♥ Capitulo 30 ♥

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Lauren POV

Eu: Eu... - Respira Lauren, tu consegues. - Austin eu acho que não consigo estar com alguém que é traficante.

Austin: Achas? - Percebi que estava confuso.

Eu: Sim... quer dizer... eu quero estar contigo, quero mesmo mas...

Austin: Então fica. - Interrompeu-me ao mesmo tempo que se levantava rapidamente e agarrou nas minhas mãos. - Lauren o que eu mais quero neste mundo é que fiquemos bem e se tu queres estar comigo então é assim que vamos ficar...

Eu: Não é assim tão fácil... - Larguei-me dele e comecei a andar de um lado para o outro. - Já viste o que é que era se fosse ao contrário? Se fosse eu a vender drogas ou armas, a trabalhar para uma pessoa que odiava só porque te queria proteger, ou até mesmo mentir à minha mãe só para não ficar em sarilhos. Não é fácil lidar com uma pessoa que não me conta as coisas, tem de ser o seu meio-irmão a contar, não é fácil lidar com alguém que, sempre que estamos bem, arranja algo para fazer com que fiquemos mal. - Olhei-o nos olhos pela primeira vez desde que chegámos a esta sala de aula. - Austin tu tens que compreender que eu quero ter uma relação normal, sem pessoas que nos tentam separar ou vinganças ou sei lá mais o quê. Não quero que ninguém interfira na nossa relação e preciso, mais que tudo, que sejas honesto comigo, que me contes os teus problemas, por mais absurdos que sejam. Uma relação é feita à base da confiança e acho que é isso que nos está a faltar.

Austin: Eu sei Lauren, mas nem tudo o que disseste é verdade. Eu menti à minha mãe para a proteger, se ela souber de tudo, o Trevor é muito bem capaz de a matar, e eu fiz o mesmo contigo, mas depois percebi que não havia maneira de te esconder mais mas tentei, juro que tentei contar-te mas tu sabes que não é propriamente fácil falar sobre histórias que nos perseguem a toda a hora. E eu confio em ti Lauren e foi precisamente por confiar em ti que acabaste por saber de tudo, e quando digo de tudo é mesmo tudo. Eu só queria que tu soubesses que te amo muito Lauren, muito mesmo, tu não imaginas. E eu repreendo-me todas as noites por ter feito aquilo que fiz mas, como toda a gente, eu sou humano e os humanos erram e não são perfeitos. Eu percebo se quiseres acabar comigo mas, como já te disse, tudo o que eu fiz foi para te proteger, a ti e à minha mãe. Mas eu vou mostrar-te que não podemos viver um sem o outro e que, no final disto tudo, iremos acabar juntos. - Dito isto ele deixou-me sozinha nesta sala a pensar.

Ele tem razão, eu estou a ser demasiado bruta com ele, mas eu também nunca estive em nenhuma relação antes. Sou completamente nova nisto, mas eu sei que não conseguimos viver um sem o outro. Quando nos tentamos afastar, ou nos tentam afastar, existe sempre algo que nos faz voltar, por mais que custe, há sempre alguma coisa que nos faz voltar para os braços um do outro, e agora não é exceção.

(...)

Passou-se uma semana, uma dolorosa e intensa semana.

Estou neste momento em casa, sem fazer nada. Como é sábado a minha irmã está com o namorado e a minha mãe a trabalhar. Se nada disto tivesse acontecido eu estaria com o Austin. Por falar em Austin eu nunca mais falei com ele desde aquela conversa que tivemos na escola. Se o vi? Sim, várias vezes até, mas quando trocávamos olhares, ele desviava sempre, o que me fez acreditar que ele já não quer nada comigo. Mas também me fez perceber que eu preciso dele, que não sou nada sem ele, a minha vida já não é nada se ele não estiver comigo, mas infelizmente ele já não quer saber de mim, talvez ele tenha encontrado outra rapariga que seja mais bonita, alta, magra, compreensiva, que lhe mostre o quanto o ama, tudo o que eu não sou e não fiz.

Estava prestes a fechar os olhos quando o meu telemóvel toca e quando o desbloqueei vi que tinha uma mensagem. Quando abri era da Jade e dizia o seguinte

"Olá! Será que podia vir até à escola por favor? Eu estou com problemas e preciso mesmo da tua ajuda... Ps: URGENTE!!! Jadexx"

O que será que aconteceu a esta hora e o que faz a minha irmã na escola num sábado? Abanei a cabeça para me livrar destes pensamentos e rapidamente vesti um casaco e saí de casa em direção à escola o mais rápido que consegui. Assim que estacionei a minha mota e tirei o capacete não vi ninguém, estava tudo vazio e nas calmas. Mas o que é que se está passar? Aproximei-me mais do portão e reparei de este tinha um cartão agarrado. Retirei-o do local onde estava e abri-o reparando na seguinte frase

"Se eu pudesse ser qualquer parte de ti eu seria as tuas lágrimas. Para ser concebida no teu coração, nascer nos teus olhos, viver nas tuas bochechas e morrer nos teus lábios.

Austin ❤" (Tradução da foto que está ao lado)

Paralisei, completamente! Ele escreveu isto? Mas por que razão ele escreveu isto? E será que estava planeado eu ver este cartão? Decidi entrar e andar até à porta do edifício onde se encontrava mais um cartão que dizia

"Entra e segue as pétalas. Estou à tua espera

Austin ❤"

Ok eu cada vez estou mais confusa... Mas mesmo assim abri a porta e vi que um caminho cheio de pétalas de rosas estava desenhado no chão. Segui-o e descobri que dava para o refeitório. Mas alguém me pode explicar o que se passa aqui? Quando entrei fiquei maravilhada... Havia apenas uma mesa e duas cadeiras, as luzes estavam apagadas, apenas as velas que se encontravam na sala a iluminavam, o que dava um ambiente muito mais romântico, a mesa estava muito bem posta e no centro desta, encontrava-se mais um cartão mas desta vez, tinha também uma rosa. Desloquei-me até lá e peguei no pequeno cartão lendo-o de seguida

"Encontraste-me

Austin ❤"

O quê? Encontrei-o? Mas onde é que ele anda?

Senti os meus olhos a serem tapados por umas mãos grandes e um pouco frias. Agarrei-as e só por se terem arrepiado com o meu toque, descobri a quem pertenciam. Depois de as tirar dos meus olhos virei-me e dei de caras com a pessoa mais maravilhosa do mundo.

Eu: Para que é isto tudo?

Austin: Eu disse que te ia mostrar que não conseguíamos viver um sem o outro, e é isso que estou a fazer. - Sorri-lhe e ele entrelaçou os nossos dedos. - Encomendei comida indiana e estou cheio de fome, vamos comer? - Assenti e ambos nos sentamos à mesa onde de repente e vindo de não sei onde apareceu um empregado que nos serviu e começamos a comer. O jantar foi passado num bom ambiente, ambos conversámos sobre coisas banais e rapidamente o tempo se passou. - Estava a pensar em irmos para minha casa e vermos um filme, que achas?

Eu: Por mim tudo bem. - Encolhi os ombros e ele agarrou na minha mão levando-me dali para fora. - Austin. - Parei-o e este olhou para mim. - E o refeitório? Não vais deixar aquilo assim, pois não?

Austin: Não te preocupes com isso, tenho tudo planeado, sim? - Dito isto voltou-me a puxar até à saída.

Assim que estacionei em frente de sua casa saímos da mota e guardámos os capacetes debaixo do banco. Quando o Austin abriu a porta da sua habitação entrámos e fomos direitos à sala onde nos sentámos a ver um filme, até que ele decide interromper.

Austin: Queres pipocas?

Eu: Não obrigada, ainda estou cheia do jantar.

Austin: Tive uma ideia. - Ele levantou-se feito maluco.

Eu: Ui... - Ri-me. - Diz lá o que vem aí.

Austin: Vamos fazer um bolo.

Eu: A estas horas? Austin são 22h, não vais fazer um bolo agora.

Austin: Porquê? Já estou farto de estar aqui sentado a olhar para a televisão. - Resmungou. - Vamos fazer um bolo! - Cruzou os braços e fez beicinho, tal e qual como um bebé. O meu bebé.

Eu: Tudo bem, vamos lá fazer o bolo... - Bufei e ele sorriu todo contente. Quantas saudades eu não tive do seu sorriso...

♥ I'm Better With You ♥Onde histórias criam vida. Descubra agora