Episode: The Day That Everything Falls apart

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Voltei, depois de muito tempo.
Aproveitem,
**

Passo as mãos no espaço vazio, temendo que Louis tivesse ido embora antes do amanhecer… sinceramente, eu deixaria de acreditar em qualquer homem se ele tivesse feito tudo aquilo só para transar comigo e sumir. Meu coração começa acelerar, eu tinha medo de que tudo tivesse sido uma ilusão qualquer. 

E é exatamente quando Louis aparece apenas de toalha, segurando uma bandeja de madeira com o café da manhã com dois pequenos lírios num vaso de cristal. Suspiro aliviado.

Eu vou segurar esse homem e nunca deixar ir embora. 

-Bonjuour, H.- eu sorri envergonhado pelos pensamentos.

-Bom dia, L. Café na cama, huh? Você não cansa de ser o homem perfeito?- pergunto me aproximando de seu corpo quente, pegando um croissant doce.

-Não canso de mimar você, é diferente. Afinal só temos mais hoje antes de você voltar para a cidade dos anjos, de onde você veio e esquecer completamente de mim …- faz biquinho.

-Lou, não seja dramático. Eu não esqueceria de você nem se eu quisesse… você significa muito pra mim agora.- Louis me dá um beijo breve, e eu sorrio entre seus lábios que tinham gosto de café com canela.

-Você deveria ser menos perfeito, assim seria mais fácil eu te deixar ir.- disse Louis me observando comer.

-Eu deveria facilitar pra você?- falei erguendo as sobrancelhas deixando já a bandeja de lado para ficar em cima de Louis.

-Eu é que não vou facilitar pra você. Vou te mimar até o último minuto, assim você nunca irá embora.- disse Lou, encostando o nariz gelado em meu pescoço. Suspirei.

-Lou… Falando sério agora. Você quer continuar isso que temos?- pergunto me acomodando em suas coxas, para que pudesse olhar em seus olhos.

-Harry tudo o que eu fiz desde que te conheci foi pra provar que eu realmente gosto de você. É claro que quero que isso continue.- nossos narizes se tocaram.

-Então estou disposto a fazer concessões por isso.- nos beijamos apaixonadamente, e Louis me carregou até o banheiro da suíte.

Nós ensaboamos e eu deixei que ele lavasse meus cabelos. Quando percebi que seu pênis havia endurecido com apenas alguns beijos, bingo! Tinha a oportunidade que eu tanto desejei. Me ajoelhei quando todo o sabão havia ido embora e tomei seu membro em minhas mãos, apertando.

-Oh, Harry… Oh, porra!- ele exclama puxando meu cabelo. Eu sorri de lado, iria chupar aquele pau até virar uma maçaroca na minha boca.

Comecei de baixo para cima, chupei suas bolas lentamente, estavam inchadas e dei a atenção devida. Em seguida dei beijinhos molhados em toda sua grande extensão, sempre passando a língua em cada veia que me era colocada a vista. 

-Hazz… você é sensacional, me chupa mais.- e eu lambi sua vermelha cabeça pulsante. Em seguida, depositei todo seu volume em minha garganta, chupando habilidosamente, deixando que ele estocasse na minha boca até o final, enquanto com a língua fazia movimentos circulares. Louis tremia enquanto tentava se manter de pé. Retirei seu pênis de minha boca apenas para avisar que queria que ele gozasse em mim. 

-Você… Vai me matar um dia, Harry.- ele disse ofegante enquanto estocava seu pau contra minha garganta. 

-Hazz eu vou…- então Louis liberou seu líquido, em jatos fortes, e eu com lágrimas nos olhos do esforço, sorri alegremente quando o gozo de Louis atingiu minha face.

-Bom dia, Louis.- disse pegando um pouco do sêmen dele, e provando… sinceramente? O gosto dele era doce, como morangos. Ou eu talvez só estivesse muito apaixonado.

-Essa é a coisa mais sexy que eu já vi na vida, obrigado meu bem. Foi demais.- o francês me puxa para cima me ajudar a limpar meu rosto.

-Eu planejava fazer isso quando acordassemos, mas você estava ocupado sendo um cavalheiro.-

-Então esse é seu jeito de dar bom dia? Nunca vou te deixar ir embora, você sabe.- Louis pegou sua toalha e começou a se secar.

-Sim, adoro um bom boquete de manhã é uma prova de amor. E vão ter muitas para você- disse, dando de ombros, pegando um roupão. O francês riu e eu o acompanhei.

-Curly, a minha cueca de ontem está meio…- ele começa, mas eu logo entendo onde ele quer chegar.

-Não se preocupe, dentro daquela gaveta ali tem algumas, você pode pegar.- disse enquanto pegava meu roupão do hotel.

-Harry… O que é isso? Você é casado?- então virei-me em direção ao francês e meu coração de despedaça.

Louis estava segurando a aliança que Calvin me deu com um olhar totalmente decepcionado.

-Louis, não é o que parece eu…- e Louis dá uma risada totalmente escarnica e deixa o anel de ouro branco em cima da cama onde ontem fizemos amor.

-Ah então isso não é um anel de noivado/casamento?- já me encontrava tremendo, céus, por que tudo estava dando errado?

-Não Lou, por favor… Sim, é um anel mas não é desse jeito eu não…- Louis não conseguia mais segurar suas lágrimas que caiam quentes. Eu não conseguia me explicar e nem acho que nada que eu dissesse agora iria resolver isso. 

A verdade é que quando eu resolvi omitir minha vida inteira, eu havia feito minha cama.

-Então é isso que eu fui pra você? Uma escapadinha da vida monótona de casal? Uma despedida de solteiro?- Louis já pegava suas roupas espalhadas pelo 

-Louis você nunca foi isso pra mim, por favor, me deixe explicar…- mas já era tarde demais, Louis já caminhava muito magoado em direção a porta, me deixando sozinho no enorme quarto de hotel, não me restando nada mais a não ser chorar por tudo que havia dado errado nessa manhã.

-Adeus, Harry…- e Louis deu uma última olhada para mim e saiu.

Não consegui me explicar com palavras faladas, mas talvez se eu escrevesse e desenhasse eu conseguiria me expressar devidamente, e pedir as desculpas que o francês merece. Afinal ele também foi enganado nessa situação.

Pego alguns papéis que tinha trazido da viagem para desenhar a paisagem caso achasse que algo digno de representar em imagens, minha caneta e começo meus rabiscos, buscando detalhar cada traço que estava em minha memória de Louis.

Finalizei o trabalho chorando lágrimas quentes e espessas, já era a noite do meu último dia em Paris e eu precisava que Louis aceitasse minhas desculpas pois agora que havia provado do amor verdadeiro, não sabia se conseguiria me desfazer daquilo.

Sento-me na escrivaninha com a folha restante e começo, com lágrimas já atingindo o papel:

                                                                         Paris, França. 12 de outubro de 2019

Querido Louis…

ParisOnde histórias criam vida. Descubra agora