Capítulo 30

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"Corra ao meu redor em círculos como você sempre faz;
Brinque comigo de propósito;
Então, eu me segurarei em você;
Eu sei que o que você quer dizer quando age desse jeito;
Mas, você não sabe que está quebrando meu coração;
Disse que isso nunca aconteceria,
E depois, quase me beijou no escuro."

- That Way- Tate McRae.

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O único som que ecoava pelas paredes do quarto, eram os roncos sem fim do Cody que tinha tomado conta da cama do James ao se espalhar por todo o colchão. O Ferraz acreditou que conseguiria passar a noite sozinho, até o James e a Cupido se jogarem feito duas crianças no espaço vago, e dormirem ao seu lado.

Enquanto o Felipe e a Vanessa desmaiaram na sala, cada um em sofá. Ela encolhida feito um porco espinho, e ele babando em cima do próprio braço.

A Vanessa acordou, zonza e desnorteada, por conta das três batidas na porta que se repetiam a cada cinco minutos, e que ao mesmo que a deixavam intrigada, faziam ela sentir medo.

- Felipe?!- ela o chamou num sussurro ao se agachar ao lado do sofá, e cutuca-lo no braço. O loiro permaneceu imóvel.- Eu mereço mesmo...- respirou fundo, e beliscou o braço dele até vê-lo acordando no pulo, e derrubando a manta azul que pegou emprestada.

- Ai, Vane Vane!- ele disse com a voz sonolenta ao sentar sobre as almofadas do sofá. O mesmo coçou os olhos, e a encarou confuso.- O que foi? Não consegue dormir?

- Não é isso...- ela bufou.- É que...tem umas batidas estranhas na porta a cada cinco minutos, e preciso que fique acordado pra mim ver o que é...

- De jeito nenhum!- ela franziu as sobrancelhas.- O sol nem apareceu ainda, e coisas ruins acontecem antes do amigo iluminado aparecer. Eu voto em esperar, não deve ser nada...- riu de leve.

- Felipe, não estamos num filme de terror!- a Vanessa revirou os olhos ao se colocar de pé.

- Ai, Vanessa, não sei não...- o Felipe levantou, e seguiu a amiga que já andava na ponta dos pés até a porta.- Vamos chamar o James...já pensou na possibilidade dele ter um código sexual com alguém, que consiste nessas batidas estranhas na porta?

A Vanessa parou de andar, e o encarou, surpresa em como o medo dele fornecias desculpas estúpidas. O loiro apenas sorriu sem graça, e coçou a testa antes de quase soltar um grito agudo com as próximas três batidas na porta que o assustaram.

- Vou abrir, vê se não faz xixi nas calças...- a Vanessa disse ao posicionar a chave na fechadura.

Ela abriu a porta, e alternou o olhar entre o garoto de cabelos pretos e bagunçados, que tinha as mãos guardadas no bolso da sua jaqueta de couro, e, a garota sorridente de cabelos roxos presos num coque despojado. Ela vestia um simples moletom branco, com detalhes em lilás.

- Oh...- a garota disse, coçando a testa.- Esse ainda é o apartamento do James...Crawford?

- Sim!- o Felipe disse, tomando a frente na conversa. Ele ouviu a Vanessa bufando ao seu lado, e sentiu a mão dela lhe beliscando nas costas.

- Precisamos da Cupido dele, ela está?- o garoto de vestes pretas disse entre um suspiro cansado.

- Quem são vocês?- a Vanessa ergueu as sobrancelhas.

- Quem é que são vocês?!- o outro continuou, mantendo o contato visual com a Topez. Nisso, a dos cabelos roxos deu uma risadinha e tentou amenizar o clima.

- Eu sou a Roxane...e ele, é o Alexandre...- ela sorriu, chacoalhando o braço dele.

- Sou o Felipe, e ela é a Vane Vane...- o loiro sorriu, apoiando as mãos no ombro da amiga que apenas bufou ao mesmo tempo que o Alexandre.

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