Love Cakes •Jaehyun• ✔️

PARTE II

– Como viram os fogos de testes foram um sucesso! – anuncia Dodo, todo animado, chegando perto de nós dois.

– Não existia fogos de artifícios para testes né? – certifico, já tendo ciência da resposta, erguendo uma das sobrancelhas.

– Não. – responde, cabisbaixo, mas logo abre um sorriso adorável em nossa direção com os olhinhos brilhando – querem arrecadar na compra de novos fogos de artifícios?

– Eu passo essa. – murmura Jaehyun, abanando uma das mãos para o garoto.

– Toma. – Entrego uma pequena quantia fazendo com que Doyoung sorria ainda mais e Jaehyun me encare incrédulo – o que foi? – pergunto para Jae enquanto Dodo salta em direção a novas pessoas para a sua arrecadação.

– Você deu dinheiro para o Doyoung por livre e espontânea vontade? – indaga, ainda incrédulo.

Doyoung?

Ele acabou de chamá-lo pelo nome e não pelo apelido fofinho?

Peraí, eu sou pão dura no seu olhar?

– Sim...? – respondo, meio incerta, deixando que o mesmo complete os seus pensamentos sobre as suas afirmativas anteriores.

Agora quem está incrédula aqui sou eu.

– Por que você o trata sempre assim?

– Assim como?

– Como fosse uma pessoa preciosa? – responde o meu questionamento, mas sai como se fosse uma nova pergunta tão incerta, como o motivo do começo de toda essa discussão que ele criou.

– Eu não o trato assim! – respondo, exaltada com um questionamento estranho.

– Trata sim! – acusa.

– Por que você acha isso?

– Ãããããh por que você acabou de fazer isso? – rebate, cruzando os braços.

– Eu não o trato como se fosse uma pessoa preciosa, eu só não consigo dizer não pra ele... – termino a frase quase em um sussurro culposo.

Quando Doyoung te lança aquele olhar junto com aquele sorriso gentil, é impossível dizer não ao mesmo.

Depois de dias de convivência com o Dodo, fica cada vez mais difícil.

– Ah e pra mim é tranquilo?

Pera.... O que?!

– Quando eu te disse não? – pergunto, exasperada, por conta da sua acusação sem fundamentos.

Caramba, eu tinha acabado de abrir mão do meu pedaço de bolo de chocolate pra ele!

– Quando fomos naquele passeio da escola no parque de diversões e você tinha dinheiro e não comprou algodão doce pra mim, quando eu te pedi. – responde, com convicção e todo pomposo, como se necessitasse ganhar nessa discussão para deixar bem nítido a veracidade do seu ponto de vista.

– Isso foi no jardim de infância! – rebato, incrédula, elevando os braços.

– Tá, tá, foi uma das vezes, mas não é a questão aqui. – cede, revirando os olhos.

– Então qual é a questão aqui, Jaehyun? – revido, cruzo os braços também.

– Essa doeu. – arfa chocado, colocando a mão sobre onde estaria o coração.

Que drama é esse, céus?

– Jaehyun você por um acaso está com ciúmes do Doyoung? – acuso, dando um tiro no escuro, semicerrando os olhos e me inclinando em sua direção.

– Eu estou! – confessa, batendo o pé no chão pra dar mais veemência na sua resposta – e para de me chamar pelo nome todo! – repreende sem fôlego – machuca meu coração, é Jey-Jey.

Eu o encaro chocada.

– O que? – murmuro, dando uma de sonsa só pra ter certeza.

– Eu estou com ciúmes de vocês e o que você vai fazer sobre isso? – questiona, se aproximando e eu recuo.

Eu estava completamente sem palavras enquanto brilhava em seus olhos uma resposta da minha parte.

– N-Nada... – respondo-o, apressadamente e aos gaguejos – p-porque não temos nada e não tenho nada com o Doyoung.

Primeiro sinto um baque dentro de mim, depois vem uma calmaria ao encontrar o seu olhar que não faço ideia de onde eu tirei essa calma, porque o meu coração está batendo descontroladamente dentro de mim enquanto o meu rosto estava avermelhado de vergonha com toda a situação.

O que deu em Jaehyun hoje, hein?

O que está acontecendo aqui?!

– Por que você me machuca assim? – sussurra, cabisbaixo, fazendo o meu coração apertar e murchar dentro de mim.

Antes que eu possa dizer alguma coisa, visualizo ele soltar o ar contrariado e dar meia-volta, começando a andar para longe de mim.

Deixando-me sozinha e com uma grande sensação de fraqueza.