Contei todo meu plano para Mauro e ele aceitou me ajudar.
Amanhecendo fomos até a casa de Léo e depois atrás do xerife.
Chegando lá, entramos no porão e estava Ramon todo ensanguentado e desmaiado. Léo ficou desesperado e não sabia o que dizer.
O padre Josias entrou na igreja e fingiu não saber o que está acontecendo.
— Padre você está preso, homofobia é crime… não tem cura para uma coisa que não é doença. — Xerife fala.
Vou até o ouvido do padre e sussurro:
— Se o senhor quiser pagar para passar a noite comigo eu te ajudo… — Fiz ele lembra dessa frase que ele me falou anos atrás. — é ruim né? Mas sabe o que é bom?
— Não, o que é bom menina? — Ele fala com ódio nos olhos.
— A vingança padre… é muito bom.
— Você vai para o inferno… todos vocês vão para o inferno.
— E você também seu homofóbico. — Fala Léo.
O padre é preso e levamos Ramon para posto de saúde mais próximo.
Depois de horas esperando finalmente pude ver meu primo.
— Como você está? — Pergunto.
— Bem melhor… muito melhor.
No dia seguinte Ramon já estava de volta e dessa vez tinha uma notícia que eu ainda não fazia ideia de qual era.
— Eu e Léo estamos namorando… ele vai vim morar aqui. — Ramon fala.
— Eu acho maravilhoso meu irmão… — Pedro responde.
Depois sentei com Ramon e contei sobre os últimos acontecimentos. Falei da morte de Ricardo, falei que eu terminei o que nunca tinha começado com o Pedro e ainda disse que não Parei de pensar nele um só minuto.
Depois fiquei no meu quarto pensando sobre a vida.
Pedro entra no quarto.
— Tudo bem? — Falo sem jeito.
— Elisa, eu não consigo parar de pensar em você.
— Você disse que não confiava em mim. — Falo cheia de ressentimentos.
— Eu errei… eu estava equivocado… me desculpa? — Ele fala de um jeito meigo.
Não vou perdoar! Não mesmo.
— Sim… eu desculpo.
E começamos a nos beijar loucamente. E ele tira minha roupa e eu a dele.
Ele começa a beijar meu pescoço.
— Tá divertido aí? — Pergunta Mariana.
Eu dou um pulo da cama.
— Eu posso explicar meu amor. — Pedro diz.
— Péssima frase seu cafajeste. Mas meu problema é com essa piranha. — Mariana fala.
Depois ela começa a me bater desesperadamente enquanto me puxa pelos cabelos.
— EU ODEIO VOCÊ! ODEIO — Ela fala gritando.
Eu dou um tapa na cara dela e falo:
— EU QUE ODEIO VOCÊ… VOCÊ NUNCA ME AMOU, SEMPRE FOI PÉSSIMA MÃE E MERECIA SER CHIFRADA… OU VOCÊ ACHA QUE UM HOMEM BONITO DESSES IRIA QUERER UMA VELHA ACABADA QUE NEM VOCÊ? — Falo gritando.
Todos da casa estava lá em cima.
— Você tem razão… pode ficar com ele, até ele se cansar de você. — Ela fala e sai.
Desnorteada pego minha roupa e vou direto para casa de Mauro.
Chegando lá conto a história resumidamente.
— Vocês tavam se pegando… — Mauro fala.
— Sim.
— Elisa eu vou ser bem sincero… eu não sou só seu amigo… eu amo você e eu quero ficar com você. Então pelo amor de Deus, escolhe eu ou ele.
— Elisa, eu amo você… fica comigo? — Pedro chega e fala isso com as palavras mais doces do mundo.
Fico indecisa no começo… mas minha escolha é certa.
— Mauro… eu gosto de ficar com você… eu gosto mesmo. Na realidade eu te amo, mas não desse jeito. — Falo.
— Tudo bem… mas eu vou estar sempre aqui. — Ele fala chorando.
Me sinto horrível e aliviada. Então volto para casa com Pedro.
Na manhã seguinte eu não sabia o que fazer… Mariana disse que ia embora da fazenda e estava arrumando as coisas.
Eu pego meu notebook e vejo as filmagens da câmera que escondido no escritório.
Revisando as imagens, acabo vendo Pedro escondendo a pasta preta no escritório.
Desço lá e pego a pasta. Começo a ler e vejo que é o verdadeiro testamento.
Descobri que meu avô deixou a fazenda para mim e o Ramon.
Mas por que Pedro escondeu isso?
VOCÊ ESTÁ LENDO
Segredos ocultos
Misterio / SuspensoElisa é uma mulher muito amargurada por causa do passado. Seu maior desejo é se vingar de seus familiares. E agora que seu avô morreu, ela retorna a fazenda Castro Campos, que fica no interior do Rio de janeiro, para se vingar de um por um. Só que n...