Em nós
Formou-se nós
Nos agarramos sem descolar por um minuto
Entrelaçamos de forma repentina
Guardei cada pedaço teu em meu peito
E eternizei nossos momentos em minha memória
Tu me faz viajar
Mesmo que sóbria.
Amo sua boca
E cada palavra que dela se origina
Até mesmo sua voz rouca
Seu desabafo, seu canto, me fascina
Você me transformou em arte
Quando eu era apenas parte
Do que um dia foi uma tela em branco.
Fez meu pranto extinto
Valorizando o que sinto
Tornando infinito
Nosso amor abstrato.
Por que quando te encontrar
Vou fazer tudo para que os nossos corpos possam se encostar
Me faça sentir seu doce toque
Seu chamego.
O jeito que chegou,
Arrepiou
Marcou meus batimentos
Embaralhou meus sentimentos
Transformou em sedentos
Nossos corações
Fez de mim, poeta
Construir e desconstruir canções.
Nenhuma voz pode te exaltar
Tu é a tinta no pintar
O essencial no amar
Parceiro
Certeiro
O veneno do lobo em pele de cordeiro
O inconfundível cheiro
No pecado apelidado de amor.
Fomos despedaçados
E me perdi nas datas
Quando paramos de sermos firmes ?
Quando paramos de ser amados ?
Quando não fomos mais denominados namorados
Quando nos tornamos passado
Passando pela possessiva palavra
Sua.
Me mostrei nua
Construí história em nossas ruas
Descobri que suas partes obscuras também podem ser puras.
Desmenti em voz alta as falsas curas
Que um dia tu me prometeu
Lembrei-me do doce encanto do imaginar
Eu, julieta
Tu, romeu.
Apenas me recordo de quando tudo se perdeu
Se esvaiu no ar toda a palavra
O toque virou pó
E no espelho da minha vida
Pude ver
Que nunca houve nó
Apenas o doce
Da poesia entre nós.
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O Amargo Dos Meus Versos
PuisiNo fim, me vi sozinha, sem ti nem a mim mesma. Mas o que sobrou de nós são mais do que apenas lembranças doces e lágrimas, são marcas. Essas que tatuam minha pele e tatuei elas em papel. Bem vindo ao amargo dos meus versos: Minha coletânea de poema...
