Não posso ti Amar!

🍧 Capítulo 27🍧

🎼 Enlouquecendo 🍧

Todos já se foram depois do fim do jantar, senhor Joseph saiu apressado para fazer uma visita a minha mãe. Então Tereza, Quincas e Ester aproveitaram e pegaram uma carona até em casa.

Eu começava a limpeza do restaurante ouvindo uma música no junkebox ,cantando baixinho uma canção que se parecia muito com minha vida ultimamente. De repente ouço um barulho, levanto a cabeça então vejo Lucas entrando com alguns baldes na mão, me fazendo respirar fundo.

_  Minha avó sempre costumava dizer, que eu era teimoso como uma mula!.... Acho que ela tinha razão! _Ele sorri e fica esperando que eu diga alguma coisa. Mas eu apenas fico em silêncio, já que não tenho mais nenhum argumento para afasta-lo de mim.

_ Pode deixar que eu fico com os banheiros! _ Ele afirma pegando os baldes, e me deixando sozinha.

Meia hora mais tarde tudo estava em ordem, e para meu alívio Lucas se comportou muito bem, e não tocou no assunto sobre nós dois.

_ Eu já vou indo ! _ Digo pegando meu casaco e saindo pela portas do fundos e vejo que Lucas vem atrás de mim.

_ Será que posso ti acompanhar até a casa da sua irmã?

_ Se eu dizer que não, você irá aceitar? _ Indaga vendo Lucas sorrir de lado.

_ Provavelmente não!... Como eu disse, a teimosia faz parte de mim!_ Ele argumenta não me dando outra alternativa á não ser aceitar.

Seguimos para a casa de Olívia em silêncio, apenas tentando nos proteger do vento frio que cortava a rua e prévia que aquela noite seria gelada, e que podíamos esperar que os campos no dia seguinte estariam branco de geada.

_  Meu tio quer que eu vá morar com ele, depois que ele e sua mãe se casar! _ Lucas diz quebrando o silêncio.

_ Bom isso não será problema, nossa casa é bem espaçosa e você pode ficar com o quarto que era de Olívia! _ Afirma, mas sei que seria ainda mais complicado conviver com Lucas na mesma casa e esconder o que sinto por ele.

_ Não sei se isso será uma boa idéia, ficar do seu lado o tempo todo e fingir que somos apenas amigos! .... Talvez eu vá morar com meu pai em Curitiba!

_ Senhor Joseph ficaria arrasado com isso, ele já se apegou muito á você!...e essa história entre nós dois, podemos dar um jeito ! _ Digo me sentindo sufocada apenas de imaginar nunca mais ver Lucas. Isso seria pior do que ter que viver com ele debaixo do mesmo teto.

_ O que vamos fazer Carol?...., Fingir que nada aconteceu?... porque realmente eu não aguento mais essa situação! _ Lucas afirma e eu permaneço em silêncio, pois não sei o que dizer á ele.

Fomos o resto do caminho sem conversar, apenas ouvindo nossa respiração e vendo o ar quente sair pela nossas narinas. E naquele momento eu queria ser corajosa o bastante para assumir o que sentia por ele, sem me importar com Gleice e com  minha culpa. Apenas ama - ló intensamente, mas infelizmente não tenho certeza dos seus sentimentos por mim.

_ Você está entregue ! _ Lucas diz assim que chegamos em frente a oficina.

_ Obrigada!

_ Disponha!... Sonhe comigo , pois eu tenho certeza absoluta que sonharei com você ! _ Ele diz depositando um beijo no canto da minha boca. E eu me perguntava porque ele tinha que ficar me torturando assim.

Lucas não se afastou, continuou com seu rosto próximo do meu com nossas respirações se misturando como uma dança. Aquilo era demais para meu alto controle, meu coração gritava desisperado para que eu ó beijasse. Enquanto minha consciência dizia que aquilo era errado. Mas acabei escutando meu coração, e sem pensar duas vezes toco meus lábios no dele. Isso foi um incentivo para que Lucas  aprofundasse o beijo ainda mais. Esse beijo era diferente dos outros, era um tanto urgente ,como se ele tivesse medo de que eu me arrependesse.

Me perdi naquele momento não me importando com o resto do mundo, dedicando toda minha atenção na sensações que aquele beijo estava me fazendo sentir. Meu coração batia acelerado, um frio agradável se estalava no meu estômago, enquanto sentia as mãos de Lucas percorrer minhas costas deixando um calor confortante por onde passava.

Estávamos tão dispersos que acabamos trombando no portão da oficina, fazendo um grande barrulho e assim assustando os cachorros da vizinhança que começaram a latir. Nós afastamos ainda tentando recuperar a respiração e a sanidade, por tem acabado de praticar essa loucura.

_ Eu preciso ir! _ Sussurro, então entro sem esperar que Lucas diga alguma coisa. Não podia esperar que Samuel aparecesse ali e nos pegasse naquela situação constrangedora.

_ Eu vou acabar ficando maluco! _ Escuto Lucas dizer antes que eu fechasse o portão.
E tenho que concordar com ele, isso  está me deixando louca e acabando comigo. Não posso mais viver dessa maneira!

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