eu já notei isso - ela responde ainda olhando a paisagem pela janela, enquanto estavam no Uber
***
Assim que chegaram, a garota ajudou a tirar as malas do carro e foram andando até o lugar onde tinham que esperar o avião.
- Me esperem aqui - a mãe do chinês sorriu e saiu indo deixando os dois sozinhos, Eun não conseguia olhá-lo nos olhos
- Não vai olhar para mim? - a garota lentamente olhou nos olhos do mesmo, ele percebeu que lacrimejavam e sentiu seu coração se quebrar completamente. - Eun...
- Não, eu não quero que você fique assim por minha causa - a mesma limpa seus olhos e respira fundo segurando as mãos de seu amado - Lembra quando estávamos na escola e você disse que um dia seríamos nós viajando de avião? Então, esse é o SEU momento! De realizar todos os seus sonhos possíveis, eu espero que você consiga.
- Mas eu queria você comigo - a garota riu fraco e o abraçou com toda sua força, provavelmente o último abraço do casal - eu te amo.
- Eu te amo mais.
Assim que se separaram, os dois ouviram o vôo de Hao ser anunciado e seu coração terminou de ser destruído. A mãe do garoto chegou e respirou fundo confirmando a ida, Eun tentou com toda suas forças não chorar, até então estava conseguindo
- Eu vou sentir saudades, viu? - a mãe de Hao disse e a abraçou em seguida - se cuida
- Se cuida você também - Minghao logo parou na frente da moça a olhando no fundo dos olhos - Hao...
Antes que ela pudesse dizer algo mais ele a beijou profundamente, ah como esse casal iria deixar saudades não é? Uma das cenas mais tristes, é ver duas pessoas que se amam se separando
- Eu vou voltar... Ok? - assim que a garota assentiu, o chinês se afastou e deixando uma lágrima escapar sorriu - me espere então, eu te amo.
A família virou as costas deixando Eun ali, ela os seguiu com o olhar esperando eles sumirem de seu campo de visão.
E então eles foram andando
Andando
Andando
E andando, até eles sumirem.
Eun respirou fundo e se concentrou no chão branco do aeroporto, respirava pesadamente na tentativa de controlar o choro que insistia em sair.
Passaram-se uns cinco minutos, quando a garota olhou para frente e virou-se para ir embora. Tinha conseguido controlar o choro, até ver um avião partindo e se distanciando dali
Eun permitiu chorar enquanto olhava o avião se afastar e sumir no meio das nuvens, pousou sua mão sobre o vidro com as lágrimas molhando seu rosto por completo.
Foi o caminho inteiro ainda sim desolada, não podia acreditar que ele realmente tinha ido embora.
Viu uma pedra perto do seu pé e um lago ali perto, fez aquela cena clichê de pegar a pedra e jogar no lago
- Aceita Eun, ele foi embora. E você não sabe quando ele vai voltar - a garota disse para si mesma com a voz trêmula
- Com licença, está chorando? - uma voz feminina ecoou ao seu lado e olhou para uma moça extremamente bonita - ah, desculpa incomodar
- Relaxa moça, está tudo bem - Eun sorriu para ela - eu vou indo ok? A gente se vê por aí
Eun deu as costas e continuou andando até sua casa, era dura a realidade, mas ela tinha que aceitar querendo ou não.