SEGUNDA VINGANÇA

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— Eu tenho ódio de você. Eu não me arrependo de nada que fiz com você. — Ela fala com ódio nos olhos. — E vou te contar uma coisa…

— O que é?

— A minha parte no plano era só ficar de boca fechada e não te defender… o seu pai não queria que seu avô deixasse a fazenda para você, mas eu fiz muito mais do que era para fazer. 

— O que você fez? 

— Coloquei você para dormir e ainda fiz seu avô de expulsar da fazenda. Ele era um completo idiota e iria te perdoar. 

   Seus olhos são frios e sem piedade. 

— Você pelo menos se arrepende? 

— Não. Quero que você morra. MORRA! 

   Ela vai embora logo depois. 

   Por um momento eu queria que ela tivesse pedido perdão, por um instante eu queria chamar ela de mamãe… 

   Mas tudo que ela conseguiu fazer, foi deixar meu ódio maior. Foi aumentar o desejo de vingança… 

— Elisa?

   Mauro me chama e faz eu voltar a realidade. 

— Oi Mauro. Minha noite deu certo, mas tenho uma coisa que não saiu como eu esperava. 

— Eu sei, o testamento né? 

— Sim…

— Eu vou descobrir onde está o testamento verdadeiro, mas quero te dar os parabéns por ter executado a primeira vingança de forma extraordinária. — Diz ele sorrindo. 

— Eu sei, e agora mesmo vou executar a segunda. 

— Quê? Por que? Sem planejamento?

— Está tudo planejado. Boa noite.

   Deixo Mauro no meu quarto e vou até o quarto da minha mãe. Sei que Pedro está lá sozinho e também sei que Mariana vai passar a noite todo tentando consertar o estrago da festa. 

   Bato na porta e ele abre. Ele está usando roupão e de cueca preta. 

— Elisa? Tudo bem? — Pergunta ele confuso. 

— Me beija. — Falo. 

   Ele sem pensar duas vezes me agarra e começa a me beijar. Seus lábios são quentes e tem gosto de mel. Seus mãos também são quentes ele macias. Ele me joga na cama, tira minha roupa, tira meu sutiã numa velocidade e começa a beijar cada canto do meu corpo. 

   Passamos horas maravilhas fazendo sexo e depois ficamos conversando pelados. 

— Eu sempre soube que isso ia acabar acontecendo, mas por que hoje? — Pergunta ele. 

— Porque não resisti. 

   Podia ser estranho, mas eu estava sendo sincera. 

— Quero você todinha para mim. 

— Eu já sou sua. 

   Fico no quarto até umas três da manhã, e depois vou para o meu. 

   Estou literalmente nas nuvens. 

— A Farra foi boa hein. — Fala Mauro que está sentado numa cadeira no canto. 

— Aiiii você me assustou!! 

— Óbvio, o que você foi fazer no quarto dele? Isso não faz parte da sua vingança. Isso é pessoal. 

— Eu gosto dele, mas foi por interesse que fiz. — Falo. 

— Sei bem seu interesse. Tchau. 

   Ele vai embora com uma cara estranha. 

   Pela manhã todos estavam reunidos a mesa do café esperando Kleber descer. 

   Ramon é o último a descer, e estar usando uma roupa linda, mas completamente diferente do seu antigo estilo. 

— Agora vai começar a andar igual viado. — Ricardo comenta com bastante rispidez. 

   Graças a Deus seu comentário é ignorado por todos. 

   Kleber chega e se senta na cabeceira da mesa, local onde meu avô costumava a sentar. 

— Não digo bom dia porque vocês não merecem… — Já começa com um tom de voz grosso e desagradável. — Vou reforçar que preciso da pasta. E também quero dizer que vou dar um jantar essa noite e estará presente o xerife Carlos e o padre Josias. 

— Por que esse jantar Kleber? — Pergunta Mariana. 

— Cala boca anta, ainda não acabei. Eu sou o novo dono dessa casa e com o vexame de ontem eu não quero mais — Ele vira para Ricardo. — você na minha casa. 

— É o que? — Ricardo pergunta indignado. 

— RUA… NÃO SOU OBRIGADO A CONVIVER COM UM IDIOTA NA MINHA CASA. 

— Meu Deus, coitado. — Fala Pedro. 

— Cala a boca gigolô. — Rebate Kleber. 

   Depois do discurso de Kleber vou para meu quarto e Pedro sobe atrás. 

   Depois de muitos beijos ele pergunta:

— O que você acha sobre esse jantar?

— Eu vou amar esse jantar. — Falo. 

— Por que?

— Vou me vingar do Kleber. 

   Ele fica me olhando meio desconfiado, mas logo abre um sorriso. 

— Eu vou te ajudar, estou com ódio dele. 

   Não sei porquê, mas as palavras dele me conforta. E eu confio plenamente nele. 

   Estou completamente e incondicionalmente apaixonada por ele. 

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