10 - Corra!

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Estava quase anoitecendo, o grupo ainda estava no mercado e a chuva havia parado. As mulheres estavam nervosas no apartamento, pois o grupo já havia saído há horas e não retornará. A criatura ainda está do lado de fora, só esperando para atacar os mesmos. A garotinha Julia ainda estava um pouco assustada com a situação, pois não conhecia as pessoas a sua volta, e como sua mãe costumava dizer: "Não confie em estranhos".

Jefferson, por sua vez, se mostrou um grande amigo para a jovem Julia, até prometeu levar ela nas costas.

Conforme a noite caía, as luzes que ainda funcionavam na cidade iam se acendendo, e uma delas era a luz externa do mercado.

- Ainda tem luz, - Diz Nathaniel. - quem diria.
- Espera! - Diz Henrique. - Olhem aquilo.

Como uma surpresa, as criatura começou a ser queimada pelas luzes do lado de fora, parece que o grupo descobriu a fraqueza daquelas coisas.

- Inacreditável! Essas porras são afetadas pelas luzes. - Diz Ethan. - Agora tudo faz sentido, é por isso que elas trouxeram a chuva com elas, pois a luz solar afetaria elas.
- Até que enfim você disse algo que preste. - Disse Nathaniel, com um tom debochado.
- Oh! Sem provocações, Nathan. - Diz Henrique. - Agora não temos que nos preocupar em como sair daqui.

Aproveitando a oportunidade, o grupo colocou os suprimentos nos carrinhos do mercado, era a forma mais fácil de levar muitas coisas e se locomover com facilidade.

- Não se preocupe, eu vou dar cobertura pra vocês. - Disse Henrique.
- Obrigado! - Agradeceu Jefferson.
- Então eu, Amanda e Nathaniel levamos os carrinhos, - Disse Ethan. - enquanto Henrique e Jefferson nos dão cobertura.
- Exato! - Confirmou Jefferson, enquanto coloca Julia em suas costas. - Vai ser difícil, então tentem fazer o máximo de silêncio possível.

Henrique está na porta do mercado, pronto para abrir a mesma, o coração de Ethan está acelerado e sua respiração ofegante. Ele não sabe se irá retornar ao apartamento e se verá seus irmãos novamente, mas ele vai tentar, afinal, aqueles garotos precisam dele.

- Hey, - Diz Amanda para Ethan. - fica calmo! Vai dar tudo certo.
- Ok. - Responde Ethan, sorrindo para ela. - Obrigado.
- Todos prontos? - Perguntou Henrique.

Todos respondem sim.

- Certo! Vamos lá.

Henrique abre a porta. O vento gelado bate em sua face. Todos saem atrás dele, enquanto o mesmo inclina suas mãos com um revólver e aponta para todos os lados afim de impedir que algo se aproxime. Todos andam com o passo acelerado, a sensação de terror é grande e terrível, o que antes era uma das metrópoles mais movimentadas do mundo, agora não passa de um deserto chuvoso e, aparentemente, sem vida. Embora haja luz, ela está se acabando, alguns postes estão apagados, enquanto outros estão piscando, há uma rua inteira sem iluminação, enquanto alguns comércios estão destruídos e sem luz.

- Até agora tudo bem, - Disse Jefferson. - Vai dar tudo certo.

O grupo continua sua caminhada, tudo aponta para o sucesso do retorno para casa, até que a rodinha do carrinho de Nathaniel se prende em um bueiro.

- Caralho! Esperem aí. Meu carrinho ficou preso.
- Merda! - Diz Ethan.

Henrique e Amanda tentam ajudar a tirar o carrinho do bueiro, enquanto Ethan e Jefferson ficam atentos. Derrepente, todos começam a ouvir sussurros em suas cabeças, eles sabiam que criaturas estavam se aproximando.

- Droga! - Disse Henrique. - Força! Temos que tirar isso daqui.
- Pessoal, - Alertou Amanda. - tem um monte daquelas coisas se aproximando da gente.
- Filhos da puta! - Exclamou Henrique, com raiva e sacando a arma.

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