『para uma melhor leitura, dê play na mídia.
é sério, dá play aí pra tu ver se não fica legal. 』🌟
O dia estava completo em Rainytown. Tâmara naquela sala úmida, não via a hora de sair e saciar sua sede por água. O corpo humano era grande e doía, sentia-se quadrada naquela cadeira de ferro. O único barulho que se ouvia era dos estalos das tochas que queimavam do lado de fora, iluminando o corredor solitário.
Perto de dar mais um cochilo, foi surpreendida com o barulho alto da porta pesada sendo aberta, seus ouvidos zuniram de dor. O rei entra acompanhado pelos soldados e feiticeiras de antes, "e lá vamos nós outra vez... ", pensou revirando os olhos discretamente.
— Bom dia, Tâmara! Está aproveitando seu novo templo? — a mulher que lançara o feitiço pergunta ironicamente. Tâmara riu no mesmo tom.
— O quê? Esse corpo chinfrim que me destes? Tu não se deu nem ao trabalho de trazer meu antigo corpo, eu era ruiva. — estalou a língua — Sua marmota.
Antes que a feiticeira pudesse retrucar, o rei interviu com aquela postura e voz pretensiosa.
— Teve tempo suficiente para a pensar, Tâmara. Agora responda: onde. Está. Meu. Filho? — perguntou pausadamente, cara a cara com a versão humana de Tâmara.
— Eu. Já. Disse. — respondeu da mesma forma — foi buscar o sol, trazer respostas. Acha que não tentei impedi-lo? Fiz de tudo para que não saísse, mas ele não me deu ouvidos-
— É mentira!
— Como pode saber? Por acaso vivia entre nós? Por acaso tu ouvia os sonhos do teu filho, suas ideias, planos, suas perguntas? Não! Tu nunca nem se importou em lhe dar bom dia — a voz falhara, pela primeira vez naquele momento sentira a raiva humana, a respiração ofegante. — Fui eu quem escutou e respondeu as perguntas daquela criança..., e fui eu quem tentou impedi-lo de fugir.
O rei passou a mão nos cabelos num gesto desesperado, sabia que não havia respostas para aquela afronta e a qualquer momento cometeria uma loucura. Seria seu fim se Choi Yeonjun voltasse com as respostas, a morte o levaria na hora e seria atormentado para sempre pelo seu pai no submundo. Não... Ele não poderia descobrir, não tinha base de nada, a menos que...
— Vi quando os deuses se revoltaram contra este reino — Tâmara interrompeu seus pensamentos, com uma voz distante. — Os gritos, as nuvens, o sol se escondendo atrás delas para sempre... Teu pai sem entender nada e tu, uma mera criança. — riu sarcástica — Vi teu pai pedir perdão por dias e o vi desistir pois o coração já havia endurecido, aceitando o abandono dos deuses.
A sala estava em silêncio. Uma parte da história que apenas os cidadãos antigos conheciam estava sendo contada pela encarnação de uma feiticeira que fora poderosa quando humana. Olhares confusos dos subordinados, mas um coração apertado do lorde Rei Choi que sabia exatamente o que havia acontecido.
— Vi minhas irmãs sendo queimadas porque sabíamos da verdade e eu também queimei, porque quis falar, quis reverter — os olhos verdes de Tâmara arderam, a visão tornou-se embaçada: — Mas eu voltei. Voltei para ver a história sendo reescrita, porque o destino desse reino não será nas sombras eternas. Meu rei.
O rei gritou com ódio, surpreendendo a quem estava naquela sala, não aguentou e acertou um forte tapa no rosto de Tâmara. Teria caído da cadeira se não estivesse presa, finalmente deixou as lágrimas escorrerem, mas não pela dor do tapa, mas de raiva, de tristeza. E tremendo de ódio, o rei diz a todos:
— Sabem o que fazer. Arranquem suas unhas, cortem suas orelhas, cortem seus cabelos, mas façam essa rata dizer aonde está meu filho.
E saiu da sala como quem não admite derrota. Tâmara respirou fundo.
— Estão esperando o que? Convite formal?
Lá fora, um raio corta o céu nublado de Rainytown e uma forte chuva começa.
A primeira tentativa fracassada, a segunda um desastre e logo já se via sem três de suas unhas, mas nada falou. Um segundo tapa seguido de um terceiro e nada saíra de sua boca. Lábios cortados, suor no rosto, mas ela ria e deixava que continuassem. Mesmo que dissesse, não iriam o encontrar a floresta não deixaria. Se perderiam ou morreriam de alguma forma por lá mesmo.
Quarta, quinta unha. A dor que sentia era grande, porém nenhuma dor no mundo iria superar a de ter visto suas irmãs morrendo queimadas, ter queimado junto com elas. Nada superaria, seria uma dor que Tâmara carregaria para sempre dentro de si, apesar da ardente e constante dor física.
— Já não está cansada de sofrer, gata imunda? — a feiticeira pergunta num tom diabólico, estapeando o rosto da mesma — Por que não fala, hein? Fale para que eu possa poupar-lhe do sofrimento, fale!
Mas ela ergue os olhos ferventes em raiva e quase sem forças para falar, ela murmura:
— Vá para o inferno... Vagabunda.
E outro tapa é deixado em seu rosto.
「❀」 . .⃗. ༉‧₊˚
Um estranho sentimento de saudade atinge em cheio o príncipe, não saudades de casa, mas de seu mascote, de Tâmara. Por um instante desejou muito vê-la, chegou a apertar o peito de tão forte que sentiu...— Choi Yeonjun — a voz grave de Soobin o desperta.
— Oh, sim?
— Está na hora de eu lhe contar uma antiga história.
🌟🌟🌟🌟
QUASE 100 LEITURAS DE TDC: PROMISE OF NEVERLAND INFERNO EU TÔ FELIZ!!!!
ô, gente vocês
estão gostando?ah, no final da fic,
vou disponibilizar
a playlist completa no YouTube, caso tenham gostado de alguma música. :3até sexta-feira!
VOCÊ ESTÁ LENDO
The Dream Chapter: Promise Of Neverland ¦¦ !TXTshortfic¡
Fanfiction"E do sul brilhará um raio desconhecido que trará de volta todas as quatro estações, reverterá maldições e levará embora os grandes monstros que cobrem a Cidade Chuvosa." Onde Choi Yeonjun é príncipe de um reino que há muito tempo fora condenado a...