🍧 Capítulo 3 🍧

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🎼 A nova vítima 🍧

O segundo dia de Lucas aqui no restaurante estava sendo mais tranquilo. Os acidente entre nós dois tinha diminuído, e ele estava mais seguro ao atender os clientes. E até mesmo fez amizade com os rapazes da oficina durante a hora do almoço. Bem, Vini e Samuel conversavam com Lucas como se ó conhecesse dês da infância, é era isso que eu gostava na nossa patota. Eles não descriminava ninguém, sempre dispostos em fazer mais amigos.

E em falar em amigos, vejo Gleice nesse exato momento entrar no restaurante com a cara emburrada se afundando no banco da mesa dos fundos. E conhecendo bem minha amiga, o seu dia deve estar sendo péssimo.Aproveito que o movimento do restaurante está tranquilo e vou até ela, quem sabe tentar amenizar a situação que á fez ficar daquele jeito.

_ Então?...diz logo o que aconteceu dessa vez? _ Pergunto assim que sento ao seu lado. Ela me encara com aqueles seus olhos cor de mel e dá um sorriso fraco.

Apesar de tantas diferenças entre nós duas, Gleice é minha melhor amiga. Logo depois que meu pai nos deixou, minha mãe arrumou serviço na casa dos pais de Gleice. Fomos morar na edícula que ficava nos fundos da mansão. Então como eu era a mais velha tinha que cuidar dos meus irmãos, e foi durante uma de nossas brincadeiras no jardim que Gleice apareceu e pediu para brincar conosco. A partir desse dia estamos sempre juntas, e apesar de Gleice ser rica nunca se importou em ser amiga da filha da faxineira negra e pobre. Aliais, ela adorava minha mãe, Gleice sempre brincava que também era uma de suas filhas. Só havia nascido de cor diferente, já que ela é tão branca e tem os cabelos ruivos. Bem diferente de mim que sou morena e tenho os cabelos encaracolados e olhos verdes assim como era do meu pai.

E assim como Gleice se sentia parte da minha família, eu também sentia parte da dela. Pois doutor Miguel e doutora Íris os pais de Gleice me tratavam como uma filha, sempre os acompanhava em todos os lugares. Inclusive no Rotary club, um lugar frequentado apenas por pessoa da alta sociedade de Vale Verde.

E por muitas vezes sofri o preconceito de muitas pessoas por estar em um lugar ao qual eu não pertencia. Perdi as contas das vezes que Gleice discutiu com suas colegas do colégio apenas para me defender. E também por várias vezes encobri suas fugas das aulas, quando ela resolvia ir encontrar algum de suas paqueras. E mesmo depois que tivemos que ir embora, já que minha mãe não conseguia mais trabalhar por causa de um problema na coluna, eu e Gleice continuamos nossa amizade e nos vemos quase todos os dias.

_ Terminei meu namoro com Henrique!....meus pais viajaram novamente sem mim, e eu detesto dar aulas para aquelas pestinhas do educandário ! _ Ela diz sem rodeios e fazendo um certo drama.

_ Nossa! quem vê você falar acha que sua vida é horrível!

_ E não é ? logo agora que não estou mais namorando,meus pais resolveram ir pra aquele congresso de medicina e me largar aqui!... mas era de se esperar, eles nunca se importaram comigo mesmo! _ Ela desabafa.

Gleice sempre foi um tanto carente , já que seus pais eram médicos e sempre estavam ocupados no hospital Dom Augusto, o único hospital da cidade, e quase não tinha tempo para estar com ela.

_ Gleice você tem que entender que esse é o trabalho deles!...e aliais aquele seu namorado era um bacaca! nem sei o que você viu nele._ Digo tentando fazê-la entender.
Gleice nunca ficava muito tempo com um namorado, ela dizia que estava procurando o rapaz perfeito. Mas sei que ela só fazia isso, pra chamar a atenção de seus pais.

_ Eu já sei o que você precisa!...,de um delicioso sunday de chocolate com bastante avelã!

_ É! acho que isso pode me animar! _ Ela dá de ombros.

_ Só um minuto,e eu estarei de volta com a solução para seu desânimo, principeza! _ Brinco, finalmente fazendo ela rir.

Volta depois de alguns tempo, com minha obra- prima em mãos. E espero que ela seja capaz de desfazer aquela cara emburrada de Gleice.

_ Aqui está!...o remédio para sua baixa estima!

_ Estou apaixonada!

_ Não é pra tanto Gleice!

_ Não estou falando do sanday, Carol!...,estou falando daquele tremendão lá no balcão! _ Ela diz incando com a cabeça aonde está Lucas, me fazendo ficar boquiaberta sem acreditar no que ouvia.

_ Você só pode estar brincando, Gleice!

_ Nunca falei tão sério!...ele é perfeito!, com aquele jeito tímido e cabelos rebeldes. Tenho certeza que é amor a primeira vista! _ Gleice argumenta sem tirar os olhos de Lucas e eu fico completamente desnorteada com aquilo.

_ Como assim?... você nem ao menos ó conhecê?.

_ Ainda não!..., mas sei que você ó conhecê, e vai me apresentar á ele agora mesmo! _ Gleice diz enquanto se levanta e alisa seu uniforme do educandário. Depois me arrasta para o balcão sem ao menos me dar tempo de protestar.

Dou a volta no balcão e assumo meu lugar, enquanto Gleice indicava com a cabeça na direção de Lucas. Respiro fundo e limpo a garganta para chamar atenção dele.

_ Lucas, essa é minha melhor amiga Gleice! _ Digo, assim que ele olha pra mim me sentindo uma completa idiota por ajudar Gleice na sua loucura.

_ Oi ,muito prazer! _ Lucas diz com um sorriso tímido estendendo sua mão para Gleice.

_ O prazer é todo meu! _ Ela responde segurando a mão de Lucas e piscando seu cílios postiços.
É, pelo jeito ela já superou o fim do seu namoro e a sua carência afetiva . Pela forma que ela está sorrindo para Lucas, ele é sua nova vítima.!

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Não posso ti Amar!Onde histórias criam vida. Descubra agora