Ataque à Beira-Rio

9 2 0
                                    

- MEU DEUS DO CÉUUUUUUUU!!!!!!!

Saio correndo da água. O bichano, um verdadeiro "jacarezão", se aproximava da minha direção.

Olho para o bichano enorme, com uma bocarra cheia de dentes. Me assusto tanto que...

- PUTA MERDAAAAAAAAAAAAAAAA!!!!!!!!!!!!!! OLHA ESSE BICHO!

Só consigo reparar que Sam chega ao meu lado, e já vem falando:

- Que foi criatura? Viu um saci-pereré?

- O QUE VOCÊ ACHA? Tem um baita crocodilão ali na água.

Sam olha para água e sorrir ao ver o jacaré. Eu olho para ele sem entender, me perguntando muitas coisas.

- Por que voce está rindo para o mostro!?

- Que mostro o que! Ele é nosso amigo, tá sempre aí pegando seu peixinho. - responde Sam - Além disso, ele não é um "crocodilão", é um jacaré-do-papo-amarelo!

- Não quero saber se é amarelo, verde ou rosa, só queria tomar um banho sem ser interrompida.

Nessa hora, tanto eu e Sam reparamos que estou de calcinha e sutiã. Ele dá um sorriso besta e eu lhe dou um tapa na cara.

- Safado sem-vergonha!!! Eu hein, nunca viu não!

- Realmente, tudo daí eu já vi né, e... BEM VI E APROVEITEI DE PERTO!!!!

Eu dou outro tapa na cara do safado.

- Que audácia em! Eu vou te jogar nesse rio...

- Oh madame, para com esse showzinho e se limpa logo que daqui a pouco iriemos para mais uma trilha.

Depois de quase morrer do coração num rio e estapear um safado, é melhor eu me ajeitar mesmo. Assim que eu volto, vejo eles levantando ida e Tereza espera minha vinda.

- Menina, porque demorou tanto?

- Nada, tava só lavando o corpo.

E vamos de andar.

Essa mata úmida e toda cheia de galhos, pedras, lama muda toda meu corpo. Minha pele tá sebosa, mas meu cabelo tá hidratado, meus pés tá doendo, mas minhas coxas crescem. mas chega de falar de mim para você leitor, vamos falar do que vai acontecer....

......




......

AGORA!

- Mas que legal em, Sam? É agora, ondem estão os ajudantes?

- Não sei!

Vejo uma movimentação agitada dos "coiotes". Eles parecem discutir, mas não ouço muita coisa. Tereza chega perto de mim, dizendo:

- Minha querida, ainda está com dor de cabeça!?

- Um pouco só, por que!?

- Eu... ainda tenho um comprimido aqui, eu tava guardando pruma reserva e resolvi que é a hora!

Nesse momento Tereza me dá o remédio e minha esperança na humanidade aumento 200%. Como uma senhorinha pode ser tão doce e gentil comigo, no meio dessa loucura toda? Pera... Isso é empatia, só pra deixar claro! :)

- Obrigada, dona Tereza. A senhora é um anjo!

- Que isso minha filha! Eu só to fazendo o que é certo...

- Por mais pessoas no mundo assim!!!! - penso ao passo que sorriu pra ela alegre.

Enquanto andamos, chegamos num enorme buraco. No caso, era uma abertura entre as duas terras, que embaixo passa um rio com correntezas brabas.

A DestemidaOnde histórias criam vida. Descubra agora