2. Nobuyuki em sua jornada

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- Quanto custa pra encher o meu cantil? - Pergunta Nobuyuki para um dos comerciantes, um homem de meia idade, de 2,88 altura, magro, asiático e de cabelo blindado roxo e prata, um par de olhos violeta e uma barba rala por fazer arroxeada, usando seu sobretudo bege, e um cantil de alça larga sustentado em seu ombro esquerdo.

- Depende. - Respondeu o comerciante num tom de indiferença.

- Depende do quê?

- Você vai querer água potável ou semi-potável?

Isso seria uma piada, se Nobuyuki não vivesse no mundo com as atuais condições em que se encontra.

- Bom, isso é difícil dizer. - Disse ele sorrindo. - Eu carrego vinho em meu cantil, não água.

- Não temos vinho. - Respondeu o comerciante cuspindo no chão. - Nenhum de nós comercializamos porcarias, apenas o que é essencial para sobreviver.

Nobuyuki suspira.

- É, eu já deveria saber. - Diz ele lamentando e se retira do local onde se encontrava, o Centro de Comercialização Nacional Japonês.
O cenário lá fora era parecido como em todo canto neste lado de Landefew. São 6 longos meses de noite e muito frio. A vegetação é pouca, com folhas espessas e claras como a neve, o chão, quando não asfaltado, tem uma pequena camada de grama, sempre úmidas e com muitos insetos gigantes e notívagos.

Um barulho familiar chama a atenção de Nobuyuki. Ele olha para o horizonte tentando enxergar, mas o céu de muitas nuvens ofusca o brilho da lua. Depois de alguns segundos ele enxerga uma luz.

- Farol. - Diz ele preocupado.

Logo em seguida corre para atrás de uma grande árvore e se abaixa onde podia se esconder e observar na espreita.
São dois carros do exército japonês, máquinas quase independentes, atende por comando de voz, feitas de carfeno*, planam, podendo serem ágeis em qualquer tipo de terreno.
Eles param no centro de comercialização e alguns militares descem do carro, outros não.

- Atenção! - Exclama um oficial militar ao adentrar no recinto.

Todos param de imediato o que faziam e se calam, olhando àquele que irrompeu.

- Meu nome é Heikki, sou capitão do exército japonês e estou procurando este sujeito. - Diz ele exibindo o cartaz de procurado de Nobuyuki. - Alguém o viu?

Ninguém responde.
Mesmo lá de fora, com barulho do vento e outros, Nobuyuki ainda pode ouvir o que falam com sua excelente audição.

- Este homem é um inimigo declarado da nação, qualquer um que o esteja ajudando será punido! - Esbraveja Por outro lado, quem nos ajudar a capitura-lo poderá receber de 2 milhões de yenes. Uma bela recompensa para viver muito bem na capital.

Silêncio...

- Muitas pessoas passam por aqui. - Falou um mercador, quebrando o silêncio que dominava o local - É difícil dizer.

Heikki o encara desconfiado por alguns segundos e se retira.
Já do lado de fora, ele se junta aos seus subordinados.

- Façam uma breve busca pelo perímetro. - Ordena ele. - Esse desgraçado não deve estar muito longe.

- Senhor, devemos realmente confiar na informação daquele cara? - Questionou um soldado.

Heikki se aproximou.

- Ele pode ser um procurado também, mas é por isso que demos a ele uma trégua em sua caça.
Agora não perca mais meu tempo me fazendo perguntas idiotas. Anda, faça seu trabalho!

- Como eles me acharam? - Sussurrou Nobuyuki pensando alto.

- Eu posso ajudar. - Disse uma voz cochichando atrás de ti.

Exstinction - ExtinctionOnde histórias criam vida. Descubra agora