• Mama •

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Passou uma semana desde a minha alta, felizmente Minjee também saiu do hospital. Nesse tempo, encontrei com a Sra. Cha na casa, que cuidava de Kwangsun como uma segunda mãe. Ela me ensinou cada coisa para poder cuidar do pequeno, assim me tornei um profissional com o garoto, dando o melhor de mim.

Lógico que eu agradeci por ela ter cuidado e apoiado minha família enquanto eu estava perdido.

O dia inteiro estavam apenas os três apreciando um momento adequado de família, sem pessoas loucas correndo atrás.

— O que você acha que ela deve estar fazendo? — A mulher ao meu lado pergunta.

Já estávamos na cama, tentando dormir, mas sua pergunta me deixou com um pouco de medo.

— Micha? — Vejo ela assentir. — Vagando por aí... Espero que ela não se lembre de nós ou não tente nos atrapalhar de novo. — Sinto seu braço me envolver.

— Não vou deixar ela te tirar de mim. — Me apertou fortemente. Fiquei brincando com seus cabelos com um sorriso.

— Eu sei que você vai conseguir me conquistar novamente. — Ela se levantou um pouco para me olhar.

— Depende, se ela não me deixar- — Ouvimos um barulho do quarto do nosso filho. — O que foi isso? — Perguntou se levantando rapidamente da cama, eu fiz o mesmo.

Peguei o primeiro objeto que eu vi e segurei-o firmemente. Fui na frente de Minjee até o quarto do bebê, sem fazer barulho.

Ao chegarmos, vimos uma mulher segurando o pequeno, que chorava abafado por causa da mão feminina tampando sua boca. Ela nos viu e tentou fugir pela janela, provavelmente de onde tinha entrado, mas não conseguiu com a criança no colo.

Puxei ela, tomando o meu filho e lhe dei um golpe com o objeto que eu estava segurando, cujo era um controle de televisão, bem em sua cabeça. Ela não apagou, mas parece ter ficado atordoada, pois cambaleava para trás com a mão na região dolorida.

— Quem é você? — Entreguei Kwangsun para Minjee, sem tirar a atenção da outra.

Ela ficou em silêncio e eu pedi para minha esposa chamar a polícia.

— Meu amor... — Ela sussurrou quando estávamos sós.

— Não sou seu amor.

— Você sempre teve tanto dinheiro... já pensou em ser amor por interesse? — Reconheci sua voz.

— Você não vai conseguir estragar a minha relação com a pessoa que eu mais amo.

Seu rosto estava coberto por um capuz e uma máscara, mas eu sentia seu desespero e sua insanidade.

— Não vou desistir. — Riu.

— Mas ainda não vai conseguir. — Ela se levantou e eu fiquei alerta.

— Calma amor, não farei nada para você. — Olhou para trás de mim. — Talvez para ela sim. — Deu um passo. — Ou para ele...?

— Com nenhum dos dois. — Respondo.

Poderíamos ficar assim até a polícia chegar...

— Está tentando ganhar tempo? Fujo antes. — Ela pula a janela antes que eu pudesse reagir.

Droga...

— Onde ela está? — Minjee procura com os olhos, que caem em mim pedindo explicações.

— Fugiu, por causa da minha lentidão... — Desviei o olhar.

— Tudo bem, a polícia é basicamente aqui do lado, eles vão pegá-la.

De fato, logo escutamos um grito de protesto vindo de fora. Nós saímos da casa e vimos a cena de uma garota birrenta sendo presa.

— Me soltem! Os dois que estão errados!

Alguns vizinhos estavam assistindo e sussurrando coisas uns aos outros. A criminosa parecia incomodada com todos, mas isso me fez sentir bem.

No final, pudemos dormir tranquilamente dessa vez, mas com Kwangsun entre nós, apenas por segurança.

[...]

Após meses, nós fomos novamente para a casa no interior, mas dessa vez era primavera, uma boa estação para curtir o espaço com os amigos e a família. Meu pai estava bem para quem ficou tanto tempo doente, o que me deixou mais feliz ainda.

O lugar estava mais bonito que da última vez que eu havia visitado, claramente porque era primavera, e não outono. Até mesmo o pequeno campo que havia ao redor da casa estava florido, bem coisa de história escrita por alguém.

Pensando agora em história... e se tudo que eu estiver pensando for escrito por alguém, que me criou e criou tudo isso...? Não... acho que não.

— Jimin, o Sun falou a primeira palavra dele! — Taehyung gritou de alegria.

— Espera, não era a Minjee quem deveria vir dar a notícia? — Alcanço as mesas que tínhamos montado fora da casa, onde eles estavam.

— Sim, mas ela está chorando. — Ele apontou.

— Minjee? — Vou até ela, que até soluçava. — Por que está chorando tanto assim? Não me parece ser de felicidade...

— Ele falou "papai" ao invés de "mamãe"!

Pronto, agora ela vai querer discutir por causa disso.

AmnésiaOnde histórias criam vida. Descubra agora