Jasper

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Acordo mais cedo que de costume, mas não por escolha minha sou despertado pelas batidas constantes em minha porta e tenho certeza de quem sei quem é, levanto e abro ao fazer isso encontro o rosto de minha mãe com uma expressão impaciente.

— Por que demorou tanto para abrir?

Eu volto para cama, cubro todo meu corpo e afundo o rosto no travesseiro ela vem atrás de mim e puxa os lençóis.

— Jasper levanta, hoje é o dia do baile, nós temos diversas coisas para fazer, tenho que ir para o Palácio das van Fray para fiscalizar a decoração com Louise, seu pai foi para a fábrica de sapatos hoje então só tem você e eu aqui preciso que você colabore comigo.

Me viro de frente e vejo minha mãe esperando uma atitude.

— Mãe estou exausto não podemos deixar esse baile para sei lá daqui a uns cem anos?

— Jasper sem piadinhas, preciso que você vá até carmélia pegar meu vestido e sua roupa nova, você tem que voltar a tempo para cortar os cabelos e fazer a barba.

Reviro meus olhos e levanto

— Eu não vou cortar o cabelo

—  O quê? Claro que vai você precisa estar apresentável hoje é seu cabelo está enorme, não penso que Catrina goste desse cabelo desse jeito.

Começo a rir neste exato momento porque minha mãe não faz noção de como Catrina deve me odiar nesse momento e provavelmente não se importa com nada disso.

— Catrina não tem problemas com meu cabelo, tem comigo ela não gosta de mim o cabelo pode muito bem continuar da forma que estar pois não faz parte dessa guerra

— Não diga besteiras, se arrume, desça, faça sua refeição matinal e depois faça o que mandei, ok?

— Eu não tenho escolha, então sim mamãe eu irei

Ela vem até mim, beija meu rosto e sai logo após isso tomo banho, escovo meus dentes e passo uma colônia, visto uma camisa cinza de manga e calças, saio com os cabelos molhados após o banho nem me dou o trabalho de seca-los desço, pego uma pera no fim saio pela porta sem olhar para trás apenas me direciono a casa de carmelita para pegar o que minha mãe pediu.

Ao chegar lá vejo pelo vidro da janela carmélia fazendo os últimos ajustes em um vestido verde enorme, mas bonito sei que é aquele o de minha mãe, dou a volta ficando de frente a porta bato e em alguns segundos ela abre a porta pedindo para que eu entre assim faço.

— Duque, que bom que veio buscar as encomendas de sua mãe, espero que não tenha sido um sacrifício tão grande acordar cedo

— Primeiro para você é Jayjay, e segundo sou um rapaz responsável que tipo de imagem tem de mim?

Ela rir enquanto vasculha algumas roupas que estavam em cima da mesa quando acha o que procurava, vem com duas sacolas em minha direção.

— Bom aqui estão, a sacola branca é a que tem o vestido da sua mãe e a sacola verde é a que está o seu vestido.

Começo a rir da observação de carmelita e eu a abraço.

— Espero que seja um bem bonito para mim ou irei pedir meu dinheiro de volta com juros.

Ela sai de meu abraço se afasta e sorrir vejo ela indo até os fundos e voltando com uma cesta cheia de leques, chapéus e lenços.

— Jasper? Ainda está aqui? Deve ir não quero que se atrase tenho certeza que tem muitas obrigações ainda e tenho que terminar algumas coisas para que tenha tempo de ir também, sua mãe foi tão generosa em me convidar.

Eu não noto o que carmélia diz eu estou admirando o que há na cesta e isso me traz uma idéia.

— Carmélia, você que faz esses leques?

— Sim, quem mais faria? 

— Quero que faça um para uma pessoa, mas não pode demorar muito ele será um presente para hoje a noite.

Ela me olha brava e me dá um tapa no ombro estranho a atitude, mas apenas levo minha mão ao local atingido e acaricio.

— Isso doeu, por que me bateu?

— Você está noivo, entendo não querer se casar com Lady Catrina por ser um casamento arranjado, mas é cruel você querer cortejar outra, comprometido com ela sabe que todos irão comentar.

— O quê? Carmélia o leque será um presente que quero dar a ela porque fui um tolo ontem quando a encontrei e temo ter a deixado magoada e com ainda mais raiva de mim, não julgo que o presente irá resolver tudo, mas ele virá acompanhado do meu pedido de desculpas ao menos.

Carmélia me encara com olhos arregalados e surpresos.

— Bom já que é para sua noiva, eu posso fazer agora mesmo.

— Ótimo, eu quero algo exclusivo, faça algo que nunca fez e que nunca mais fará para outra moça, eu pago o quanto necessário.

— Isso não é um problema, não se preocupe com o valor eu não irei cobrar uma fortuna por ele, você quer  falar o tecido que deseja no leque, cor, textura, estampa?

— Bom eu pensei em um tecido transparente, mas preciso que tudo em volta dele seja totalmente dourado com detalhes florais requintados e graciosos.

— Ok, eu irei fazer, antes do horário do baile mandarei alguém entregar no Palácio.

— Obrigado carmelita, tenho que ir, até logo

Saio do ateliê e noto que começou a chover, caminho pela calçada de volta para casa, não pensei que estaria sentido isso mas estou ansioso para a noite de hoje

Casada com o Duque Onde histórias criam vida. Descubra agora