♥ Capitulo 13 ♥

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Lauren POV

Trevor: Olha quem é ela... - Reviro os olhos. - Desapareceste. - Não o encarei, não estou com paciência para este tipo de rapazes. - Não falas? Não me digas que o Austin já te comer a língua? - Ele soltou uma leve gargalhada e eu olhei para ele com olhar de ignorante, sem dúvida que não o quero ver à frente.

XX: Lauren. - Ouvi uma voz grave que tão bem conhecia, e que hoje estragou tudo. Ele chegou-se ao pé de nós e colocou o braço em volta da minha cintura. - Tudo bem? - Olho para ele e este tem o olhar fixado no rapaz à nossa frente.

Eu: Sim, vamos embora. - Olho mais uma vez para o rapaz loiro e depois viro costas. Sinto uns passos atrás de mim e sei precisamente se quem são. Assim que chego à minha mota levanto o assento e retiro de lá dois capacetes e entrego um a Austin. Depois de ambos os termos colocados sentamo-nos na mota e eu ligo-a arrancando logo de seguida. Pouco tempo depois estávamos à porta de minha casa. Antes de entrarmos em casa ele agarrou na minha mãe e eu parei olhando para ele.

Austin: É só para não dar nas vistas. - Ele disse mas eu não respondi. Abri a porta e entrámos em casa.

Eu: Chegámos. - Disse e fui até à cozinha onde vi a minha mãe a cozinhar, como sempre.

Mãe: Olá filha. - Beijei a sua testa. - Olá Austin.

Austin: Olá Mrs. Roberts.

Mãe: Por favor trata-me por Anne, já fazes parte da família. - Ambos olhámos um para o outro e ele sorriu, não consegui retribuir.

Eu: A Jade? - Perguntei.

Mãe: Ela ainda não chegou.

Eu: Nós vamos para o quarto então. Se precisares de ajuda é só chamares. - Puxei o Austin em direção à pequena divisão.

Mãe: Juízo. - Gritou da cozinha e corei dos pés à cabeça, o Austin apenas se riu. Depois de fechar a porta do quarto sentei-me na cama à espera que ele começasse a falar, mas isso não aconteceu. Ele manteve-se calado e isso estava a irritar-me.

Eu: Mas vais falar ou vamos ficar em silêncio? - Perguntei já um pouco irritada.

Austin: Sim, desculpa. - Ele estava um pouco nervoso, nota-se pela sua voz. - O que é que queres saber?

Eu: Tudo. - Respondi o óbvio.

Austin: Muito bem. - Ele começa a andar de um lado para o outro no quarto. - O meu pai morreu quando eu era pequeno, tinha cerca de 12 anos mais ou menos. Ele andava metido no jogo, poker, era mesmo viciado. Lembro-me de ele chegar a casa super tarde e às vezes bêbado. Ele era empresário, por isso ganhava um bom dinheiro. Uma vez ele foi-me buscar à escola e quando estávamos a caminho de casa, reparei que um carro preto não parava de vir atrás de nós, calculei que nos tivessem a seguir por isso decidi avisar o meu pai. Assim que ele os viu a sua postura alterou-se por completo. Ele encontrava-se zangado e ao mesmo tempocom medo, mas eu não entendia do que seria. Começou a acelerar e eu a cada quilómetro que percorríamos ficava com ainda mais medo. Os minutos a seguir foram vistos em câmara lenta. Só me lembro de gritar "pai" e depois o carro começou a rolar na estrada. Acordei num hospital e a minha mãe estava ao meu lado com lágrimas nos olhos. Perguntei pelo meu pai e ela disse que ele tinha morrido. Alguns anos depois conheci o Trevor. Ele andava na mesma turma que eu e éramos grandes amigos, dávamo-nos super bem, até que descobri que ele era filho do meu pai. Fiquei fulo quando soube que o meu pai tinha tido uma amante e a engravidou. Mais tarde descobri que ele só se aproximou de mim porque queria metade do testamento. Ao início não percebi o que ele quis dizer com aquilo mas quando cheguei a casa e falei com a minha mãe ela disse-me que o meu pai tinha deixado um testamento onde deixava quase tudo para ela, menos a empresa, mas só tinha acesso a esta quando fizesse dezoito anos. Ou seja ele queria ficar com metade da empresa porque o pai também era dele, eu passei-me ainda mais e cheguei mesmo a bater-lhe acabando por ser expulso da escola onde andávamos. Ele disse que quando me encontra-se iria vingar-se e fazer-me sofrer por ter morto o meu pai. Eu matei-o Lauren, ele tinha razão. Se eu não o tivesse feito ir buscar-me à escola naquele dia ele não estava a ser perseguido e o carro não tinha rolado na estrada. - Ele já tinhas os olhos a brilhar e sei que daqui a pouco está a chorar, tal como eu. - Foi quando me mudei lá para a escola, tentei abstrair-me de tudo o que se tinha passado e consegui, realmente consegui. Antes de ter dançado contigo no baile ainda andava com uma miúda, a Kelly, mas nunca foi amor a sério, foi mais uma curte, ambos sabíamos disso por isso é que não fui com ela ao baile, já estava farto de a aturar. E encontrei-te a ti, podes não ter dado conta mas viraste a minha vida do avesso e posso dizer que foi para melhor. - Ele abaixou-se à minha frente. - Lauren eu nunca pensei vir amar alguém como te amo. Tu foste uma a melhor coisa que me podia acontecer nestes anos todos em que mal tinha pai e a minha mãe matava-se a trabalhar para podermos comer e eu ter uma boa educação. A minha vida não tem sido fácil até tu apareceres. Desculpa eu ter dito aquilo mas, tu tens de perceber que ele não pode saber que andamos, ele disse que se ia vingar e tenho quase a certeza que te vai usar como uma arma para me fazer sofrer. Tu e a minha mãe sãos as pessoas mais importantes para mim e eu não vou deixar que ninguém vos faça mal. - Baixo a cabeça de modo a cortar a troca de olhar que existia entre nós. Não acredito que ele passou por isto tudo enquanto era criança, uma pobre e inocente criança. - Não dizes nada?

Eu: Eu não sei o que dizer... - Olho para ele e este tem uma expressão triste.

Austin: Diz que me perdoas, por favor.

♥ I'm Better With You ♥Onde histórias criam vida. Descubra agora