• Lie •

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*Minjee*

Faz tempo que não vejo mais Jimin, mesmo que ele já não aparecesse por tanto tempo para mim. Pode-se dizer que já me acostumei com sua ausência, mas ainda sinto sua falta. Faz tempo também que os meninos não me trazem notícias sobre ele, estou ficando preocupada.

Resolvo ligar para Taehyung, já que ele era o mais próximo do Jimin.

— Tae? Tem alguma notícia sobre o Jimin? Vocês não falam comigo sobre ele faz tempo...

— Min... Ele sumiu, nós não sabemos onde ele está, porque ele não foi mais à empresa desde aquele dia, já fomos também naquela mansão, mas Micha e ele nunca estão... Tem algo estranho em tudo isso... — Arregalo os olhos.

— E-ele sumiu?! — Encaro a Sra. Cha, que me olhou confusa. — Eu vou ver o que está acontecendo... — Me despeço dele e desligo. — Senhora Cha, por favor, pode cuidar deste pequeno por um tempo? — Ela afirmou enquanto eu pegava minhas coisas para sair.

— Mas aonde vai? O que aconteceu para a senhora ficar assim?

— Jimin sumiu. — Digo saindo de casa.

— Tome cuidado, por favor. — Apenas balancei a cabeça e corri para o carro.

Com certeza Micha deve ter feito algo, mas o que ela fez se está sumida também? Para aonde foi? Será que se eu for na casa de seus pais, eles me darão alguma resposta útil?

Dou partida com destino à casa dos pais de Micha.

Faz tempo que não vejo eles por conta do escândalo que fizeram quando me casei com Jimin, por causa da minha prima, que dizia ainda amar ele. Então, depois de tudo isso, não sei se ainda vão querer me ver.

Bom, sou basicamente como uma segunda filha para eles, então creio que sim.

Chego na casa sendo recebida pelos empregados, todos felizes em me ver.

— Minjee, que bom te ver novamente. — Uma senhora diz.

Incrível o poder de cosméticos da Coréia, o rosto dela não parecia nada velho em comparação a sua idade, que era em torno de 58 anos. Exatamente, 58 anos, enquanto Micha deve ter uns 26. Eles não conseguiam ter um filho, e quando finalmente conseguiram realizar esse primeiro sonho, não conseguiram mais depois.

— Tia, só vim perguntar uma coisa, desculpe não ter ligado antes. — Me curvei para cumprimentá-la.

— Que coisa importante é essa a ponto de trazer minha sobrinha aqui? — Perguntou surpresa.

— Micha esteve aqui? — A pergunta parece ter atingido ela de uma certa forma.

— Não, faz tempo que ela não dá notícias para nós... — Diz cabisbaixa.

— Tudo bem, qualquer coisa me ligue, por favor. — Sorrio para ela, que retribui.

— Mas o que ela fez para você aparecer aqui?

— Nada tia. — Me despeço dela e volto para meu carro. — Maldita mentirosa.

Meu segundo destino é a mansão de Micha. Os funcionários devem saber o que está acontecendo, e sei que eles não são tão fiéis à garota.

Saio do carro correndo e aperto a campainha.

— Pois não? — O porteiro fala.

— Vim visitar a minha prima, ela se encontra?

— Infelizmente não, senhorita. 

— Por acaso tem alguma hora estimada de quando ela volta? — Se ele disser que não, provavelmente ela nem saiu da mansão.

— Não. — Respondeu frio.

— Tudo bem, obrigada. — Volto para o meu carro e vou para casa.

Desgraçada, não pense que pode controlar a todos por causa de um amor não correspondido.

Ligo para Taehyung e digo o que estava acontecendo, mas nem ele quer acreditar.

— Não dá para pedirmos para a polícia prender ela? — Ele perguntou.

— Não, Tae, nós não temos provas... — Digo abrindo a porta de casa, sendo recebida pela sra. Cha.

— Min, estou aí em alguns instantes. — Desligou.

— Alguma informação? — Perguntou.

— Provavelmente Micha está com ele dentro da mansão, mas não tenho como provar. — Reparo na senhora. — Onde está Kwang?

— Está dormindo, não se preocupe. — Suspiro.

Vou até o quarto do bebê e vejo ele no berço, dormindo tranquilamente.

Se eu não tivesse brigado com seu pai naquele dia, nada disso teria acontecido... Ele estaria aqui, brincando com você enquanto eu estaria assistindo tudo, rindo das brincadeiras de vocês dois. Esse dia vai chegar, tenho certeza.

— MIN! CHEGUEI! — Ouço uma voz grave ao longe.

— Quê?! Como chegou tão rápido assim?! — Sussurro assustada, para não acordar o pequeno.

— Eu disse que estaria em um instante aqui. — Apareceu na porta do quarto. — Como ele está? — Se aproximou.

— Ao que parece, está tudo bem. Mas é estranho, ele sem mesmo ter visto o pai parece sentir falta dele, mesmo não sabendo.

— Imagina aquele antigo Jimin vendo esse garotinho, seria a melhor coisa. — Deu um sorriso bobo, assim como eu.

Ambos ficamos apreciando a inocência do pequeno por um tempo, até que deixamos o quarto por causa do incômodo que estávamos causando.

— O que vai fazer? — Perguntou se referindo ao sumiço do casalzinho.

— Não tem muito o que fazer por agora, o jeito é esperar, mas obviamente, vigiando aquela casa. — Penso.

— Vamos fazer isso juntos, não se arrisque. — Ele me olhou preocupado.

— Não, é um assunto familiar... com uma garota ridícula, mas dou conta. — Murmuro.

— Minjee, não seja egoísta, eu quero meu amigo de volta e você quer seu amor, eu vou me envolver nisso de qualquer jeito. — Sua persistência me fez desistir.

— Tudo bem, mas se você se machucar... — Ele deu seu sorriso único.

— Não se preocupe, pelos amigos, faço qualquer coisa.

Me dói o coração com a sua inocência pura,

Agora é só colocar câmeras pelos arredores do local, ou ficar lá por conta própria mesmo. Pareço meio louca, mas estou bem preocupada, só quero que ele fique bem.

Eaí, como está a quarentena do coronavírus? Sinceramente, tá bem ruim pra mim, os professores não param de passar trabalhos e lições, acabou ficando tudo desorganizado...

Desculpem qualquer erro!

AmnésiaOnde histórias criam vida. Descubra agora