Capítulo - I

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POV's Uchiha Itachi

Desci do carro, observando o castelo negro a minha frente, olhei em volta, procurando alguma mudança, mas nada que pudesse chamar minha atenção suficiente, depois de seis anos numa guerra, minha mãe não havia mudado o exterior do castelo, o jardim de entrada continuava o mesmo, assim como os enormes portões. A guarda do lado de hora continuavam armados até os dentes e os guardas internos também, armamento deles era de nível militar. Como será que que foram os anos que estive fora com meu irmão mais velho, Madara? Como minha mãe ficou? Não pude ter notícias deles durante seis anos, para não arriscar a segurança de Obito e Sasuke, meus irmãos mais novos. Como deve estar meu tampinha favorito? Como será que o emo do Obito está? Eu senti tanta saudade de casa. Olhei para Madara que estava ao meu lado suspirando, talvez tendo a mesma sensação que eu, a saudade enorme de reencontrar com a nossa família.
- Está sentindo o mesmo que eu? - a voz dele soou rouca, não era de se esperar, ele estava exausto, e eu também. Talvez até pior que ele.
- A saudade? - ele assentiu. - sim, estou sentindo. Vamos logo, quero ver o Sasuke. - era minha maior vontade, encontrar meu irmão mais novo e poder voltar a treinar com ele, ensinar o que sei e contar como foi a guerra, ele adorava saber histórias antigas, principalmente quando eu ensinava, eu amava ainda mais.
- Essa sua amizade com ele é muito grande, não sei como não fugiu da guerra para vir ficar com ele. - soltei uma risada, eu estava a ponto de enlouquecer já.
- Eu só não fugi, pois sabia que colocaria em risco a vida do nosso clã, a vida da nossa família e dos outros vampiros. Não gosto de guerras, você sabe. - ele riu e deu o primeiro passo, subindo os degraus que davam acesso as portas enormes do palácio negro, que também era enorme. Acho que o nome já diz por si só.
Segui Madara, pela questão do respeito que me fora ensinado durante os anos de minha vida até a guerra, os mais novos iam atrás, primeiro vinha o líder do clã, ou o chefe da família, depois mãe, a matriarca da família, logo depois do filho mais velho e em seguida os mais novos, tudo por ordem de idade. Os guardas da porteira abriram as portas pesadas, porém, por mais pesadas que fossem, não soltaram um ruído de não lubrificadas que eram mantidas. Subi os três degraus extras que tinha no hall de entrada, abri as portas o grande salão, onde ocorriam as festas estava vazio, apenas alguns guardas ali de sentinela, suas expressões estavam sérias, não olhavam para canto algum, mantendo o foco em seu trabalho. Desejei bom dia a eles, eles retribuíram, desejando boas vindas a mim e ao Madara, cruzei as cortinas vermelhas cor de sangue semi-abertas estilo retrô, entrando assim na sala do trono. Meu pai estava sentado em seu lugar e ao lado estava minha mãe, eles não nos ouviram chegar?
- Meu rei, minha rainha! - Madara se curvou diante deles em sinal de respeito.
- Meu rei, minha rainha! - me curvei logo depois, os soldados que tomavam conta do trono também se curvaram.
- Meus filhos! - dona Mikoto foi a primeira a se pronunciar. - Deixem essa formalidade de lado! Quero um abraço dos meus filhos queridos! - a matriarca da família estava de pé, descendo graciosamente os degraus, seu vestido negro desenhava as curvas de uma mulher mãe de quatro filhos, com os braços abertos.
- Mamãe! - disse baixo quando ela estava perto o suficiente, abraçamos nossa mãe ao mesmo tempo, ela quase sumiu entre meu corpo e o de Madara, éramos altos de mais, assim como nosso pai.
- Eu senti tanto sua falta, mamãe. - Madara sussurrou.
- Meus filhos! Por que não avisaram que já estavam voltando? - ela dizia com a voz embargada pelo choro, sim Uchiha Mikoto está chorando.
- Queríamos fazer surpresa mamãe, apenas isso.
- Não interessa! São meus filhos! Devem me dizer sempre onde estão! - ela vociferou, se afastando aos poucos.
- Sim senhora! - dissemos ao mesmo tempo.
- Meus filhos estão de volta! - ouvi a voz de Fugaku, meu pai, ele estava perto de nós, primeiro puxou Madara para um abraço e minha mãe veio me mimar, beijando minha testa e fazendo carinho em meus cabelos. - Mikoto deixe o garoto respirar! - ralhou o velho, e minha mãe me soltou resmungando. - Meu filho! Você faz tanta falta nessa casa. - a voz dele era grave e grossa, herdamos a voz dele, mas estava embargada igual a de minha mãe. Fugaku estava chorando. - Eu estive tão preocupado esses anos com vocês, me perdoe por mandar vocês para guerra ao invés de ir. - ele dizia como se sentisse vergonha de si.
- Meu pai, sabemos que não podia deixar o reino só com minha mãe e os meninos, entendemos suas razões! Nós ganhamos a guerra, nós ganhamos e estamos aqui agora, não tem mais com o que se preocupar. - disse e ele se afastou, passando a mal pelo meu cabelo.
- Você sempre foi o mais bonito dessa família. - ri fraco, me afastando dos carinhos, meu pai não sabia fazer carinho, ele fazia carinho do jeito bruto dele e quase quebrava meu crânio.
- Onde está Sasuke e Obito?
- Estão correndo pelo reino, fazem isso toda manhã, saem correndo sem rumo, atrás de diversão. - minha mãe disse sentada em seu trono. Apertei os olhos e vi um pontinho branco atrás do trono da dona Mikoto, só agora que notei ter mais uma pessoa naquela sala.
- Quem é? - a essa altura, Madara já havia ido para seus aposentos e meu pai se sentava em seu trono. Me aproximei.
- Temos que conversar meu filho. - meu pai estava sério.
- Ele acabou de chegar Fugaku, não podemos esperar?
- O que tiverem que falar, peço-lhes que falem agora, pois quando for me deitar, só acordo em uma semana, preciso descansar. - disse calmo, sem ser rude, olhando a bela garota de cabelos brancos como a neve e olhos vermelhos como duas pedras de rubi.
- Quando consegui a ajuda do alfa supremo, enviando tropas dos lobos mais fortes para a batalha, ele aceitou com uma condição. Você terá que se casar com ela, está é Mitsui Mahina, sua noiva. - é uma responsabilidade e tanto, sou tão novo e já estou com um casamento prometido, ai pai. Pelos Deuses!
- É um prazer lhe conhecer. - ela saiu de trás do trono de vez, ela usava um vestido azul com gola alta, seus ombros estavam expostos e tinha mangas longas e largas, , parecido com o de minha mãe, havia uma tiara com pedras azuis, enfeitando seus cabelos, o único diferencial da jóia em sua cabeça era a pedra negra que se alojava no meio de sua testa, dando um ar de sofisticação uma pedra caia sobre sua testa, era maior de todas, que mulher linda, ela andava como uma perfeita princesa. - Sou Uchiha Itachi, como já deve saber. És tão linda quanto teu nome, Princesa Mahina! - ela fez uma breve reverência graciosa, estendi minha mão, ela tocou sua mão absurdamente quente na minha, que era gelada. Trouxe sua mão até meus lábios, depositando um breve selar ali.
- O prazer é meu, Príncipe Itachi! - ela deu um pequeno sorriso.
- Nós colocamos ela no seu quarto, já que frequentemente tem tínhamos visitas dos familiares de Mahina, então eles ocupavam os melhores quartos de hóspedes e não podíamos colocar ela para dormir num quarto sem suíte, seria desrespeitoso com a princesa. Espero que não se importe filho. - minha mãe avisou e suspirei, até que é bom ela dormir comigo, terei que me acostumar com a ideia de ter alguém no meu quarto.
- Isso é bom, minha mãe, assim me acostumarei a dividir o quarto com uma mulher. Se me dão licença, irei para os meus aposentos.
- Tenha um bom descanso meu filho, amamos você! - minha mãe desejou, dei um sorriso, quase rasgando as bochechas.
- Também amo vocês! Tenham um bom dia!

Doce Lobinha - Uchiha Itachi Onde histórias criam vida. Descubra agora